Tenho lido e ouvido muita coisa sobre o julgamento do STJD que envolve o
jogador Héverton da Portuguesa, e lamentavelmente forçoso reconhecer
que alguns profissionais do Jornalismo, cuja primeira atribuição é
informar os fatos, tem sistematicamente utilizado espaços nos veículos
de comunicação para fazer o contrário, isto é, desinformar o público.
Vamos aos fatos:
Vamos aos fatos:
Há mais de dez anos, a CBF adotou pontos corridos para o campeonato brasileiro;
Na última rodada, a CBF antecipou alguns jogos e manteve para domingo, no mesmo horário, as partidas que poderiam alterar a classificação final;
A Portuguesa recebeu o Grêmio, precisando somar um ponto para afastar definitivamente o risco de rebaixamento, e o Grêmio por sua vez, precisava de um ponto para passar direto a fase de grupo da Libertadores, sem depender do resultado da partida Atlético-PR x Vasco;
Ocorre que, a Portuguesa utilizou um jogador, no caso Héverton, irregularmente pois referido atleta tinha sido suspenso por dois jogos em razão de infração cometida no jogo contra o Bahia;
Ao constatar a irregularidade, a CBF, como é sua obrigação, comunicou o fato ao STJD, que por sua vez, como é sua obrigação, após o devido processo legal, onde se garantiu amplo direito de defesa, aplicou o regulamento, que nesse caso, é de uma clareza solar, isto é, a equipe que relacionar um atleta sem condição de jogo, perde 03 pontos e mais os pontos que eventualmente tenha conquistado na partida que o atleta tenha jogado, no caso 01 ponto por força do empate;
Estes são os fatos sobre os quais não pairam quaisquer dúvidas;
A virada de mesa ocorre quando não se aplica o regulamento da competição, alterando-se ilegalmente o resultado de campo, o que não aconteceu no presente caso, pois o regulamento foi aplicado corretamente.aliás, ocorreria virada de mesa se o STJD não aplicasse o que prevê o regulamento;
2. A punição imposta a Portuguesa foi imoral?
Não, pois a própria Portuguesa confessa ter relacionado um atleta de modo irregular, e essa irregularidade atrai uma sanção, que no caso, é a perda de 03 pontos e mais aqueles eventualmente conquistados. Qualquer equipe que participa de uma competição, concorda com o regulamento dessa competição, e a Portuguesa, como todos os outros clubes, concordou, não cabendo agora criticar o regulamento que ela mesma assinou; aliás, imoral é querer mudar o regulamento após a competição encerrada;
Daí, imperioso concluir que o STJD não rebaixou a Portuguesa, apenas aplicou o regulamento aceito por todos os participantes;
Então, quem rebaixou a Portuguesa?
Foram os erros da própria Portuguesa; o primeiro e principal, ter relacionado um atleta suspenso; depois querer culpar o próprio advogado do clube, depois tentar se vitimizar como se a incompetência pudesse transformar o autor de um ato relapso em "coitadinho" isento de pena, e finalmente tentar jogar a própria culpa nos outros clubes, no caso o Fluminense;
Ora, o Fluminense já tem seus próprios erros e pelos quais deve ser penalizado, não precisando e nem podendo assumir as culpas de outros clubes;
É verdade que o Fluminense será beneficiado nesse episódio, mas nada fez para que ele acontecesse, que como já comprovado acima, aconteceu por ato exclusivo da Portuguesa.Poderia ser o Vasco o beneficiário, caso tivesse empatado com o Atlético-PR;
Reposta a verdade dos fatos, cumpre lamentar que alguns jornalistas insistam em querer a virada de mesa, em querer culpar o Fluminense, e em querer culpar o STJD pelos erros da Portuguesa, prestando um desserviço à informação e a verdade;
Alguns por desconhecerem o tema, e outros por estarem a serviço de interesses inconfessáveis, mas em nenhum dos casos é possível desculpá-los pois quando travestidos de jornalistas esportivos devem informar com isenção;
Ao torcedor, não se pode exigir isenção, pois movido pela paixão legitima, mas ao profissional do Jornalismo, indesculpável tal conduta;
Ao Fluminense, se injustas as criticas no presente caso, justas são as criticas à forma como o clube foi conduzido ao longo de 2013;
Um time que tinha acabado de ser campeão (2012), nunca se impôs como tal, conformando-se em ser mero participante do Carioca, da Libertadores, da Copa do Brasil e do Brasileirão.
Resumindo: a direção do Fluminense não está à altura da grandeza do clube.
Espero que tenham aprendido e em 2014 não envergonhem sua legião de Guerreiros torcedores.
Fonte: Raimundo Ribeiro - Advogado
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