Irritada com a resistência da
presidente Dilma Rousseff em dar mais um ministério ao PMDB, a cúpula do
partido chegou a resgatar na terça-feira (14) a ideia de antecipar de
junho para abril a convenção nacional que escolherá o caminho da legenda
nas eleições presidenciais deste ano.
A possibilidade de antecipar o calendário, uma ameaça velada para expor
publicamente o risco de desembarque do PMDB do governo, surtiu pouco
efeito. No Planalto, interlocutores de Dilma classificaram a ameaça como
"blefe". Em dezembro, proposta semelhante já fora ventilada pelo
partido.
O PMDB tem cinco ministérios (Minas e Energia; Previdência; Turismo;
Agricultura e Secretaria de Aviação Civil) e quer ganhar a pasta de
Integração Nacional.
Mas, em conversa preliminar na noite de segunta-feira (13) com o
vice-presidente Michel Temer (PMDB/SP), Dilma sinalizou ter outras
prioridades. A presidente disse que precisa contemplar outros aliados,
como PTB, Pros e PSD, e assim evitar que eles migrem para a oposição.
Também avaliou que o PSD, de Gilberto Kassab, está sub-representado e
disse que tende a manter o PP no Ministérios das Cidades, pois não quer
ver o aliado gravitando na órbita de algum dos dois principais
adversários nas eleições deste ano.
O objetivo da presidente na reforma é não perder o apoio de legendas
hoje na base do governo. Quanto mais partidos na chapa de um candidato,
mais tempo de TV ele terá na campanha.
Dilma deu, na terça, seguimento às negociações sobre a reforma. À tarde, ela recebeu o presidente nacional do PT, Rui Falcão.
Fonte: Portal UOL.
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