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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Arruda é cotado por partido para ser candidato em 2014



Carolina Martins, do R7 

Distante do cenário político desde que foi preso, em 2010, acusado de envolvimento no esquema de pagamento de propina que ficou conhecido como mensalão do Democratas (DEM), o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, não é carta fora do baralho. Aliados de Arruda garantem que ele considera a possibilidade de ser candidato a governador do DF nas eleições de 2014. Não há impedimento legal à sua candidatura. 

O presidente do Democratas no DF, Alberto Fraga, diz que conversou com o ex-governador recentemente e que Arruda se mostrou disposto a disputar mais uma eleição. 

— Ele tem a consciência de que hoje a cidade está abandonada e de que fez um bom governo. E que, se o grupo se unir e achar que ele tem que ser o candidato, ele será candidato. 

Como não tem nenhum partido, o ex-governador também estaria sendo procurado por outras legendas. O ex-deputado distrital Raimundo Ribeiro (PSDB) é amigo de Arruda e garante que o ex-governador nunca fala sobre o assunto. Mas diz que o cenário político do DF não pode ser pensando sem Arruda. 

— De política ele fala muito pouco. Nunca vi nele qualquer manifestação de ser candidato [...] Mas, não posso negar que o ex-governador Arruda goza de uma popularidade eleitoral muito grande na cidade. Ninguém, em sã consciência, pode falar em política no Distrito Federal sem falar em Arruda. 

Liderança nas pesquisas 

Segundo o presidente do DEM, Arruda aparece em primeiro lugar em todas as pesquisas de opinião realizada pelos partidos. Por isso, Alberto Fraga diz que o Democratas está à disposição do ex-governador. 

— De acordo com as pesquisas não tem muita opção não. Não tem pesquisa que ele tenha menos de 30% dos votos. O que vai se fazer? Não tem outro argumento. Eu não vi até agora uma pesquisa em que ele não estivesse em primeiro lugar. 

Fraga admite que quer se lançar candidato pelo DEM nas eleições do ano que vem, mas antes de tomar uma decisão vai esperar o posicionamento de Arruda e de Joaquim Roriz – três vezes eleito governador do DF . 

Segundo o presidente do DEM, tanto Arruda como Roriz podem ter o apoio do partido em 2014 se decidirem se candidatar. 

O DEM era o partido de Arruda quando ele se elegeu governador em 2006. No entanto, quando surgiram as denúncias de mensalão, Arruda não recebeu o apoio da legenda e se desfiliou para não ser expulso. 

O amigo Raimundo Ribeiro acredita que, se Arruda fosse candidato, teria uma grande quantidade de votos devido às obras que realizou na cidade. Segundo ele, o ex-governador pode ser um forte candidato depois de responder criminalmente aos processos. 

— Ele deixou no imaginário da população uma imagem de realizador, uma pessoa que fez muitas obras na cidade. À medida que o tempo vai passando e os fatos vão se esclarecendo, talvez seja mais adequado falar disso mais na frente. 

Ficha limpa 

Arruda se elegeu governador do DF com 50,3% dos votos no primeiro turno. Três anos depois, em 2009, veio à tona o escândalo do mensalão do DEM. 

Ele foi flagrado, em vídeo, recebendo dinheiro de suposta propina. Arruda teve o mandato cassado, pelo TRE-DF (Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal), por infidelidade partidária, depois de abandonar o partido. 

Acusado de comandar o esquema de pagamento de propina dentro do governo, revelado pela Operação Caixa de Pandora, Arruda ficou preso dois meses na carceragem especial da PF (Polícia Federal) em Brasília, acusado de subornar uma testemunha do processo. 


O ex-governador escapou de ficar inelegível pela Lei da Ficha Limpa porque os processos contra ele se arrastam no Judiciário e ainda não houve nenhuma condenação em segunda instância, ou seja, depois da possibilidade de recurso. 

A condenação do TRE/DF, que cassou o mandato de Arruda, não se enquadra na Ficha Limpa porque está relacionada à legislação eleitoral e não impede um político de se candidatar.

Fonte: Estação da Notícia

Os alvos dos petistas na eleição presidencial de 2014.


O Palácio do Planalto plantou na mídia uma história sem pé e nem cabeça para minar de vez a candidatura do tucano Aécio Neves ao Palácio do Planalto em 2014.

Dessa vez lançou como vice da chapa do PSDB o tucano paulista, Aluizio Nunes, insinuando uma chapa puro sangue. Na verdade, a intenção do palácio era consolidar uma "chapa pangaré".

Aécio ainda não pensou se quer assumir a pré-candidatura para 2014 e enfrentar Dilma Rousseff. Ao que parece, o tucano está na muda, na espectativa de o pré-candidato Eduardo Campos escorregar e virar presa do Palácio do Planalto, deixando o caminho livre para o crescimento de sua candidatura.

Nos bastidores Aécio comenta que a eleição de 2014 estará definida seis meses antes do pleito. Com isso, o tucano parece ganhar tempo, não sendo alvo do grupo petista.

Já o pré-candidato Eduardo Campos usa a estratégia inversa para se manter na mídia, tornando-se conhecido e chamando constantemente a presidente Dilma para o embate. E, assim, ganhando visibilidade nacional.

Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa

GDF: O laranja "paraíba".


O governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz é o mais novo propriétario de um flat dúplex, através de um procurador polêmico, Wellerson. Conhecido no GDF, como "Paraíba".

Até aí, tudo bem. Se o negócio não fosse feito com um dos prestadores de serviços para o governo de Brasília.

A compra foi estimada em R$ 900 mil. Mas, registrada bem abaixo do valor venal do imovél. Será que o paraíba tem condições financeiras para arcar com o valor declarado à Receita Federal?

