ACESSOS

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Duelo por 2018 'Aécio Neves'

 
As trocas de farpas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o candidato derrotado Aécio Neves vem marcando o “terceiro turno”
 
Lula postou pelas redes sociais críticas à postura dos tucanos na eleição de Dilma Rousseff. E Aécio respondeu com críticas ao PT, por meio de vídeo divulgado na internet.
 
Pelo visto, a campanha de 2018 já começou.
 
Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa.

Derrota antecipada 'Censura à Imprensa'


No Congresso Nacional, já se desenha a segunda derrota da presidente Dilma Rousseff após a eleição. O PT insiste em empurrar goela abaixo dos parlamentares o projeto do controle social dos meios de comunicação.

Na sua essência, permite que o governo tenha o controle da mídia com uma censura velada. Já é unânime a resistência na Câmara e no Senado. Principalmente, porque deputados e senadores são proprietários de redes de comunicação nos estados.

Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa.

Disputa acirrada 'Celina Leão'

A disputa pela presidência da Câmara Distrital, em Brasília, vem-se acirrando a cada dia.

Grupos políticos se espalham em busca de apoio à candidatura da deputada Celina Leão (PDT), como também de Dr. Michel (PP) e Joe Valle (PDT).

Michel passou sua campanha internado no hospital com problemas cardíacos. Ele utilizou a vídeo conferência para pavimentar sua eleição. Fato inédito no parlamento brasileiro. A votação expressiva de Michel, 22.422 votos, o deixou como o quarto mais bem votado.

Por outro lado, Celina Leão também está com a cotação em alta, porque conta com fortes padrinhos o senador eleito Antonio Reguffe (PSB/DF) e o governador eleito Rodrigo Rollemberg (PSB). Joe Valle ainda trabalha na boca do funil.

Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa.

De volta 'Claudio Abrantes'


Com o enfraquecimento da base petista na Câmara Legislativa, o atual presidente da Casa, Wasny de Roure, tem investido seu tempo em buscar apoio para ocupar a possível vaga no Tribunal de Contas do DF.

Apesar de ter sido reeleito para mais quatro anos, Wasny tem dito que pretende pendurar as chuteiras e pede a união dos distritais na aprovação de seu nome.

Quem pode sair lucrando é o atual distrital Claudio Abrantes (foto), que não foi reeleito, mas acabou ficando na primeira suplência do PT.

Fonte: Odir Ribeiro.

Bolada nas costas 'Dr. Paulo Feitosa'


O governo eleito de Rodrigo Rollemberg parece já está dando sinais de que herdou vícios conhecidos dos petistas, o tal “fogo amigo”, ou como querem alguns, a “bolada nas costas”, e o pior que em uma área vital para a população, a saúde.

O Dr. Paulo Feitosa (foto), ex-diretor do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) que deixou o cargo para elaborar o elogiadíssimo, até pelos opositores, plano de saúde de Rollemberg – e até hoje sofre retaliações por conta disso -, e era o mais cotado para assumir a pasta, foi deixado de lado pela equipe de transição do governador eleito.

Para o seu lugar está sendo tratado como certo o Dr. Gutemberg, candidato derrotado a deputado distrital, pois obteve apenas 8 mil votos. Para quem não conhece, Gutemberg foi o presidente dos sindicatos dos médicos do DF, onde teve uma atuação por muitos considerada polêmica.

Moral da história: papagaio come milho e periquito leva a fama. Com a palavra, a equipe de transição. 

Fonte: Odir Ribeiro.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Temer tem a força 'Michel Temer'

Ao que parece, o vice-presidente Michel Temer, que terá toda a autonomia para negociar o apoio dos parlamentares, no Congresso Nacional, ganhará grande destaque. 

Já que presidiu a Câmara e tem um bom trâmite entre os partidos. Dilma Rousseff, derrotada com o plebiscito no ano passado, em meio às manifestações populares, agora lança mão de colocar Temer na fogueira. 

Apesar das negativas de Dilma, colocará em prática a política do toma-lá-dá-cá. A tentativa é emplacar a reforma política que o PT quer. Assim, pretende já demonstrar que cumpre a promessa do discurso da vitória. 

Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa.

Chapa única 'Eduardo Cunha'

O presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves deu demonstrações de que a vida da Presidente Dilma Rousseff no Congresso não será nada fácil.

A votação de anteontem onde o governo foi derrotado abriu uma porta para o líder do PMDB, Eduardo Cunha mandar um recado direto para o Palácio do Planalto. “Não há espaço para a candidatura do PT”.

O líder carimbou o passaporte para lançar candidatura com o apoio de vários partidos da base governista. E dispensa o apoio do PT. Pelo visto, Dilma terá problemas em todas as votações.

Já que Eduardo Cunha é declarado seu inimigo. Para contrapor Dilma já prepara o nome de Jaques Wagner para intermediar diálogo entre o Palácio e Congresso Nacional.

Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa.

Ciência comprometedora 'Lula'

 
O ex-presidente Lula ignora o escândalo da Petrobras. E a esperada candidatura à Presidência da República em 2018 se consolida. Mas, segundo o doleiro Alberto Youssef, em seu depoimento, Lula e Dilma Rousseff tinham conhecimento de todo o esquema de propina da estatal com empreiteiras e políticos.
 
Ao contrário do Mensalão, onde o nome do ex-presidente foi poupado. Agora, em plena CPMI, emergiu a denúncia de que Lula tinha ciência de tudo. Assim, não poderá dizer que não sabia. O que também vale para Dilma Rousseff.
 
A estratégia do ex-presidente é aproveitar o sucesso na eleição, impulsionando sua candidatura, utilizando-a ainda para neutralizar uma possível pressão popular contrária. O termômetro será o dia 1º de novembro, quando haverá uma manifestação pedindo o Impeachment de Dilma e contra todos os corruptos, na avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). Em São Paulo, Aécio Neves teve vitória esmagadora.
 
Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa.

Convencendo o eleitorado 'João Cerqueira de Santana Filho'

 
O marqueteiro João Cerqueira de Santana Filho foi o grande vitorioso na acirrada eleição entre o Partido dos Trabalhadores do ex-presidente Lula e o PSDB do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
 
O marqueteiro usou no segundo turno uma estratégia que foi fundamental para a vitória da presidente Dilma Rousseff, convocou técnicos do quadro petista para procurar as grandes fábricas e indústrias de São Paulo e Minas Gerais para levar a mensagem de Dilma aos trabalhadores.
 
Foi assim que células petistas reuniram milhares de indecisos que escolheram a proposta da reeleição. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, elogiou a estratégia do marqueteiro e daqui para frente deve fazer um trabalho preventivo a cada ação polêmica no governo Dilma, a exemplo a reforma política e fiscal.
 
Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa.

Petrolão: Delatores de esquema de corrupção na Petrobras vão devolver R$ 175 milhões

Para o Ministério Público, novos acordos só deverão ser assinados em bases ainda mais duras 

O doleiro Alberto Youssef deverá devolver aos cofres públicos R$ 55 milhões até o fim dos processos abertos contra ele a partir da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. A devolução do dinheiro e dos bens obtidos de recursos ilícitos faz parte do acordo de delação premiada que o doleiro firmou em troca de redução substancial das penas de prisão a que poderia ser condenado por desvios de verbas da Petrobras e de outras áreas da administração pública. Na quarta-feira, Youssef recebeu alta do hospital em Curitiba onde estava internado desde sábado e voltou para a prisão.

Até o momento, réus que decidiram colaborar com as investigações da Lava-Jato já se comprometeram a devolver aproximadamente R$ 175 milhões.

O primeiro da fila da delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que confessou participar de um esquema de corrupção que envolvia políticos de PT, PMDB e PP, deverá devolver mais de R$ 70 milhões.

Entre os valores a serem entregues por Costa estão US$ 23 milhões que ele teria recebido da Odebrecht, uma das empreiteiras com grandes contratos com a Petrobras. O dinheiro está bloqueado em contas bancárias na Suíça, e sua devolução aos cofres públicos depende apenas de medidas burocráticas.

Volume expressivo de dinheiro deve ser devolvido também por outros colaboradores, entre eles o executivo Júlio Camargo, da Toyo Setal, que também decidiu fazer acordo de delação premiada. Os valores que ele teria de devolver estariam em torno de R$ 40 milhões. Os recursos a serem recuperados até o fim do processo devem aumentar ainda mais caso algumas empreiteiras confirmem a intenção de fazer acordo de leniência. Emissários de empresas já fizeram sondagens sobre possível acordo logo na primeira fase das investigações, mas ainda não há decisão sobre isso.

Para o Ministério Público, novos acordos só deverão ser assinados em bases ainda mais duras.

— Não dá para fazer acordo de leniência com todas as empresas. Tem que ser acordos individuais com condições específicas — disse uma autoridade que acompanha o caso de perto.

As exigências do Ministério Público Federal para eventuais colaborações das empreiteiras seguirão parâmetros adotados em processos judiciais americanos. As empresas teriam que abrir mão dos lucros obtidos em contratos espúrios. Teriam ainda que pagar multa por danos morais. Em caso de não colaboração, as punições poderão ser ainda mais rigorosas. O Ministério Público deverá pedir pena de prisão de dirigentes envolvidos nas negociatas denunciadas por Costa e Youssef, além da proibição da contratação pelo serviço público.

No material em poder da PF e do MP constam contratos de falsa prestação de serviços, e os depoimentos de Costa, Youssef e outros integrantes da organização do doleiro que teriam participado das supostas fraudes. Entre os documentos aparecem ainda extratos de contas no exterior e detalhados relatos sobre a remessa de recursos ilegais para beneficiários do esquema em outros países.

PETROBRAS QUER OUVIR COSTA

A Petrobras quer ouvir o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa nas investigações internas abertas para apurar irregularidades nas obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, o Comperj. O pedido foi encaminhado ontem à Justiça Federal do Paraná, uma vez que Costa cumpre prisão domiciliar depois de ter sido beneficiado pela delação premiada negociada com o Ministério Público Federal. A estatal pede que Costa responda por escrito a 19 quesitos, na maioria relacionados a negócios da diretoria de Abastecimento.