O big apartamento pertence a um político de renome nacional que, aparentemente, não conhece o novo propriétario. Mas com certesa conhece o dono da laranja.

Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa

Eleições em Brasília: O golpe do gato mestre.


O ex-governador de Brasília, José Roberto Arruda, está preparando as malas para voltar ao DF. O senador Gim Argello está encontrando, às escondidas, com Arruda e ofereceu a legenda do PTB para disputar a cadeira do Palácio do Buriti em 2014.O senador pediu em troca o apoio de Arruda na reeleição para o Senado.

Gim também se movimenta ao lado do governador Agnelo Queiroz com o mesmo objetivo. Pelo visto, o Gato de Botas vai conseguir fazer com que o deputado federal Reguffe desista de se candidatar a uma única vaga no Senado.

Gim Argello chegou ao Senado como suplente do ex-senador Joaquim Roriz, que também não descartou o apoio em sua reeleição. No tabuleiro eleitoral, o senador Gim Argello vem conseguindo o que era, praticamente, impossivel, jogar em todas as pontas.

Só mesmo sendo o Gato de Botas para conseguir circular, com desenvoltura, no governo e na oposição.

Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa

Política: Fantasia petista

Exemplo do como não fazer
O PT nacional imprimiu no fim do ano uma cartilha de apresentação do partido para novos filiados.

Com 36 páginas e tiragem de 500 00 exemplares, o livreto é uma clássica obra de ficção.

Um exemplo: no PT, segundo a cartilha, todo parlamentar tem o limite de três mandatos consecutivos no mesmo cargo eletivo, o que serviria para “estimular a permanente renovação político-partidária”. Beleza.

Só o companheiro mensaleiro José Genoino já acumula sete mandatos de deputado federal.

Fonte: Veja.com - Radar on-line - Por Lauro Jardim

Rede Nacional: Marina só pensa no Jornal Nacional

 
A presidenciável Marina Silva disse a aliados que pode manter sua candidatura mesmo que o Congresso aprove o projeto que inibe a criação de novos partidos, ao vedar-lhes acesso ao horário gratuito na TV e ao fundo partidário.

Marina admite que são golpes duros no seu Rede Sustentabilidade, mas diz que, para sua candidatura, o mais importante é ter acesso ao noticiário de TV, sobretudo ao Jornal Nacional.

Fonte: ÉPOCA.com - Felipe Patury

ARTIGO MAIS UM GOLPE CONTRA A DEMOCRACIA por Raimundo Ribeiro

Aécio Neves, Sérgio Guerra, Virgílio Neto e Raimundo Ribeiro

A CCJ da Câmara dos Deputados aprovou projeto do Deputado Nazareno Fonteles no sentido de que decisões do Poder Judiciário possam ser submetidas a apreciação do Congresso Nacional.

Inconteste que tal projeto fere a Carta Política, que por sinal não foi assinada pelos parlamentares do PT, partido do autor da proposta, e fere naquilo que é sua maior virtude, qual seja, independência dos poderes;

Ora, a independência e harmonia dos poderes (Judiciário, Legislativo e Executivo) trata-se de um imperativo constitucional, e assim é porque os 03 poderes, sendo independentes e harmônicos entre si, constituem-se em vigas que alicerçam o Estado Democrático de Direito; 
 
Querer submeter as decisões judiciais, que pela sua própria natureza, devam ser independentes de fatores extra-legais, ao julgamento do Poder Legislativo, significa rebaixá-lo a poder subalterno e subserviente, além de destruir o sustentáculo da Democracia;

O Poder Judiciário sempre se constituiu na última esperança do cidadão, principalmente no Brasil, onde temos um Executivo centralizador e autoritário e um Legislativo leniente e omisso;

Esperamos que os poucos parlamentares de bom senso que ainda sobrevivem no Congresso consigam impedir que esse atentado à Democracia seja perpetrado;

Independentemente do resultado, é importante destacar que com tal proposta, abre-se a temporada do FEBEAPÁ (festival de besteiras que assola o país), e no meu caso particular, orgulhoso Piauiense, é constatar que tamanha bobagem foi produzida por um filho da terra.


*Raimundo Ribeiro é Piauiense e Advogado


Mais um tiro no pé?


Abadia está de volta e quer comandar o PSDB no DF. Falta juízo ao comando nacional tucano?

A ex-governadora Maria de Lourdes Abadia, é uma das sondadas para voltar ao comando do PSDB no Distrito Federal.
Será um tiro no pé. De novo. Duas histórias podem revelar um novo escândalo envolvendo a tucana que apoiou Márcio Machado e que juntos acabaram com o partido no DF. 

O PT torce para que Abadia assuma e teme que Raimundo Ribeiro comande o partido no DF. 

Fonte:

O Cobiçado

O deputado Washington Mesquita deve mesmo estar com os dois pés de fora do seu atual partido, o PSD.

Bastante cortejado por outras siglas, o destino do parlamentar deve ser o PTB do senador Gim Argelo, que não admite a hipótese de perder Mesquita para outra sigla.

Fonte: Guardian Notícias

Na Varanda: Caso Raad: Ministério Público recorre do desmembramento da denúncia


O processo que envolve o distrital já tem 4 (quatro) volumes e diversos apensos, além da medida cautelar que conta com 7 (sete) volumes. Ao todo já são onze volumes que incluem a investigação policial, a quebra dos sigilos bancário e fiscal, busca e apreensão na residência e no local de trabalho dos investigados, quebra do sigilo dos dados telefônicos e a interceptação telefônica dos terminais dos envolvidos. Provas coletadas apontam para a prática, em tese, dos crimes de contratação ilegal por inobservância das normas relativas à inexigibilidade de licitação, peculato e crime de lavagem de dinheiro.