A comissão interna da estatal quer saber quais assuntos foram tratados em reuniões feitas em Brasília, no início de 2006, às vésperas da aprovação do projeto Abreu e Lima, das quais participaram Costa, Renato Duque e o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli. Outra pergunta é sobre as razões de ter sido aumentado o valor do projeto, revisado para US$ 4 bilhões em dezembro de 2006.

O relator da CPI mista da Petrobras, Marco Maia (PT-RS), disse ontem que quebrar sigilos de empreiteiras envolvidas nas denúncias de Costa e Youssef pode não contribuir para o andamento da investigação no Congresso. Os integrantes da CPI chegaram a um acordo para prorrogar os trabalhos até 21 de dezembro, mas não há entendimento sobre novos requerimentos de acesso a dados sigilosos nem convocações.

— Aprovar quebras de sigilo pode ser inócuo. Não acho necessidade de novas quebras neste momento — afirmou. — Quebrar sigilo de empreiteiras de forma genérica talvez não contribua para o processo investigatório porque são informações generalizadas. São seis meses para chegarem os dados e uma loucura para analisar tudo — reiterou. (Colaborou Cleide Carvalho)

Fonte: O Globo por Jailton de Carvalho.

Petrolão: Empresário diz que doleiro pagou dívida em nome da Petrobrás

Dono de agência afirma que Youssef repassou R$ 3,5 milhões por serviços prestados ‘sem contrato’ à estatal; empresa não comenta

O dono da agência de marketing Muranno Brasil, Ricardo Vilani, confirmou em entrevista ao Estado que o doleiro Alberto Youssef, um dos personagens centrais da Operação Lava Jato, fez pagamentos a sua empresa em nome da Petrobrás. Vilani nega, porém, que tenha recebido os valores - R$ 3,5 milhões no total, ele diz - para evitar que revelasse, em 2010, o esquema de desvios na estatal petrolífera. Vilani afirma que prestou serviços à Petrobrás no exterior, num acordo sem assinatura de contrato, e queria apenas receber o que lhe era de direito.

A Polícia Federal coloca a Muranno no rol das empresas que receberam dinheiro desviado das obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O nome da agência fazia parte da contabilidade secreta de Youssef. A PF diz que parte do dinheiro que passava pela conta da agência era destinada ao pagamento de propinas para políticos e agentes públicos.

A Muranno aparece ainda no depoimento de Youssef da delação premiada. O doleiro afirmou que integrantes da agência de marketing estavam ameaçando revelar o esquema de desvios na estatal caso não recebessem um dinheiro devido. Nesse trecho do depoimento, Youssef cita o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No relato do doleiro, Lula ficou sabendo das ameaças e ordenou o então presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, a “resolver essa merda”. Ainda segundo Youssef, Gabrielli acionou o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, outro personagem central no escândalo, e este resolveu o problema. Youssef não apresentou provas do relato.
 
Gabrielli nega com veemência a versão do doleiro. Lula não comenta o assunto.

Serviço. O dono da agência nega ter conhecimento do esquema de desvios da Petrobrás via Youssef. Nega também a ameaça de revelar esse esquema.“A Muranno fez alguns trabalhos para a Petrobrás. Ele (o doleiro) se apresentou como assistente do Paulo Roberto e que estava lá para tentar me ajudar a receber (a dívida)”, declarou Vilani ao Estado.

Os serviços de marketing para a Petrobrás foram feitos, segundo o empresário, entre 2006 e 2009. A Muranno, contou Vilani, fez eventos para divulgar o etanol brasileiro em etapas da Fórmula Indy, nos Estados Unidos. O trabalho consistiria, disse, em chamar empresários para os eventos, nos quais a estatal apresentava seus produtos visando à exportação. O convite para prestar os serviços, afirmou, foi feito pelo então gerente de Álcool e Oxigenados da Petrobrás, Sillas Oliva.

Porém, parte dos valores acertados sem contrato não foi paga, segundo afirmou o empresário.

“Nunca fiz contrato com ninguém”, afirmou, explicando que apenas apresentava notas à “Petróleo Brasileiro S/A”.

Segundo o empresário, a dívida da estatal com a Muranno seria de R$ 5 milhões. Em 2009, época da CPI da Petrobrás, um funcionário da companhia destacado para levantar documentos e descobrir eventuais problemas no setor de comunicação, como o fornecimento de notas frias, o procurou.

Foi quando Vilani pediu “ajuda” para receber a dívida.

Depois disso, conseguiu uma audiência com Costa na Diretoria de Abastecimento.

Na sequência desse diálogo, o empresário contou que foi procurado por Youssef, conhecido como “Primo”, que o chamou para “um café” em São Paulo e acertou os pagamentos. “Um dia, toca meu celular, um número que eu não conhecia: ‘Olha, estou aqui, quero resolver o negócio da Petrobrás’. É o Primo”, relatou.

Sem resposta. A Petrobrás não se pronunciou até a conclusão desta edição. Questionado se convidou a Muranno para prestar serviços à estatal, Sillas Oliva reagiu, por telefone: “Desconheço”. Ele pediu que questionamentos fossem enviados por e-mail, mas não os respondeu.

Fonte: O Estado de S.Paulo por Fábio Fabrini, Andreza Matais e Ricardo Brandt.

Reincidência 'José Raul Sena Gigante'

Uma das maiores empreiteiras do Brasil, a baiana OAS, herança deixada por Antonio Carlos Magalhães está no olho do furacão da operação Lava-Jato.
O doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, revelam o esquema de pagamento de propina da OAS para políticos. 

Não é a primeira vez que a gigante da construção se envolve em escândalo com políticos. Em 18 de dezembro de 1994, José Raul Sena Gigante, então procurador da construtora, foi flagrado pela Polícia Federal com uma mala preta no aeroporto de Guarulhos com documentos de empresas financeiras sediadas em paraísos fiscais. 

Gigante também foi apontado como um dos operadores de Paulo Cesar no escândalo Collor. Agora, através de Léo Pinheiro, presidente executivo da empreiteira baiana, o doleiro revela a atuação da empresa no Petrolão. 

Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa.

De malas prontas 'Aldemir Bendine'

Antes mesmo de encerrar o segundo turno das eleições, o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, reuniu o seu grupo e começou arrumando as gavetas para deixar o posto.

São vários diretores e técnicos que começam deixar Brasília, após várias denúncias. A mais recente foi revelada pelo ex-motorista que acusa o presidente do BB de desvio de recursos do banco. Os imóveis ocupados pelos diretores já foram entregues às imobiliárias.

A presidente Dilma Rousseff já comunicou a Bendine o nome do seu substituto e pediu que o mantivesse em segredo. O que se sabe nos bastidores é que a indicação vem de Antônio Palocci.

Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa.

Manobra oposicionista 'Edison Lobão'

A oposição ao governo no Congresso começa a montar as armadilhas para convocar o alto escalão do governo petista envolvido no escândalo da operação Lava-Jato, apurado pela CPMI da Petrobras.

Um exemplo é a convocação de ontem do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, que estará na Comissão de Agricultura da Câmara para prestar esclarecimentos sobre a compra de parte da Companhia de Eletricidade do Estado de Goiás (Celg).

Na verdade, não será esse o assunto abordado pela oposição, mas, sim, o envolvimento do ministro no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras, revelado pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, durante delação premiada.

Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa.

Celina Leão representa contra Terracap e Novacap


A deputada Celina Leão (PDT) protocolou representação no Tribunal de Contas (TCDF), na tarde desta quarta-feira (29), contra a Agencia de Desenvolvimento do Distrito Federal (TERRACAP) e a Companhia urbanizadora da Nova Capital (NOVACAP), pedindo a suspensão do convênio nº 71/2014 que trata da licitação para reforma do Autódromo Internacional Nelson Piquet.

“Precisamos elencar prioridades, uma despesa dessa não pode ser feita no final de um governo, isso precisa do aval do futuro governador e da população”, considera a parlamentar.
 
O valor previsto no edital, que foi lançado dia 26/10/2014 pela NOVACAP, é de R$ 251 milhões, no entanto a TERRACAP já repassou R$ 312 milhões para a NOVACAP, ou seja, R$ 60 milhões a mais, o que segundo a deputada, já indica indícios de futuros aditivos. Os envelopes para escolha da empresa vencedora do certame serão abertos no próximo dia 12 de novembro.
 
Para Celina Leão esta licitação vai gerar um alto endividamento, provocado pelo atual governo, inviabilizando a próxima gestão de arcar com esses compromissos.
 
“Essa licitação está sendo encaminhada para ser um Mané Garrincha II, que com reforma exigida pela FIFA, começou com gastos de R$ 600 milhões e terminou com R$ 2 bilhões. Agora a exigência é da FIA – Federação Internacional de Automobilismo, para que o Autódromo de Brasília receba a Formula Indy em 2015”, alerta a deputada. “Por isso estou pedindo o cancelamento do convênio e da licitação”, completa.
 
As exigências feitas pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e pela Federação internacional de Motociclismo (FIM) tem o objetivo de incluir Brasília no calendário internacional de eventos automobilísticos e motociclísticos.

TERRACAP em crise
 
Em junho de 2013, um relatório do Conselho Fiscal da TERRACAP apontou a grande dificuldade financeira enfrentada pela empresa, que naquele ano teve um lucro de R$ 335 milhões e um passivo de R$ 1 bilhão. A recomendação do Conselho era de conter gastos e suspender doações. No entanto, a Agência continuou tomando medidas administrativas altamente prejudiciais à sua vida financeira, como contrato milionário de publicidade enorme quantidade de patrocínios e shows, reestruturação da empresa, além de doações descontroladas de lotes.
 
Fonte: Ascom da Deputada Distrital Celina Leão por Irene Oliveira.