Ao contrário do que se pensa, no Judiciário, o caso caminha, na Câmara Legislativa alguns deputados denunciam que "há a tentativa de abafar o caso, alguns estão sendo pressionados a convencerem os integrantes da Comissão de Ética a entregarem a relatoria do caso ao deputado Olair Francisco. Só não se sabe como fazer isso, uma vez que a escolha do mesmo se dará por sorteio".

Outro parlamentar que não quer ser identificado revela que "o clima na casa não é bom, os amigos de Raad Massouh estão aproveitando para livrar a cara dele na comissão, contam com o fato de que a grande mídia não se empolga para cobrir os trabalhos da Comissão de Ética.

Ouvi comentários de pessoas do Executivo que advogados estão estudando uma forma de matar todo o trabalho que foi feito pelo Patrício, o caso tem que morrer lá na Comissão. Os escalados para a missão estão dentro da própria Comissão, tire suas conclusões." Pode não parecer, mas o cheiro de pizza volta a exalar de dentro da Câmara Legislativa.

Já no Judiciário, no último dia 25, o Diário da Justiça publicou decisão de 1º de abril da desembargadora Sandra de Santis determinando que a folha penal atualizada de Raad Massouh, conforme requereu o Ministério Publico do DF, fosse juntada aos autos onde já é indiciado desde 15 de setembro de 2011, determina também que a Corregedoria Geral da PCDF instaure inquéritos policiais para apuração de eventuais fraudes às licitações realizadas nos autos 0134-000814/2010 e 0134-0009552010 (apensos I e II), noticiadas no relatório da Seção de Análise Financeira da DECAP, a desembargadora também determinou o desmembramento da denúncia contra os onze denunciados, somente Raad seria julgado pelo Conselho Especial, os demais seriam julgados nas varas criminais comuns. O Ministério Publico já recorreu e aguarda o julgamento do recurso.

A desembargadora relata ter deferido nos autos da Medida Cautelar e da Quebra de Sigilo, as quebras requeridas pelo Ministério Público e determina que os processos que ensejaram as medidas de números: 2011.00.2.018461-6 e 2011.00.2.019757-2 sejam apensados ao processo principal.

O caso que é investigado com empenho e transparência pela Policia Civil, Ministério Público e Tribunal de Justiça do Distrito Federal parece amedrontar alguns políticos da cidade.

Será que os deputados Dr. Michel, Patrício, Joe Valle, Agaciel Maia e Olair Francisco integrantes da Comissão de Ética da Câmara Legislativa se prestarão a esse desserviço e não irão investigar e julgar com isenção a suposta quebra de decoro parlamentar do caso? Será?

Brasília saberá no próximo dia 2 de maio, vamos aguardar.

Fonte: Edson Sombra

Judiciário x Legislativo: Resposta à altura

Celso de Mello, ministro mais antigo do STF (Supremo Tribunal Federal), fará esta semana um pronunciamento contra a decisão do Congresso de votar um emenda constitucional que limita os poderes de atuação da Corte.

O decano deverá dizer que a insatisfação de alguns parlamentares com decisões judiciais não poderá ser pretexto para enfraquecer as instituições brasileiras.

Fonte: Jornal Metro Brasília

Eleições 2014: Fraga diz que Arruda tem como voltar


Palavra do ex-secretário Alberto Fraga, presidente regional do DEM: “se seu grupo político original se unir e achar que ele tem que ser o candidato, ele será candidato”.

Ele está falando justamente do ex-governador José Roberto Arruda. E não é a uma candidatura a deputado federal, como já se mencionou. É candidatura a governador, mesmo.

Fonte: Jornal de Brasília - Por Eduardo Brito

Política 2014: Marina quis aliar-se ao relator do projeto anti-Rede

A ex-senadora Marina Silva convidou para se filiar ao Rede, seu projeto de partido, candidatando-se por ele ao governo do Distrito Federal, exatamente o deputado federal que logo depois seria designado como relator do projeto de lei contendo medidas que dificultam sua fundação.

Geraldo Magela (PT) disse “não” ao convite de Marina, mas até se ofereceu para ajudá-la a recolher no DF as assinaturas necessárias.

Fonte: Jornal Metro Brasília - Coluna Claudio Humberto

Política: Bela e fera 'Luana Piovani'

As Diretas tinham Fafá de Belém. Agora é Luana Piovani, revoltada no Twitter: “Bater boca com o capeta se preciso for. Sou brasileira e não me deixo vencer. Bora organizar tumulto na frente da casa da Dilma".

Fonte: Jornal Metro Brasília - Por Claudio Humberto

Judiciário x Legislativo: Supremo prepara resposta categórica e coletiva contra proposta da Câmara

Decano da Corte, ministro Celso de Mello será porta-voz dos colegas e fará pronunciamento nesta semana questionando os efeitos da aprovação, na Comissão de Constituição e Justiça, da PEC que submete atos do tribunal ao Congresso 

Estátua da Justiça, em frente ao Supremo: embates geraram reflexões sobre harmonia entre Poderes
Ministros do Supremo Tribunal Federal articulam uma resposta categórica e institucional contra a aprovação pela Câmara da proposta de emenda constitucional que diminui o poder da Corte. O porta-voz da reação do Supremo será o decano do tribunal, ministro Celso de Mello, que fará um pronunciamento durante a semana questionando os efeitos da chamada PEC 33.

Até o momento, os ministros deram respostas separadas e desarticuladas contra a aprovação da proposta pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara que dá aos parlamentares a prerrogativa de rever decisões do Supremo nos casos de ações de inconstitucionalidade e súmulas vinculantes. Com a reação enfática que pretendem dar, os ministros esperam que a proposta seja definitivamente engavetada e que a ofensiva blinde a Corte de novas investidas.