O alvo 'Chico Leite'


A quem diga que o recado de Chico Vigilante (leia aqui) foi em direção ao seu colega Chico Leite (PT) que no segundo turno das eleições declarou apoio ao governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Rollemberg já considera Leite como um dos seus aliados.

E outra: A Rede partido de Marina Silva deve sair do papel em 2015. Chico Leite um dos fundadores com certeza será um filiado protagonista.

A verdade é que Chico sempre foi injustiçado nas fileiras do PT/DF. Alguém duvida disso? 

Fonte: Odir Ribeiro

Gratidão 'Raimundo Ribeiro'


Sem descanso. O deputado distrital eleito Raimundo Ribeiro (PSDB) não quis saber de viagens. O futuro parlamentar está indo a todas cidades-satélites agradecer os votos recebidos. Podemos dizer que a atitude de Ribeiro é coisa rara entre os políticos.

Fonte: Odir Ribeiro.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Avaaz congela em 1,3 milhão a contagem de adesões ao Impeachment de Dilma

No Avaaz, comandado por um petista, impeachment de Dilma congelou em 1,3 milhão de assinaturas

Além da petição no site da Avaaz, há 14 pedidos de impeachment contra Dilma na Câmara dos Deputados.

Abramovay, chefe do Avaaz

Desde o início da manhã o site Avaaz “congelou” em 1,114 milhão a contagem do abaixo-assinado pelo 'Impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT)'. No começo da noite, o site “atualizou” o número para 1.341.563, mas o mantém congelado. E nos exibe as adesões à medida em que são inseridas pelos internautas. Pelo ritmo de adesões a essa petição, esse número deveria estar muito maior.

'O Avaaz, que no Brasil é comandado pelo militante petista Pedro Abramovay', foi criado com o objetivo de abrir espaço “democrático” para abaixo-assinados virtuais. 'Abramovay foi assessor no Ministério da Justiça e secretário nacional Antidrogas, no governo Lula, de onde saiu após assumir polêmica posição em defesa da liberalização da venda de entorpecentes'.

No site, o Avaaz publicou um aviso em que atribui a paralisação da contagem à “grande quantidade de tráfego”, mas outras petições continuam funcionando normalmente no mesmo site Avaaz, até com número superior a 3 milhões de adesões.

“O contador de assinaturas não está atualizando automaticamente por causa da grande quantidade de tráfego em nosso site. Nossa equipe de tecnologia está trabalhando para consertar isso o quanto antes. Enquanto isso, atualizaremos o contador manualmente com frequência”, diz o Avaaz, em aviso na página referente ao impeachment de Dilma. Apesar disso, o site diz continuar registrado adesões: clique aqui.

Na noite de sexta-feira (24), o documento acumulava mais de meio milhão de assinaturas (exatas 575 mil). A petição ganhou ainda mais força após a revelação da doleiro Alberto Youssef à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal de que a presidente reeleita Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula sabiam do esquema de corrupção na Petrobras, batizado de “Petrolão”. A PF suspeita que Youssef “lavou” R$ 10 bilhões no propinoduto.

Dilma e o PT optaram por desqualificar a revista Veja, que publicou a notícia, ameaçando-a de processo em sua propaganda eleitoral na tevê, além de ter protocolado pedido de resposta e de censura no Tribunal Superior Eleitoral.

O megadoleiro Alerto Youssef era o homem-caixa do esquema de gatunagem na Petrobras, desmantelado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Youssef e seu “sócio”, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa comandavam uma espécie de “banco central” da corrupção, instalado em 2006, durante o governo Lula.

Fonte: Diário do Poder.

A dona da anilha 'Edson Lobão'

A cabeça do Ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, sempre esteve pendurada na anilha de um famoso pássaro, o cardeal.

Apesar de estar fora da gaiola, Cardeal recebe os cuidados do ministro e da presidente Dilma Rousseff. Até quando Lobão permanecerá no ministério só três pessoas devem saber, Fernando Baiano, Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa.

Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa.

Em nome do chefe: filme velho ou filme realmente novo? Roda a fita!

 
O jornalista Hélio Doyle coordenador da campanha e da transição do governador eleito Rodrigo Rollemberg (PSB) concedeu entrevista aos jornalistas Rodrigo Orengo e Cláudio Humberto, da Band News FM, na manhã desta quarta-feira, 29. Hélio em suas palavras usou um tom agregador e sinalizou que o próximo governo pretende ter uma máquina administrativa bem enxuta.
 
O jornalista, de maneira pragmática, afirmou que as mudanças demandam tempo para serem realizadas. O coordenador da transição disse que para ter deputados na base não haverá loteamento de cargos no governo e que as indicações de parlamentares terá que ser com profissionais capacitados. Sobre nomes que podem “pintar” no futuro Doyle não quis adiantar para não gerar “ciumeira” nas eventuais composições.
 
Fizemos um resumo dos principais pontos da entrevista:

Problemas do Distrito Federal
 
“Resolver os problemas da cidade em seis meses ninguém consegue. O começo de tudo é apresentar medidas para a solução de todos os problemas administrativos.”
 