Relator do mandado de segurança contra a tramitação da PEC, o ministro Dias Toffoli ouviu de colegas a ponderação para que leve o processo o mais rápido possível a julgamento para que essa resposta pública seja dada. Na sexta-feira, o ministro estabeleceu prazo de três dias para que a Câmara dê explicações sobre a proposta.

Os ministros já deram o tom de como será a reação em declarações logo após a aprovação do projeto. Durante a semana, o ministro Gilmar Mendes afirmou que seria melhor fechar o Supremo se a proposta fosse aprovada pelo Congresso. Marco Aurélio Mello afirmou que a votação soava como retaliação. O presidente do tribunal, Joaquim Barbosa, afirmou um dia depois da aprovação que a PEC fragilizaria a democracia.

Retaliações. Para além das declarações, a decisão do ministro Gilmar Mendes de congelar a tramitação, no Senado, do projeto que inibe a criação de partidos políticos também soou como retaliação ao Congresso entre parlamentares e ministros do STF. A liminar foi concedida no mesmo dia em que a CCJ da Câmara aprovou a PEC.

Gilmar Mendes avisou aos presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que concedera a liminar contra a tramitação do projeto logo depois de assiná-la. Mesmo que a liminar seja derrubada, a decisão serviu de recado.

Mendes chegou a conversar pessoalmente com o presidente da Câmara sobre o assunto e discutiu a relação entre os dois Poderes. Nesta segunda, Alves deve voltar ao Supremo para uma nova conversa.

As reações dos ministros do tribunal já haviam provocado um primeiro efeito. Alves anunciou que não instalaria imediatamente a comissão especial destinada a dar seguimento à tramitação da PEC. Na opinião de ministros do STF, o Congresso já passou recibo com o recuo do presidente da Câmara.

Na quinta-feira, um dia após a decisão de Gilmar Mendes, Renan Calheiros convocou para um almoço senadores e consultores de confiança para avaliar a decisão a se tomar. Na conversa, os presentes aventaram uma série de respostas a dar ao Supremo. A mais drástica, descartada pelo presidente do Senado, era simplesmente ignorar a decisão de Gilmar Mendes. Outra era apresentar recurso ao presidente do Supremo, Joaquim Barbosa. Venceu a posição do agravo regimental, recurso preparado pelo advogado-geral do Senado, Alberto Cascais.

Aliados dizem que Renan Calheiros tem buscado adotar um tom conciliador com a cúpula do Judiciário por motivos pessoais. Pouco antes de retomar o comando do Senado, em fevereiro, ele foi denunciado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, por uso de documento falso, falsidade ideológica e peculato pelas acusações que o levaram a renunciar à Presidência da Casa em 2007. Segundo o Ministério Público, ele forjou documentos para justificar que tinha patrimônio e não precisaria recorrer a um lobista de empreiteira para arcar com as despesas pessoais.

Na opinião de um senador da confiança de Renan, o presidente do Senado deu declarações na quinta-feira no limite do que podia - quando classificou a decisão de Gilmar Mendes como uma "invasão" no Legislativo. A pressão por responder ao Supremo, dizem parlamentares, tem sido maior entre os deputados.

As críticas de parlamentares à atuação do Judiciário e do Ministério Público são recorrentes. Recentemente, dois integrantes da base do governo estiveram no Supremo e levaram as reclamações a ministros da Corte.

O inconformismo se volta especialmente contra julgamentos da Justiça Eleitoral, contra ações que consideram políticas do Ministério Público e contra decisões do Supremo em temas controversos, como casamento homossexual e aborto de fetos anencefálicos. Em alguns julgamentos recentes, os ministros do Supremo fizeram um mea culpa. Foi o caso, por exemplo, da decisão do ministro Luiz Fux de impedir a votação, no Congresso, dos vetos à nova distribuição de royalties do petróleo. Ministros admitiram ser um erro o tribunal, por meio de liminares, interferir na pauta do Congresso.

Mas esses ministros lembraram aos parlamentares que cabe a eles mudar a legislação para coibir eventuais abusos. Para isso, não precisam atacar poderes do Supremo ou esvaziar os poderes de investigação do Ministério Público.

Fonte: Jornal Estado de São Paulo - Por Felipe Recondo e Ricardo Brito

De volta para o futuro

 
Falta muito tempo para o tabuleiro ficar organizado, mas as peças do xadrez político local começam a se alinhar. O que parece certo, até agora, é que as eleições de 2014 em Brasília vão reeditar uma disputa pra lá de antiga: o grupo de Joaquim Roriz de um lado, o PT de outro. Mas, desta vez, algumas peculiaridades podem mudar os rumos da campanha e projetar aqueles que não estão nos extremos. Entre eles, Rodrigo Rollemberg , que quer se aliar ao PDT de Reggufe e Cristovam Buarque e organizar uma terceira via.

O sonho de Rodrigo passa por uma aliança com o PSol de Toninho e Maninha. Do lado rorizista, ensaia-se uma aliança com ex-amigos, depois desafetos, e de novo aliados: Roriz, José Roberto Arruda, Luiz Estevão e Paulo Octavio. Como há o risco de terem problemas com a Justiça, talvez não arrisquem uma candidatura majoritária. Sairão para as câmaras Federal e Legislativa. Se houver uma ruptura entre o atual governador e o vice, Filippelli pode ser o nome do grupo ao GDF.

Outras opções são Luiz Pitiman, Izalci Lucas e Jofran Frejat. “Unidos, elegemos até um poste”, provoca um deles. A avant-première do grupo já tem hora e dia marcados: uma megafesta para celebrar a volta de Roriz à política, em 6 de maio. Depois de uma carreata pelas ruas de Brasília, Roriz participará de sessão na Câmara dos Deputados, presidida pela filha Jaqueline Roriz. O que se vê é que a política em Brasília não se renova. Outra vez, velhos caciques apenas trocam de lugar e disputam o poder entre eles.