Máquina Pública
 
“O governo terá menos secretarias e vai reduzir o número de cargos comissionados sem o loteamento de cargos. Não irá ter loteamento de cargos nesse governo.”
 
Base aliada de Rollemberg
 
“Participar do governo depende deles (deputados distritais) os acordos políticos são legítimos e republicanos. Não há problemas em indicar secretários, desde que seja nome qualificado. A participação no governo não será a todo custo.”
 
Polícia Militar e Bombeiros
 
“Não haverá indicação política para comandar essas corporações. Na área de segurança não haverá nenhum tipo de interferência política.”
 
Em tempo: Como vigilantes das ações dos nossos gestores em nome da sociedade, os jornalistas devem ficar atentos para basicamente, três declarações do coordenador do governo eleito, para comprovar o cumprimento ou não. A exemplo do que fizemos com o governador derrotado Agnelo Queiróz, que “jurou de pés juntos” que assumiria a secretaria de saúde por três meses e resolveria todos os problemas da pasta. Não fez uma coisa e nem outra.
 
As três afirmações de Hélio Doyle que merecem a mesma atenção são:
 
1 - “O governo terá menos secretarias e vai reduzir o número de cargos comissionados sem o loteamento de cargos. Não irá ter loteamento de cargos nesse governo.”
 
2 - “Participar do governo depende deles (deputados distritais) os acordos políticos são legítimos e republicanos. Não há problemas em indicar secretários, desde que seja nome qualificado. A participação no governo não será a todo custo.”
 
3 - “Não haverá indicação política para comandar essas corporações. Na área de segurança não haverá nenhum tipo de interferência política.”
 
Fonte: Odir Ribeiro.

Lupa no certame 'Joe Valle'

Os órgãos fiscalizadores começam a olhar com lupa uma recente licitação de informática ganha no Tribunal de Contas do DF. 

Denúncias que chegaram a Câmara Legislativa dão conta de que há várias irregularidades no certame. Um dos pontos que levantou a suspeita dos deputados distritais é que o atestado que concedeu a capacidade técnica da empresa vencedora seria fraudado. 

Outros documentos comprometedores podem revelar um esquema de produção irregular de documentação com vistas à assinatura do contrato com o órgão. Um dos deputados que recebeu a denúncia já decidiu encaminhar o caso para a Comissão de Transparência e Controle da Casa, comandada pelo distrital Joe Valle (PDT). 

Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa.

Não confia 'Alberto Fraga'

O deputado eleito Alberto Fraga (DEM) o mais votado do Distrito Federal não foge de nenhum assunto. Em uma recente entrevista ao nosso blog, o coronel confidenciou que não confia nas urnas eletrônicas.
 
Um dos questionamentos de Fraga é que a votação em países como os Estados Unidos, o sistema utilizado não é eletrônico. Com as denúncias de fraudes nas eleições, os questionamentos de Fraga até que fazem sentido.
 
Fonte: Odir Ribeiro.

Notória especialização 'Beatriz Catta Preta'

O escândalo da Petrobras revelou uma doutora em delação premiada. Beatriz Catta Preta convenceu o cliente Paulo Roberto Costa a delatar todo o esquema de corrupção dentro da estatal Petrobras.

No mesmo processo Beatriz também convenceu o doleiro Alberto Youssef a confessar como era a operação financeira do propinoduto junto a empresas fornecedoras e agora Catta Preta convence a direção da empresa japonesa, Toyo-Setal a forçar Júlio Camargo diretor representante da empresa no Brasil a também fazer delação premiada, confessando como eram feitos os pagamentos de propina.

Beatriz presenteou o Ministério Público e a Justiça com três depoimentos decisivos para fechar o maior esquema de corrupção já revelado no Brasil.

Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa.

Choque no PMDB ' Alberto Youssef & Paulo Roberto Costa'

Ainda não chegou na metade dos depoimentos do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, presos durante a operação Lava Jato da Polícia Federal e já causa uma alvoroço no Congresso Nacional.

A expectativa do PMDB está na área de energia onde o partido toca a rédea curta tendo total responsabilidade pelo setor. Nos bastidores a Polícia Federal que investiga o escândalo da Lava Jato já comenta o choque que vai causar na legenda, pois os grandes caciques peemedebistas estão ligados por fios ao setor.

O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, divide o comando de Furnas e o partido também comanda a Eletrobras e o Ministério das Minas e Energia. O juiz Sérgio Moro aguarda ansioso parte do depoimento que dará explicações aos documentos apreendidos.

Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa.

Pediu o boné 'José Bonifácio Carreira Alvim'

 
Crise. O secretário de Saúde, José Bonifácio Carreira Alvim mais conhecido como Boni pediu exoneração do cargo nesta quarta-feira (29). 

O motivo foi a exoneração do Diretor-executivo do Fundo de Saúde do DF, José Menezes Neto. A demissão de Menezes foi feita sem o conhecimento do então secretário. Foi o fim da linha para Boni. Uma tremenda saia-justa. 

Fonte: Odir Ribeiro.