Fonte: Correio Braziliense - Coluna Eixo Capital

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Pitiman & Fonseca

Eles sonham com o Buriti.

Cresce nos bastidores da política local, a informação de que os deputados federais Luiz Pitiman e Ronaldo Fonseca (PR) tem conversado muito sobre os cenários para as eleições de 2014.

Uma das ideias é montar a chapa Pitiman e Fonseca para disputar o Governo do DF.

Ter um evangélico na chapa majoritária é o sonho de Pitiman.

E ser vice-governador é o sonho de Ronaldo Fonseca.

Só falta combinar com um partido político e com o eleitor. Mas que fazem barulho, fazem sim. 

Fonte: Publicado por: Donny Silva

Na Varanda: Raad foi flagrado por grampo telefônico em conversa comprometedora

Em um dos diálogos o parlamentar informa da exoneração do delegado que presidia o inquérito e insinua que a investigação será abafada

A Policia Civil vivia dias difíceis e em greve, o que levou o governador do DF a fazer mudanças na cúpula da direção geral.

Assumiu o cargo de diretor geral no lugar da delegada Mailine Alvarenga o delegado Onofre de Morais com carta branca para proceder as modificações que julgasse necessárias e que considerasse convenientes.

Sob a alegação de proteger o governo, o novo diretor disse naquela ocasião que iria controlar com mão de ferro as atividades policiais, segundo ele, era para evitar uma guerra de dossiês contra integrantes do próprio governo e de adversários políticos.

Não foi isso que se viu em sua gestão.

Com as mudanças, as divisões especializadas, entre as quais a DECAP e a DECO ficaram subordinadas diretamente a Onofre. Dessa forma ele sempre receberia informações cruciais sobre operações e o cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão, com antecedência.

Na época os remanejamentos deixaram promotores de Justiça preocupados. O Ministério Público temia com as alterações realizadas pela nova direção atrapalhassem as investigações em curso.

As desconfianças do MP local levaram inúmeras investigações a outros rumos, mas uma em especial, chamou a atenção dos promotores, foi a que deixou confirmado o motivo que levou a saída do delegado Flamarion Vidal da DECAP. O fato gerou insatisfação também dentro da Policia Civil, e a história de que a sua saída foi motivada pela seriedade que investigava os crimes cometidos contra a administração pública vazou, no meio político sua saída era cobrada, dentro e fora do governo.

Conhecido nas hostes policiais como “delegado sério e cumpridor de seus deveres”, é elogiado por investigar fatos e não pessoas, também não importa a Flamarion se o fato envolve o “seu ninguém” ou o “príncipe”.

O que não se esperava é que antes de ser afastado do cargo e da conclusão do inquérito, Flamarion comunicasse oficialmente ao Ministério Público o conteúdo de um telefonema entre Raad Massouh e outra pessoa, que já antecipava a notícia de sua saída da delegacia. Juntamente com as interceptações telefônicas, encaminhou o inquérito ao Ministério Publico do Distrito Federal que continuou nas apurações gerando outras investigações e denuncias ao Tribunal de Justiça Do Distrito Federal.

Dai é que nasce a Operação Mangona.

Flamarion perdeu o cargo na DECAP, Raad realmente tinha informações privilegiadas. E o que era especulação se tornou verdade, as razões da exoneração viraram lenda na cidade, não se acreditava que fosse possível um delegado ser afastado de uma delegacia por investigar fatos.

Os fatos investigados incialmente por Flamarion, agora sabe-se, eram verdadeiros.

Fonte: Edson Sombra

Na Varanda: Raad Massouh na luta contra a cassação do mandato e seus cínicos protetores


O que parecia uma simples operação policial a cata de irregularidades no uso de dinheiro público destinado a emendas parlamentares, tornou-se em uma grande dor de cabeça não só para o deputado distrital Raad Massouh, mas também para outros deputados distritais.

Hoje sabe-se o porquê de tanto empenho de alguns poucos deputados quando se referem ao caso Raad, fingem desconhecer o porquê da acusação contra seu colega parlamentar, alguns estão trabalhando e torcem pelo arquivamento do pedido de cassação contra seu colega na Câmara Legislativa.

O fato de terem trabalhado, pressionado e conseguido a retirada do delegado Flamarion Vidal das investigações de nada serviu aos investigados, foi pior, o Ministério Público do Distrito Federal continuou nas averiguações iniciadas pelo delegado e o que parecia adormecido, revela-se agora nas mãos da Desembargadora Sandra de Santis como mais um grande esquema criminoso contra o povo de Brasília.

E uma pergunta se apresenta, qual o parlamentar distrital terá coragem de segurar tamanho abacaxi ao assumir a relatoria do processo na Comissão de Ética?

No judiciário a possibilidade é zero do trabalho iniciado pela DECAP e continuado pelo MP não dar em nada, as provas são robustas, os grampos autorizados pela justiça são autoexplicativos e o resultado das buscas enriqueceu as investigações, todos os envolvidos já foram denunciados.

Postergar o caso em nada vai mudar o final da história de Raad Mtanius Massouh, já o delegado Flamarion Vidal, só deixará um dia de ser delegado se quiser.

Fonte: Edson Sombra

Desenho de coligação oposicionista


congresso psb 13O PSB do Distrito Federal fará no sábado um congresso para escolha de novos diretório e executiva regionais.

Já se sabe como se comporão. Mais importante mesmo é ato político com que a direção partidária pretende esboçar uma coligação para o ano que vem.

O PSB dá como certa a participação de representantes de PSOL, PDT e MD, além da Rede Sustentabilidade ainda em formação.

Fonte: Coluna do alto da torre / Jornal de Brasília
Postado por Sandro Gianelli

Ela pode voltar 'Maria de Lourdes Abadia'


maria de lourdes abadiaMilitantes do PSDB brasiliense preparam um a programação em homenagem ao ainda presidente regional da sigla, Márcio Machado, que deixa o cargo no dia 28. Machado é um dos tucanos que por mais tempo permaneceu no comando da legenda.

Ele deixa a cadeira para dar vez ao vice-presidente nacional do PSDB, o ex-ministro Eduardo Jorge, que assume o partido regional para conter o momento de grande disputa interna vivida pelo tucanato local.

A ex-governadora Maria de Lourdes Abadia, principal estrela do partido no Distrito Federal, é uma das sondadas para voltar ao comando tucano quando os ânimos estiverem abrandados.

Fonte: Coluna do alto da torre / Jornal de Brasília
Postado por Sandro Gianelli

Pós jegue


liliane_rorizTem gente malvada dizendo que, depois da frase do governador Agnelo Queiroz sobre bactérias e jegues, o clima não ficou bom nem com os parlamentares da base.

É verdade que nem os deputados mais leais ao Buriti foram ontem à tribuna para defender o governador.

E é verdade também que o presidente da Câmara, o petista Wasny de Roure, disse que a distrital Liliane Roriz cumpria seu papel ao visitar o Hospital de Ceilândia e que ela “representava a Casa e a população naquela unidade hospitalar”.

Mas é muita imaginação dizer que a frase serviu de estopim para os governistas negarem quorum.

Fonte: Coluna do alto da torre / Jornal de Brasília
Postado por Sandro Gianelli

Depois de comparar deputados a jegue, distritais criticam declaração de Agnelo Queiroz



Vários deputados distritais ocuparam a tribuna da Câmara Legislativa, durante a sessão ordinária desta quarta-feira, 24, para criticar a afirmação feita pelo governador à imprensa na última terça-feira de que "deputado entende tanto de bactéria como jegue entende de religião".

A deputada Celina Leão (PSD), presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), foi a primeira a rebater a crítica feita por Agnelo Queiroz. "A declaração foi patética. Deputado não precisa ser especialista em nenhuma área para realizar o seu trabalho de fiscalização. O governador foi muito infeliz e demonstra que é ateu", afirmou Celina.

"Ele quer demonstrar que está assumindo o governo, que está tomando pulso da saúde, mas não demonstra dignidade para lidar com o contraditório", completou a parlamentar. Celina aproveitou para manifestar, também, solidariedade aos agentes comunitários de saúde que estão em greve e que, segundo condenou , foram ameaçados de demissão pelo governador.

O deputado Evandro Garla (PRB) enfatizou, em aparte, que naquele episódio da declaração à imprensa o governador fora "mal assessorado" pelo secretário de Saúde do DF, Rafael Barbosa, quem teria dito pouco antes à imprensa que os deputados não entendiam dos problemas referentes às mortes dos bebês, no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). "Foi uma declaração errônea, totalmente infeliz e influenciada pela assessoria", lamentou.

Irritação - Também a líder do governo na Câmara Legislativa, Arlete Sampaio (PT), reconheceu que o governador fizera "uma declaração infeliz". Ela ressaltou, contudo, ser preciso considerar que a afirmação fora feita num momento de irritação do governador sobre um assunto sério: a morte de bebês em hospital público. "As pessoas estão sujeitas a esses erros, e o governador também", sustentou.

Outro deputado governista que reconheceu o suposto erro do governador com aquela afirmação foi o deputado Wellington Luiz (PPL). "Como policial civil já tive que enfrentar fiscalização nos presídios por parte de muitos parlamentares. Mas não me incomodava com isso, pois reconhecia que era um direito dos deputados", disse.

A deputada oposicionista Eliana Pedrosa (PSD) considerou, contudo, o episódio como um reflexo da "má gestão" do sistema de saúde do DF. E disparou: "Deputado não tem que ser especialista em saúde ou bactéria. Tem que ser especialista em ouvir o povo e representar os seus interesses", contestou. 

Fonte: Guardian Notícias

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Nomeados por atos secretos, sete garçons recebem remuneração de até R$ 15 mil no Senado

Todos contratados de uma só vez, em 2001, pelo então diretor-geral do Senado, Agaciel Maia
O cafezinho dos senadores tem um custo alto, menos pelo produto servido, mais pelos garçons que servem os parlamentares no plenário e na área contígua.

O Senado tem uma equipe de garçons com salários até 20 vezes maiores do que o piso da categoria em Brasília. Para servir os senadores, sete garçons recebem remuneração entre R$ 7,3 mil e R$ 14,6 mil — três deles atuam exclusivamente no plenário, e quatro ficam no cafezinho aos fundos, onde circulam parlamentares, assessores e jornalistas. O grupo ocupa cargo comissionado na Secretaria Geral da Mesa com título de assistente parlamentar. Todos nomeados de uma só vez, num dos atos secretos editados em 2001 pelo então diretor-geral do Senado, Agaciel Maia.

Nestes 12 anos, os garçons (ou assistentes parlamentares) foram promovidos a cargos comissionados superiores ao mencionado no ato secreto: saíram do AP-5, que tem remuneração básica de R$ 3,3 mil, para o AP-4 e até mesmo o AP-2, com vencimentos básicos de R$ 6,7 mil e R$ 8,5 mil, respectivamente. Em março, o maior salário pago foi a José Antonio Paiva Torres, o Zezinho, que serve exclusivamente os senadores no plenário. Ele recebeu R$ 5,2 mil somente em horas extras. A remuneração bruta chegou a R$ 14,6 mil.