Celina Leão parabeniza Rollemberg e demonstra preocupação com gastos do GDF

A deputada Celina Leão (PDT) discursou na tarde desta terça-feira (28) para parabenizar o governador eleito, Rodrigo Rollemberg (PSB) e fazer uma avaliação dos gastos de última hora que o atual governo tem feito. Celina agradeceu a confiança dos eleitores em Rollemberg e disse que espera uma renovação. Para ela, o novo governador vai fazer um resgate e reescrever a história do DF.

“Nosso repúdio à falta de gestão e ética ficou, como o grito do ‘basta’ nas urnas do Distrito Federal. Com os olhos no futuro saudamos o Governador da "Geração Brasília", que soube fazer sua caminhada política com firmeza, respeito, ética e democracia”, destacou a deputada.

Celina Leão também demonstrou preocupação com as contas do GDF e pediu a suspensão de um edital lançado recentemente para a reforma do autódromo Nelson Piquet, ao custo de R$ 312 milhões, já com possibilidade de um aditivo. Na opinião da deputada, a obra precisa do aval no futuro governador e da sociedade, já que o DF tem outras prioridades mais urgentes. Ela anunciou que vai protocolar representação no Tribunal de Contas do DF pedindo a suspensão do edital.

“Estamos com um caixa bem apertado e esta é uma obra cara, fazer isso agora é o mesmo que morar de aluguel e andar de BMW”, comparou.

Fonte: Ascom da Deputada Distrital Celina Leão por Irene Oliveira.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Eleições 2014: Governadores blindados. OAB quer julgamentos

Seis chefes de Executivos estaduais estão com processos criminais parados no Superior Tribunal de Justiça. Resultado das urnas muda personagens, mas mantém a situação de impunidade que a OAB tenta derrubar no Supremo 

 Em 11 anos, só o senador licenciado Ivo Cassol (PP/RO) teve a autorização para ser julgado. Ele foi condenado.

Governadores eleitos em 24 unidades da Federação podem conseguir bem mais que um mandato de quatro anos. Graças a Constituições estaduais, vão obter uma “blindagem” contra processos criminais a que respondem. Hoje, seis governadores já estão protegidos de nove ações penais simplesmente porque deputados estaduais não autorizaram o Superior Tribunal de Justiça (STJ) a continuar os processos. Esse número vai subir, conforme levantamento feito pelo Correio com base em dados dos tribunais superiores, dos resultados eleitorais e da Ordem dos Advogados do Brasil.

O problema é antigo. Desde 2003, 22 governadores de 15 estados já se beneficiaram de alguma forma da “blindagem” oferecida por uma ampla base aliada nas Assembleias Legislativas. Quarenta e seis processos criminais foram para a geladeira ou tiveram de esperar o mandatário sair do Palácio, segundo o levantamento do jornal. Há acusações graves, como desvio de dinheiro e corrupção, mas também disputas políticas que envolvem querelas com adversários e crimes de opinião. Os governadores escaparam do STJ até mesmo de ser eventualmente absolvidos. Em algumas ocasiões, os processos saíam do STJ porque os políticos alternavam entre cargos públicos a cada eleição e, ao final, acabaram prescritos.

Em 11 anos, só um caso teve a autorização de deputados estaduais para ser concluído e resultou em condenação. Os parlamentares de Rondônia autorizaram o processo contra Ivo Cassol (PPS) motivado por fraude em licitações quando ele era prefeito de Rolim de Moura (RO), entre 1998 e 2002. Ele se tornou senador e a ação foi para o Supremo Tribunal Federal. No STF, Cassol foi condenado em 2013 a quatro anos e seis meses de prisão em regime semiaberto mais multa.

Para o presidente da OAB, Marcus Vinícius Coêlho, a quantidade de ações paradas revela a impunidade. É necessário destravar o andamento dos casos. “À medida que o processo penal tem uma tramitação mais célere, é um fato para combater a impunidade”, afirmou. A entidade entrou com 18 ações contra a blindagem há dois anos.

Os protegidos

Hoje, estão com processos “congelados” no STJ os governadores reeleitos do Paraná, Beto Richa (PSDB), e o de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Na mesma situação estão chefes do Executivo em fim de mandato, os governadores do Ceará, Cid Gomes (Pros), do Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), e de Alagoas, Teotônio Vilela (PSDB).

A assessoria do STJ informou ao Correio que a Ação Penal 687, que envolve o governador Beto Richa, é uma das nove que não podem ser processadas pela Corte porque os deputados estaduais do Paraná não responderam ao pedido do tribunal. Apesar disso, a assessoria do governador afirmou que o caso “já foi resolvido administrativamente”. “Trata-se de uma verba de R$ 100 mil do Fundo Nacional de Saúde para uma obra da prefeitura de Curitiba. O valor já foi restituído com a devida correção.”

Richa pede cautela quando o assunto é acabar com a blindagem de governadores, como propõe a OAB. “A legislação sempre deve ser modernizada, mas é preciso haver algum tipo de cuidado em relação aos processos judiciais contra governantes para que a liberação total desse procedimento não se transforme em uma indústria de ações, principalmente por motivação política”, informou a assessoria de Richa.