Outros dois garçons também têm a obrigação de cuidar do cafezinho dos senadores no plenário. Um deles é Jonson Alves Moreira, que virou notícia na última sexta-feira, quando O GLOBO mostrou Jonson fazendo as vezes de um dublê de senador, num plenário vazio, a pedido do único orador que fazia uso da palavra naquele momento, João Costa (PPL/TO). Enquanto João Costa falava, Jonson concordava com a cabeça. O salário pago a ele em março foi de R$ 7,3 mil.

Na copa, ficam os outros quatro garçons. Todos eles são amigos de longa data. O grupo assumiu os cargos de uma só vez, em 17 e 18 de outubro de 2001, menos de um mês depois da edição do ato secreto por Agaciel Maia, hoje deputado distrital. Boa parte era vinculada a empresas terceirizadas. A nomeação a um cargo comissionado ocorreu num momento de vazio da gestão do Senado. O ato secreto é de 20 de setembro de 2001, dois dias depois da renúncia do senador Jader Barbalho (PMDB/PA) ao mandato e à presidência do Senado, e no dia em que Ramez Tebet assumiu o comando da Casa.

— Aqui todo mundo se conhece há um tempo, a gente viu muitos senadores passarem por aqui. O serviço é bem tranquilo — diz um dos garçons do Senado.

Os assistentes parlamentares estão vinculados à Secretaria Geral da Mesa. A secretaria, aliás, tem um garçom do grupo — que diz apenas distribuir papéis atualmente — à sua disposição. Em resposta ao GLOBO, a assessoria de imprensa do Senado afirma que os servidores realizam atividades de apoio previstas no Regulamento Administrativo da Casa.

Fonte: O Globo - Por Vinicius Sassine

Desempacando o jegue 'Agnelo Queiroz'

 

Fonte: Jornal Alô Brasília - Coluna ONs e OFFs - Por Tiago Monteiro Tavares

PF pede quebra de sigilo do ‘faz-tudo’ de Lula e ouve operador do mensalão

Valério prestou depoimento nessa terça-feira; no ano passado, ele afirmou a procuradores que depositou dinheiro na conta de empresa do amigo do ex-presidente para pagar despesas do petista 

A Polícia Federal vai pedir a quebra do sigilo bancário de Freud Godoy, segurança e assessor pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A medida faz parte do inquérito instaurado para desvendar o caminho percorrido pelos recursos distribuídos no esquema do mensalão e é também um desdobramento do depoimento prestado pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza à Procuradoria-Geral da República em setembro do ano passado. Valério afirmou que o mensalão bancou despesas pessoais de Lula. O ex-presidente afirma que é mentira.
 
Ontem, Valério prestou novo depoimento à PF em Brasília. O operador do mensalão deixou a sede da polícia por volta das 16 horas. O inquérito aberto vai rastrear supostos repasses do mensalão para o ex-presidente. A PF também deve ouvir o auxiliar de Lula nos próximos 10 dias, em São Paulo.

O pedido de quebra de sigilo de Godoy será encaminhado ainda nesta semana à Justiça Federal de Minas Gerais. No ano passado, Valério disse aos procuradores ter passado dinheiro para Lula arcar com "gastos pessoais" no início de 2003, quando o petista já havia assumido o Planalto. Os recursos foram depositados, segundo Valério, na conta da empresa de segurança Caso, de propriedade de Godoy, ex-assessor da Presidência e uma espécie de "faz-tudo" de Lula. O ex-presidente nega ter recebido dinheiro do esquema. 

Em 22 de fevereiro, o procurador da República Leonardo Augusto Santos Melo solicitou à PF que detalhasse o destino dos recursos do mensalão. No ofício encaminhado à Superintendência da PF em Minas, o procurador transcreveu trechos do depoimento de Marcos Valério e que foi revelado pelo Estado. Uma das grandes dificuldades da investigação será driblar a possível ausência de arquivos bancários anteriores a 2008. Normas do Banco Central indicam a obrigação de armazenamento pelo período de cinco anos, no mínimo. 

Além de Freud, a PF quer ter acesso aos dados bancários de outras 25 pessoas físicas e jurídicas que também receberam dinheiro das empresas de Valério, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 40 anos de prisão por envolvimento no mensalão. 

Ao todo, cerca de 200 pessoas e empresas foram beneficiárias dos negócios do operador do esquema. Parte dos dados já estão sendo periciados por uma equipe da Polícia Federal em Minas. 

CPI dos Correios 

No depoimento no ano passado, Valério afirmou ter havido um repasse de aproximadamente R$ 100 mil para a empresa de Godoy. Ao investigar o mensalão, a CPI dos Correios detectou, em 2005, um pagamento feito pela SMPB, agência de publicidade de Valério, à empresa de Freud Godoy. O depósito foi feito, conforme informou a CPI, em 21 de janeiro de 2003, no valor de R$ 98,5 mil. 

O operador do mensalão não detalhou, em setembro passado, quais seriam esses "gastos pessoais" do ex-presidente. O dinheiro teria sido gasto no primeiro mês de governo quando "ainda não se sabia como usar o cartão corporativo", disse Valério no depoimento. Na tentativa de embasar a acusação, Valério entregou cópia do cheque destinado à empresa Caso e emitido pela SMPB Propaganda.  

Dinheiro para campanha 

Freud Godoy afirmou que o dinheiro serviu para o pagamento de serviços prestados durante a campanha eleitoral de 2002 por sua empresa. Esses serviços, admitiu Godoy à época da CPI, não foram formalizados em contrato e não houve contabilização das despesas. O "faz-tudo" de Lula afirmou, em resposta às acusações feitas por Valério, que suas contas foram devassadas pelos órgãos de controle. COLABOROU FAUSTO MACEDO  

Cronologia
 
Nome de Freud surgiu em 2006
 

- 17 de setembro de 2006  

"Dossiê dos aloprados"

Freud, o "faz-tudo" de Lula, é apontado pelo advogado Gedimar Passos como o responsável pela compra de um dossiê contra políticos tucanos. À Polícia Federal, Passos diz que recebeu de Freud a missão de pagar R$ 1,75 milhão pela compra do dossiê contra o então candidato a governador de SP José Serra e seu ex-secretário executivo Barjas Negri.
 

- 18 de setembro de 2006  

Fora do Planalto
 
Após ser apontado como o petista que contratou os intermediários do dossiê, Freud é afastado do Planalto.
 

- 24 de setembro de 2012 

Citado por Valério

Freud é citado em depoimento do operador do mensalão Marcos Valério. Ele diz à Procuradoria-Geral da República que Lula usou dinheiro do mensalão para pagar despesas pessoais e que esse dinheiro era passado para a conta da empresa de Freud, a Caso. 

Cheque 

Valério envia à procuradoria cópia de cheque no valor de R$ 98,5 mil destinado à Caso. O cheque foi emitido em 2003 pela SMPB, de Valério.

Fonte: Jornal Estado de São Paulo - Por Alana Rizzo

Caso Raad Massouh: Quem vai relatar o processo contra Raad?

E começam as apostas para quem vai ganhar a relatoria do processo contra o deputado Raad Massouh; o sorteio vai ser feito na sessão marcada para o dia 2 de maio; Patrício (PT) e Dr. Michel (PEN) já adiantaram ao Brasília 247 que "estão aptos" para a função e não "se sentem impedidos" para comandar a investigação na Comissão de Ética; demais parlamentares preferiram não falar sobre o tema e vão aguardar a sorte (ou azar) na próxima semana

A sessão, que vai escolher o relator do processo de investigação contra o deputado Raad Massouh (PPL), está marcada para o dia 2 de maio. Até lá, os cinco integrantes da Comissão de Ética vão pensar se vão aceitar a árdua tarefa de apurar as denúncias de quebra de decoro parlamentar contra o distrital, acusado de desviar dinheiro público por meio de emendas. A abertura de investigação foi votada na semana passada por quatro dos cinco integrantes do colegiado.

A escolha do relator é feita por meio de sorteio, mas o distrital escolhido pode se declarar impedido ou apenas dizer que não se sente confortável para relatar a ação, daí novo nome é sorteado. O Brasília 247 fez um levantamento entre os integrantes do Conselho de Ética para saber qual a expectativa de cada parlamentar.

Segundo o presidente do colegiado, Dr. Michel (PEN), ele não "vai ter problemas" para relatar o processo, já que "não se sente impedido". "Se for sorteado, eu vou ser relator. Me sinto apto a desempenhar qualquer função dentro da Câmara Legislativa. Diferente do que disseram por aí, não tenho nada contra o Raad, não quero pegar os votos dele, da base eleitoral dele. Deputado tem que buscar votos em todo o Distrito Federal. E outra coisa, ninguém disse que ele é culpado. Esse é o momento dele se defender", destacou à reportagem.

Joe Valle (PSB) preferiu a cautela. Por meio da assessoria de imprensa, informou que ainda está analisando o processo contra Raad e que não vai se pronunciar sobre a possibilidade de ser relator antes da sessão do dia 2 de maio. O parlamentar, assim como todos os integrantes do colegiado, tem acesso à cópia de toda a investigação policial, que traz detalhes da apuração e a transcrição dos grampos telefônicos.

O deputado Agaciel Maia (PTC) também não quis se pronunciar sobre o assunto, dizendo "que como membro não poderia falar com o risco de se tornar juiz". O silêncio de agora nada tem a ver com a postura falante da sessão que decidiu pela abertura do processo de investigação. O distrital fez várias questões de ordem, com questionamentos sobre a "legalidade" da presença do corregedor também como integrante da Comissão de Ética.

"Com a presença do Patrício, que é corregedor e pode ser relator, corremos o risco de ter todo o processo invalidado pela justiça futuramente. Repito que isso tem grande chance de acontecer. Isso está errado. Temos que mudar as regras", destacou aos colegas na semana passada.

O corregedor Patrício (PT) também pode ser escolhido relator. Ele, que é integrante do colegiado, retomou o posto ocupado pela suplente Arlete Sampaio (PT), com a justificativa de que não há "impedimentos" no Regimento Interno e no Código de Ética. O petista já declarou que, se for sorteado, vai relatar o processo "sem problemas", já que não "se sente impedido" de fazer a investigação depois de ter elaborado o parecer que pediu a abertura de apuração contra Raad Massouh.

Olair Francisco (PTdoB) foi o único parlamentar a votar contra a abertura de investigação, com a justificativa de que "não vê envolvimento" do distrital nas denúncias apresentadas pelo MP à justiça. O deputado não retornou as ligações do Brasília 247 para comentar o assunto. 

Segredo de justiça

Na semana passada, o deputado Olair Francisco assumiu que tomou a decisão de votar a favor de Raad Massouh sem ter consultado a cópia da investigação policial que está em poder da Comissão de Ética.

Os documentos ficam guardados em um cofre por conta do segredo de justiça, mas segundo o Dr. Michel, qualquer parlamentar "é livre" para consultar os papéis "a qualquer tempo", e que ele como presidente não tem que autorizar essa consulta. "Vai atrás quem quer", voltou a destacar o distrital.

O parlamentar lembrou ainda que está confirmada a sessão do dia 2 de maio e que não há necessidade de quórum para fazer o sorteio. "Não precisamos de quórum. Caso tenha só eu na reunião, eu faço o sorteio e publico o nome na ata. A escolha do relator vai ocorrer no dia 2 de maio sem prorrogações", finalizou.

Fonte: Brasília 247 - Por Juliane Sacerdote