Proteção para todos até 2001

A “mordaça” vivida hoje pelo STJ reproduz o mesmo problema que sofria a Corte máxima brasileira até 2001, quando o Supremo Tribunal Federal era impedido de processar ministros, deputados e senadores sem autorização do Congresso. A situação só se reverteu com uma mudança na Constituição. De 1988 a 2001, só 21 parlamentares foram alvo de algum processo. Quando a regra mudou, o STF recebeu uma enxurrada de denúncias. No ano passado, eram 524 inquéritos e ações criminais em andamento contra 224 parlamentares. As primeiras condenações e absolvições surgiram a partir de 2010.

Entenda o caso

Governadores só podem ser processados criminalmente no Superior Tribunal de Justiça, por causa do foro privilegiado.

Além dessa garantia, na maioria dos estados, é preciso que os deputados estaduais autorizem a continuidade dos processos.

O Ministério Público abre inquéritos contra os governadores. Quando oferece denúncia ao STJ, o caso é enviado à Assembleia Legislativa.

Se os deputados aprovarem a continuidade do caso, a denúncia é analisada pelos ministros do STJ.

Se eles não responderem ao pedido ou negarem, o caso fica suspenso no STJ e os prazos de prescrição são suspensos.

Se o mandato do governador acaba, o processo volta para a primeira instância e passa a correr normalmente.

Na prática, os processos “sambam” do STJ para outros tribunais, porque os governadores encerram os mandatos depois viram senadores, deputados ou ficam sem cargo. Esse vai e vem faz voltar a correr os prazos de prescrição e muitos casos acabam arquivados.

OAB quer julgamentos

A necessidade de pedido de autorização às Assembleias Legislativas é considerada mais uma engrenagem da impunidade brasileira para a OAB. Há dois anos, a entidade ajuizou 18 Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adins) no Supremo Tribunal Federal contra Constituições estaduais. Entretanto, até hoje a Corte não julgou nenhuma delas.

Na ação, os dirigentes da entidade questionam o uso que os chefes do Executivo estadual costumam fazer de amplas bases aliadas na Assembleia. “Acordos políticos para manutenção de uma certa governabilidade no Parlamento, lamentavelmente, têm permitido a impunidade de pessoas que usam prerrogativas públicas para beneficiar interesses privados”, acusa a OAB.

O presidente da entidade, Marcus Vinícius Coêlho, diz que os cidadãos precisam ter direitos e deveres iguais. E não é isso o que acontece. “Queremos que o governador responda ao processo como qualquer cidadão. Já tem o foro privilegiado no STJ e, além disso, ter a possibilidade de paralisar na Assembleia, me parece não ser republicano”, diz. “Todos devem ser responsáveis por seus atos”, destaca Coêlho. (EM)

Fonte: Correio Braziliense por Eduardo Militão & Carlos Moura/CB/D.A Press.

Contra extradição: Pizzolato aponta risco das prisões

A defesa de Pizzolato vai reiterar a alegação de que as prisões brasileiras não oferecem garantias aos direitos humanos e que o ex-diretor teme ser assassinado se voltar ao Brasil 

A Corte de Apelação de Bolonha, na Itália, vai se pronunciar nesta terça-feira (28), sobre o pedido feito pelo governo brasileiro de extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no julgamento do mensalão.

Contra o pedido, a defesa de Pizzolato vai reiterar a alegação de que as prisões brasileiras não oferecem garantias aos direitos humanos e que o ex-diretor teme ser assassinado se voltar ao Brasil.

Conforme documentos obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, para reforçar o argumento contra a extradição, a defesa de Pizzolato cita no processo críticas do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, aos presídios do País.

O ex-diretor do Banco do Brasil foi sentenciado a 12 anos e 7 meses de prisão por envolvimento no esquema do mensalão e fugiu para a Itália no segundo semestre do ano passado, quando o Supremo rejeitou recursos dos condenados. Na fuga, Pizzolato utilizou um passaporte de um irmão morto há mais de 30 anos.

Ele acabou descoberto pela polícia italiana em fevereiro deste ano na casa de um sobrinho em Maranello, no norte do país europeu, e foi levado para a prisão de Módena.

Tratamento

A defesa do ex-diretor do Banco do Brasil argumenta também que Pizzolato sofre problemas "psiquiátricos" e, se ele for transferido para uma prisão nacional, seu tratamento "antidepressivo" será comprometido.

Na audiência de hoje, os juízes da Corte de Apelação vão se pronunciar apenas sobre o pedido de extradição feito pelo Brasil. Com dupla cidadania, a esperança de Pizzolato era a de garantir sua permanência no país europeu. Apesar disso, o Ministério Público da Itália deu um parecer favorável à extradição do brasileiro em abril deste ano.

A defesa de Pizzolato enviou aos juízes documentos da ONU condenando a situação dos presídios no Brasil. Os advogados apresentaram informes de 2008, 2010 e 2014 produzidos pelas Nações Unidas, que apontam a situação de "violência interna" nas prisões e "execuções por parte da polícia".

Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo.