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domingo, 30 de junho de 2013

Gim e Filippelli traçam planos para o ano que vem


gim argeloSegundo fontes ouvidas pelo Jornal Opção, o se­nador Gim Argello (PTB) e o vice-governador Tadeu Filip­pelli (PMDB) estreitam conversas visando o embate de 2014. Eles discutem um plano alternativo para, caso o PT insista em ignorar a força partidária dos dois, ampliar a base de oposição à candidatura do PT ao Palácio do Buriti. Não é mais segredo de nin­guém a contrariedade de Filippelli com o grupo de Agnelo que, na surdina, construía uma nova configuração aliada ignorando solenemente o PMDB. A partir desta constatação, Filippelli saiu a campo e está capitalizando os descontentes do PT, caso do senador Gim Argello. 

Os dois líderes têm capital político e serviços prestados ao Distrito Federal, que sobrepõem qualquer confronto de equiparação com outras legendas. Outro ponto que eles avaliam é que sempre apoiaram a gestão Agnelo, mas a situação está beirando ao “abraço de afogado”. Se insistirem em permanecer ao lado de Agnelo, além de serem ignorados, vão perder tudo que foi construído politicamente em suas carreiras. 

Gim Argello busca a reeleição e Filippelli sonha com o Palácio do Buriti. “Ambos têm histórias de trabalho em prol do Distrito Federal e é possível aglutinar outras lideranças, tanto das gestões de José Roberto Arruda quanto de Joaquim Roriz”, avalia um ex-deputado distrital e aliado de Filippelli. Mesmo com esta onda de protestos, os nomes mais conhecidos da gestão pública são os que mais agregam votos nas classes D e E. 

As pessoas sabem que a vida real se constrói com lideranças fortes, comprometidas com os interesses da população e não com palavras e atitudes dúbias. Este talvez seja o maior pecado do PT: imaginar que o povo pode ser comprado com “bolsa tudo”. Até o mais humilde dos cidadãos sabe que o futuro se constrói no presente. Até agora, o futuro do Brasil está cada dia mais sombrio e no DF, cada vez mais escuro e incerto. 

Fonte: Jornal Opção – Coluna Brasília – Wilson Silvestre
Postado por Sandro Gianelli

Farra de cargos passa dos limites 'GDF'


GDFO “arquipélago de ilhas” de comissionados dentro do Governo do Distrito Federal vai submergir. O Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) considerou procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ajuizada pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) que questionava a forma de cálculo dos comissionados dentro do Poder Executivo.

A Lei Orgânica do DF estabelece que a máquina pública não pode ter mais de 50% dos seus quadros ocupados por comissionados sem concurso público. Por meio da Lei Distrital nº 4.858 de 2012, o GDF seguia esta regra fazendo o cálculo de todo o Poder Executivo.

Do ponto de vista da Procuradoria-Geral de Justiça do DF (PGDF), esta postura permitia que o governo mantivesse um quadro de pessoal distorcido, com várias “ilhas de comissionados”, particularmente nas administrações regionais. 

Desproporcional 

Defendendo que o cálculo fosse feito por cada órgão, empresa pública, administração regional e secretaria, o MPDFT entrou com a ação no ano passado, questionando a lei distrital. “O Tribunal indicou claramente que a legalidade e a moralidade têm que incidir sobre todo o GDF. Existem administrações regionais com 95% dos cargos ocupados por comissionados, secretarias com 80% de comissionados”, afirmou o promotor Antonio Suxberger.

O secretário de Administração Pública Wilmar Lacerda garantiu que o GDF irá cumprir a decisão da Justiça. Após ter acesso à sentença, o secretário irá definir um planejamento para adequação. As linhas de ação poderão ser  concursos públicos, remanejamento de servidores e substituição dos comissionados por terceirizados. 

Vai demorar um pouco 

“Não posso cumprir de imediato,  pois não podemos comprometer a prestação de serviços públicos. O Governo Federal teve que fazer um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para se adequar em três ou quatro anos”, comentou. Segundo o secretário, é possível que o GDF faça um TAC também.

Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br
Postado por Sandro Gianelli 

Denúncia: Encrenca nada doce 'Cristiano Araújo'

Inquérito aponta que o distrital Cristiano Araújo teria participado de fraude em processo de seleção no qual a beleza parece fundamental

Com apelido de criança e jeitão de adolescente, o deputado distrital Cristiano Araújo (PTB), de 30 anos, está longe de ostentar a pureza da infância. Um inquérito policial ao qual VEJA BRASÍLIA teve acesso na íntegra revela que Toddynho - a alcunha vem do seu hábito de tomar a bebida no intervalo das sessões legislativas - está metido em uma encrenca de gente grande. Há evidências da participação dele no esquema criminoso que fraudou o Programa de Bolsas de Pesquisas, Edital nº 9/2012, direcionado a estudos sobre empreendedorismo.

O projeto era coordenado pela Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP), subordinada à Secretaria de Ciência e Tecnologia do GDF. Entre outubro de 2011 e abril de 2012, Araújo foi o titular da pasta. O resultado do Edital nº 9 saiu em julho do ano passado, mas a seleção viciada teria ocorrido antes, durante sua gestão no governo. Em novembro de 2012, a Polícia Civil realizou a Operação Firewall II. Houve seis prisões, mais apreensão de computadores e documentos. Desde então, a Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deco) colheu trinta depoimentos e conseguiu, com autorização da Justiça, fazer interceptações telefônicas.

O resultado das investigações está contido em 43 páginas, que reúnem nove testemunhos e a transcrição de onze escutas telefônicas, além de documentos que revelam o caminho da fraude e apontam a participação dos envolvidos.

No organograma do crime, segundo a polícia, Cristiano Araújo estava no topo. Seria responsável pela indicação de nove dos 21 aprovados no concurso. Durante o processo, diz o inquérito, assessores de Araújo e dirigentes da FAP cuidaram para que a seleção fosse de fachada. Na base, estavam as pessoas escolhidas para as vagas de emprego.

Várias delas são mulheres que tinham como principal atributo a beleza. Uma planilha apreendida no computador de Luiz Fernando Raye Puppi de Lelles, coordenador do Edital nº 9 e amigo do então diretor-presidente da FAP, Renato Caiado de Rezende, é reveladora. Em uma coluna estão citados os “beneficiários” das bolsas de pesquisa. Em outra, chamada de “indicação”, as iniciais dos padrinhos políticos. A sigla CA aparece na frente de nove nomes.

CA quer dizer Cristiano Araújo, segundo afirmou aos policiais uma integrante da comissão de avaliação do Edital nº 9, Lucilane de França Carneiro. “(Ela) não pestanejou em reconhecer tal documento como sendo aquele elaborado antes mesmo da publicação do edital”, revela trecho do inquérito. A servidora contou que viu o papel sobre a mesa da sala de Dilermando Rodrigues, na época assessor especial de gabinete da FAP.

Lucilane ainda garante no documento que D é de Dilermando, RR é Renato Rezende (último nome de Renato Caiado) e GB é Gustavo Brumm, a quem Araújo designou subsecretário de Ciência e Tecnologia. Outro relato que denuncia a malícia dos gestores públicos é o da então superintendente de Difusão Científica e Tecnológica da FAP, Vera Lúcia Moreira. O presidente da fundação confiou pessoalmente a Vera a missão de “atender” e “orientar” as pessoas que seriam contempladas com vagas de até 4 000 reais. Segundo Vera, os indicados “tinham uma dificuldade enorme de elaborar o pré-projeto”. Mas, com a assessoria dela, todos tiraram nota 9, o que obviamente levantou suspeita e foi questionado pelos demais candidatos à época. A assessora Vera admitiu aos investigadores que recebeu em sua casa a candidata Thálita Assis, “para que fosse ajudada”. A loira de contornos estonteantes, estudante de enfermagem do UniCeub, é ex-namorada de Wagner de Souza Ferreira. Ele é agente penitenciário e por causa de seu contato com Dilermando, da FAP, teria emplacado não só a ex-namorada mas outros dois falsos candidatos no Edital nº 9. Na planilha elaborada com os nomes dos escolhidos, Thálita está associada à letra D, de Dilermando.

Já Tatielly Valadares Santos é uma das sete mulheres cujos nomes aparecem vinculados às iniciais de Cristiano Araújo. Há ainda dois homens relacionados a ele. Tatielly, ex-dançarina do programa Caldeirão do Huck, da Globo, disse em depoimento conhecer Renato Caiado e que, por intermédio dele, se inscreveu na seleção. Era estudante de direito do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), e teria pedido emprego a Renato Caiado, então reitor da UDF. Thálita e Tatielly são de Unaí e ambas receberam as orientações da superintendente Vera.

A partir dos flagrantes de irregularidades, o delegado-chefe da Deco, Henry Peres de Ferreira Lopes, pediu nove vezes o indiciamento de Cristiano Araújo, referente a cada uma das indicações políticas do deputado. Ele é enquadrado nos crimes de formação de quadrilha e frustração do caráter competitivo da licitação. “Encontramos evidências técnicas a partir de provas documentais, do Instituto de Criminalística, e testemunhais do robusto envolvimento dos citados no inquérito.” Dez gestores já foram indiciados. No caso do distrital, isso ainda depende de autorização do Conselho Especial da Magistratura. A Promotoria de Fundações do Ministério Público do DF acompanha o caso. Os candidatos foram preservados, já que houve cancelamento da seleção antes que eles recebessem dinheiro público.

Cristiano Araújo afirma que não teve acesso ao inquérito e que, por isso, não pode falar sobre o assunto. “Dizer que eu participo de quadrilha? Francamente, né?”, limitou-se a declarar. 

Fonte: Revista Veja online - Lilian Tahan

Marina, a evangélica

 
Pela pesquisa, a presidente teria hoje 40% dos votos; a ex-senadora Marina Silva, 22%; o senador Aécio Neves, 20%; e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, 5%.

Mais uma vez, Marina Silva surge como a grande beneficiária dos movimentos de contestação que ocorrem pelo país, pois, embora tenha sido senadora por 16 anos e fundadora do PT, ela não é percebida pela população como uma política profissional.

Mas Marina tem também um lado evangélico que, segundo estudos recentes, foi decisivo na sua votação na campanha de 2010.

O professor Cesar Romero Jacob, diretor do Departamento de Comunicação Social da PUC/Rio, lançou recentemente o e-book “Religião e Território no Brasil: 1991/2010”, da Editora da PUC, trabalho que, ao analisar as transformações no perfil religioso da população brasileira, com o crescimento do número de evangélicos, pode ser útil para o entendimento do cenário eleitoral do ano que vem, considerando a participação crescente de pastores pentecostais na política.

Segundo Romero Jacob, o pluralismo religioso se consolidou no país, com a Igreja Católica perdendo 24 pontos percentuais. O número de católicos cai de 89% da população para 65% em 30 anos.

No mesmo período, os fiéis do conjunto de Igrejas Pentecostais passam de 3% da população, em 80, para 13% em 2010. “O Brasil deixou de ser um país de hegemonia católica para ser um país de maioria católica”.

Segundo o estudo, no Nordeste, em Minas Gerais e no Sul do Brasil, o percentual de católicos se mantém muito elevado, mas nas áreas de imigração para a fronteira agrícola e mineral do Centro-Oeste e Norte e na periferia das regiões metropolitanas os pentecostais crescem. “De um modo geral, diz Romero Jacob, nas áreas de expansão recente e, sobretudo, num certo caos social, o pentecostalismo se implantou”.

Essa seria a razão da participação de Marina Silva em cultos evangélicos para a coleta de assinaturas em apoio à criação do seu partido, a REDE, como seus militantes fizeram ontem na Marcha para Jesus, em São Paulo.

Apesar de o livro se ater à questão religiosa, os mapas permitem algumas ilações políticas, uma vez que os pastores têm demonstrado certo controle sobre o eleitorado evangélico pentecostal.

Na política, na época da eleição de 2010, na análise de Romero Jacob, Marina conseguiu atrair os insatisfeitos com a campanha do Serra, os petistas insatisfeitos com os rumos do governo do PT, os evangélicos e até os verdes, que não têm uma expressão tão grande assim do ponto de vista eleitoral.

Mas o que parece agora, com dados novos, diz o professor da PUC, quando se analisa o mapa dos pentecostais e não determinados com o mapa da votação da Marina, “mesmo que não sejam exatamente iguais, têm pontos de contato muito nítidos”.

Embora Marina tenha construído uma carreira em torno da questão ambiental, isso não significa dizer que os evangélicos não a tenham apoiado fortemente.

“É claro que a Marina não é uma evangélica óbvia, ela tem uma sofisticação na fala, no sentido de não estar diretamente ligada à questão religiosa”, analisa Romero Jacob, ressaltando que “quem é muito óbvio, como Garotinho e Crivella, tem uma rejeição muito alta exatamente pela mistura da religião com política”. Ou, como define, “tem um piso alto, mas um teto baixo”.

Em 2010, Marina tinha a agenda verde na mão, mas agregou pouco ao PV. Os 20 milhões de votos não aumentaram a bancada de deputados federais do PV. “Quando se vê Marina indo buscar assinaturas em cultos evangélicos para viabilizar seu partido, isso significa que aí ela se restringe”, comenta Romero Jacob.

Entre 22% e 40% se declara evangélica no estado de São Paulo, que tem ¼ do eleitorado, o que dá a Marina robustez eleitoral, “insuficiente para levá-la ao segundo turno, mas suficiente para construir um segundo turno”.

Os mapas indicam, segundo Romero Jacob, que a votação da Marina em 2010 foi menos dos verdes e dos eleitores insatisfeitos e mais dos irmãos, sobretudo no Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. “Mesmo que a Marina não tenha feito campanha voltada para as igrejas, as igrejas fizeram campanha para ela”.

Fonte: O Globo - Por Merval Pereira

Eleições 2014: Olha o impedimento…

 
A depender da velocidade das ações em andamento contra nove dos 24 deputados distritais, a Lei da Ficha Limpa pode provocar renovação na Câmara Legislativa. A regra em vigor tira das eleições políticos com condenações em segunda instância.

Alguns estão próximos da degola. Rôney Nemer (PMDB) e Aylton Gomes (PR) poderão ficar inelegíveis caso uma das turmas cíveis do Tribunal de Justiça do DF confirme sentença contra os dois por envolvimento nas denúncias da Caixa de Pandora.

Benedito Domingos (PP) também está prestes a ser julgado pelos desembargadores pela contratação de familiares na ornamentação do Natal de 2008.

Raad Massouh (PPL) corre o risco de encerrar carreira pelo processo de cassação na Câmara ou pela denúncia por suposto desvio de dinheiro de uma emenda para eventos.

Fonte: Correio Braziliense - Coluna Eixo Capital - Por Ana Maria Campos e Helena Mader
Blog do Edson Sombra

Plebiscito de Dilma pode custar meio bilhão de reais

 
A realização de um plebiscito para definir tópicos de uma reforma política - principal proposta da presidente Dilma Rousseff para acalmar os protestos de rua - pode custar aos cofres públicos estimados quinhentos milhões de reais, se considerados os gastos que vão da campanha de esclarecimento da população até o transporte e resgate das urnas e a contagem digital dos votos.

A consulta equivale a uma eleição nacional, com voto obrigatório. A ausência à votação deverá ser justificada pelo eleitor. As últimas eleições municipais, ocorridas em 2012, significaram um gasto de cerca de quatrocentos milhões aos cofres públicos (R$ 395,2 milhões), e cada voto custou R$ 2,81.

O governo deverá encaminhar ao Congresso mensagem propondo o plebiscito, através do qual a população sinalizaria quais as "diretrizes e balizas" para a realização da reforma política - segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que participa das reuniões sobre o tema no Planalto.

TSE de férias - Nesta quinta, enquanto a presidente Dilma promovia reuniões com presidentes de partidos e líderes aliados em seu gabinete, prevendo para agosto o plebiscito, a ministra Carmem Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, marcava na agenda oficial da Corte o início das férias forenses. A partir de segunda-feira o Judiciário entra em recesso.

É o TSE quem comandará o processo de consulta popular. Carmem Lúcia, no entanto, ainda não se pronunciou sobre a viabilidade, os custos ou a data provável para o plebiscito.

Fonte: R7 - Christina Lemos

Caixa de Pandora: Enquanto isso... Na sala de Justiça

 
O inquérito contra a deputada Jaqueline Roriz (PMN/DF) está nas mãos do ministro Luís Roberto Barroso. Na última quarta-feira, o caso foi redistribuído.

O processo estava sob a relatoria do ministro Joaquim Barbosa, mas ficou em um limbo quando o magistrado assumiu a presidência do Supremo, em novembro do ano passado. Barroso tomou posse na quarta e, no mesmo dia, recebeu o inquérito, que tramita no Supremo Tribunal Federal desde março de 2011.

Ele terá que preparar o relatório com sua avaliação sobre as denúncias da PGR. Segundo a ação penal, Jaqueline recebeu “maços de dinheiro das mãos de Durval Barbosa, como retribuição pelos favores políticos feitos pela então candidata”.

Fonte: Correio Braziliense - Coluna Eixo Capital - Por Ana Maria Campos e Helena Mader

Mensalão do PT: Os mensaleiros entregues à própria sorte

Lula recomenda que PT abandone mensaleiros

Aos poucos com quem tem falado sobre a crise política, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recomendou que o caso dos mensaleiros condenados pelo Supremo Tribunal Federal seja deixado para trás.

Ele acredita que as manifestações de rua evitarão que mesmo os novos ministros da corte, Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso, reduzam as penas e evitem prisões dos petistas condenados, inclusive de José Dirceu.

Mais: insistir nisso, diz ele, acarretará derrotas nas urnas de 2014.

Fonte: Blog do Felipy Patury

Manifestante joga torta na cara de Genoino 'Quadrilheiro'


sábado, 29 de junho de 2013

Popularidade de Dilma cai 27 pontos após protestos


Pesquisa Datafolha finalizada ontem mostra que a popularidade da presidente Dilma Rousseff desmoronou.
 
A avaliação positiva do governo da petista caiu 27 pontos em três semanas.
 
 
Hoje, 30% dos brasileiros consideram a gestão Dilma boa ou ótima. Na primeira semana de junho, antes da onda de protestos que irradiou pelo país, a aprovação era de 57%. Em março, seu melhor momento, o índice era mais que o dobro do atual, 65%.
 
A queda de Dilma é a maior redução de aprovação de um presidente entre uma pesquisa e outra desde o plano econômico do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1990, quando a poupança dos brasileiros foi confiscada.
 
Naquela ocasião, entre março, imediatamente antes da posse, e junho, a queda foi de 35 pontos (71% para 36%).
 
Em relação a pesquisa anterior, o total de brasileiros que julga a gestão Dilma como ruim ou péssima foi de 9% para 25%. Numa escala de 0 a 10, a nota média da presidente caiu de 7,1 para 5,8.
 
Neste mês, Dilma perdeu sempre mais de 20 pontos em todas regiões do país e em todos os recortes de idade, renda e escolaridade.
 
O Datafolha perguntou sobre o desempenho de Dilma frente aos protestos. Para 32%, sua postura foi ótima ou boa; 38% julgaram como regular; outros 26% avaliaram como ruim ou péssima.
 
Após o início das manifestações, Dilma fez um pronunciamento em cadeia de TV e propôs um pacto aos governantes, que inclui um plebiscito para a reforma política.
 
 
A pesquisa mostra apoio à ideia.
 
A deterioração das expectativas em relação a economia também ajuda a explicar a queda da aprovação da presidente. A avaliação positiva da gestão econômica caiu de 49% para 27%.
 
A expectativa de que a inflação vai aumentar continua em alta. Foi de 51% para 54%. Para 44% o desemprego vai crescer, ante 36% na pesquisa anterior. E para 38%, o poder de compra do salário vai cair --antes eram 27%.
 
Os atuais 30% de aprovação de Dilma coincidem, dentro da margem de erro, com o pior índice do ex-presidente Lula. Em dezembro de 2005, ano do escândalo do mensalão, ele tinha 28%. 
 
Com Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a pior fase foi em setembro de 1999, com 13%.
 
Em dois dias, o Datafolha ouviu 4.717 pessoas em 196 municípios. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos.



Fonte: Folha de São Paulo - Ricardo Mendonça

Carros oficiais terão regras para identificação


A Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou em plenário o Projeto de Lei 811/2012 de autoria da deputada Celina Leão (PSD), que estabelece regras para identificação e uso de veículos oficiais utilizados pelos órgãos da Administração Pública direta ou indireta, do Poder Executivo e Legislativo. 

O objetivo, segundo a parlamentar, é evitar que estes carros circulem sem a devida identificação e, ainda, garantir que sua utilização não seja indevida e nem por pessoas que não sejam vinculadas à Administração Pública. “São inúmeras as denuncias de uso indevido de veículos oficiais, como a retirada de adesivos de identificação para uso de cunho pessoal. Só em 2012, de 380 denuncias feitas a ouvidoria do GDF, 113 foram de uso indevido de carros oficiais” explica Celina Leão. 

Com a sanção do PL os veículos oficiais deverão manter de forma visível, identificação permanente e não removível, que deve conter o brasão do DF, o órgão a que está vinculado, os telefones de contato do referido órgão e do órgão de controle e fiscalização do poder que pertence. 

De acordo com PL a identificação deve estar disposta nas portas laterais do veículo com letras e símbolos visíveis. A utilização dos carros devem ser em serviços estritamente afetos ao Poder Público e conduzidos por servidores ou empregados efetivos ou comissionados, integrantes do quadro de pessoal do DF, com ressalva para a contratação de serviços terceirizados. 

As exceções são para os veículos utilizados pelos parlamentares, conselheiros do Tribunal de Contas, procurador geral do DF, dirigentes máximos das entidades da Administração Indireta e veículos policiais e de segurança institucional. 

Fonte: Assessoria da Deputada Distrital Celina Leão

A nova cara do Brasil: União para manter o movimento

Os organizadores das principais manifestações de Brasília se encontram hoje para discutir o futuro dos protestos na capital federal 

Os integrantes do Acorda, Brasília! protagonizaram um dos principais atos ao subirem no teto do Congresso
 
Em meio a especulações da perda de força das manifestações em Brasília, alguns grupos se articulam para continuar nas ruas e não deixar o movimento acabar. Mesmo com respostas do governo a algumas reivindicações, os organizadores das marchas planejam uma agenda de mobilizações para manter as pressões populares sob o Legislativo e o Executivo (veja ilustração). Hoje, haverá um encontro com as lideranças de todos os movimentos a fim de discutir o rumo dos protestos na capital federal. As crianças também se reunirão no Parque da Cidade. Amanhã, a indignação com os gastos para a Copa do Mundo de 2014 levará os brasilienses para a frente do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.

A mobilização do fim de semana tem início hoje à tarde no Museu da República, com a Grande Assembleia dos Povos do DF. Os participantes vão elaborar uma carta comum de reivindicações e uma nova programação de protestos. “Desde os primeiros atos, sentimos falta de bandeiras mais específicas. Pedir mais saúde e educação é muito bom, mas é genérico e afasta as possibilidades concretas de mudança. O objetivo da assembleia é construir coletivamente pautas mais claras”, explicou Thiago Ávila, um dos organizadores do evento.

Farão parte do debate de hoje os jovens que mobilizaram milhares de pessoas pelas redes sociais para participarem das marchas e ocuparem o gramado da Esplanada dos Ministérios nas últimas duas semanas. Além deles, haverá representantes de organizações sociais e coletivas, como o Passe Livre e o Comitê Popular da Copa (Concopa). Mas a discussão é aberta a todos. Até a noite de ontem, mais de 2 mil confirmaram presença por meio de uma página na internet. “Queremos manter acesa a chama da luta social. A ideia é pensar a mobilização com a participação de todos, é um espaço aberto”, completou Thiago.

Amanhã, será a vez de as crianças reivindicarem melhorias para o país. Elas se reunirão a partir das 9h, no Castelinho do Parque da Cidade. A ideia surgiu da inquietação de Ana Laura Cartaxo, 28 anos, enquanto assistia pela tevê uma das manifestações em frente ao Congresso Nacional. “Pensava em como eu queria estar lá, mas precisava cuidar do meu filho. Então, expliquei o que estava acontecendo e ele se interessou pelo assunto e começamos a conversar até me dizer que, quando os filhos dele crescerem, vão querer ônibus de qualidade e baratos para levá-los à escola”, contou. Ana Laura aproveitou esse contexto para ensinar ao garoto o que é ser cidadão.

Até a noite de ontem, mais de 4,5 mil pessoas confirmaram presença para a marcha dos pequenos. O grupo deixará a concentração por volta das 9h45 e dará uma volta no Parque da Cidade. Antes disso, as crianças farão cartazes, enquanto uma das mães se voluntariou para contar uma história, na linguagem deles, sobre o que está ocorrendo no país. “É o futuro deles que está em jogo, e devem aprender desde já. O governo se pronunciou e agora é hora de cobrarmos, dizermos que estamos de olho”, avaliou Ana Laura. “E não são só pelos R$ 0,20 ou pelo transporte público, temos muito o que consertar e gritar nas ruas”, concluiu.
 
Manifestantes estendem a Bandeira Nacional no gramado da Esplanada dos Ministérios durante o ato da última quarta-feira: mobilização
 
Futebol 

Mais tarde, enquanto Brasil e Espanha disputam a final da Copa das Confederações, manifestantes contrários aos gastos com o Mundial de 2014 sairão às ruas. A mobilização Copa pra quem?, organizada pelo Comitê Popular da Copa, cobra a devolução dos R$ 2,8 milhões gastos com ingressos para o jogo de abertura do evento esportivo, entre a Seleção Brasileira e o Japão. “É um dia importante para mostrarmos que não é só festa. Foram milhões de reais gastos em estádios e em segurança pública para agradar aos turistas e às pessoas mais ricas. Enquanto quase nada foi destinado ao combate da exploração sexual e de outras violações que o evento trouxe e ainda vai trazer para a população”, ponderou Francisco Carneiro, 35 anos, integrante do comitê.

O protesto de amanhã é o último da agenda de manifestações do grupo, criado há três anos. No entanto, os organizadores não descartam novas mobilizações. “Elaboramos uma jornada de luta nas ruas em todo o país durante os jogos. Domingo será a última, mas vamos continuar lutando”, finalizou Francisco.

Na manhã de hoje, manifestantes de Santa Maria participarão da primeira Marcha do Tomate e Movimento Contra a Corrupção. “Há todo tipo de reivindicação nas ruas, mas ninguém fala do aumento dos preços dos alimentos. Por isso, escolhemos esse nome. Mas também vamos lutar contra a corrupção, a falta de projetos da Administração Regional para a cidade e os problemas no transporte”, explicou Vanessa Moreira, 26 anos, uma das organizadoras. O ato começa no Hospital Regional de Santa Maria e passará pela sede da administração local e seguirá até a BR-040.

Fonte: Correio Braziliense - Por Thaís Paranhos e Gabriella Furquim

Os interesses do PT e o lado oculto do plebiscito de Dilma

Presidente usa impulso dos protestos nas ruas para tentar emplacar uma perigosa reforma política que o PT fracassou em implementar no Congresso 

MAU EXEMPLO - Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, presenteia presidente Dilma Rousseff com uma imagem do falecido coronel Hugo Chávez. Na Venezuela, referendos foram usados para dar uma máscara de legitimidade a um governo autoritário 

Destinada a confrontar a população com questões objetivas e diretas, a realização de um plebiscito é uma ferramenta legítima do processo democrático. A história recente, entretanto, demonstra que ele pode ser utilizado para propósitos pouco nobres: vizinhos sul-americanos recorreram ao mecanismo para tentar governar diretamente com o povo, passando por cima das instituições democráticas e se perpetuando no poder. Em resposta à inédita onda de protestos que chacoalhou o Brasil, a presidente Dilma Rousseff propôs uma consulta popular para promover uma reforma política no país - ainda que nenhum cartaz tenha reivindicado isso. A estratégia bolivariana, tirada da manga no momento mais crítico do seu governo, acoberta um perigoso interesse: aprovar o financiamento público de campanha e o voto em lista, antigos sonhos do PT.

Como avalia o ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior, a opção pelo plebiscito “joga areia nos olhos do povo”. Um levantamento do Datafolha constatou que a reforma política era uma reivindicação de apenas 1% dos manifestantes que tomaram as ruas de São Paulo nas últimas semanas. Mas o governo não quer perder a oportunidade aberta pelo clima mudancista.

O PT defende o financiamento público de campanha porque seria o maior beneficiário desses recursos, já que tem a principal bancada na Câmara dos Deputados e esse é o critério usado para a divisão do bolo. Com o financiamento público, o partido conseguiria assegurar recursos superiores aos das outras siglas. Caso o caixa dois não seja efetivamente extinto, o que é uma hipótese plausível, o dinheiro de bancos e empreiteiras continuariam a seguir a lógica de favorecer quem tem a chave do cofre - no caso da União, o PT. Por isso, interessava mais ao partido a ideia inicial de Dilma, que incluía uma Assembleia Constituinte com poderes para dar os rumos à reforma. Mas a ideia fracassou por ser inconsistente e sem base jurídica. Ainda assim, o PT aposta na capacidade de mobilização de sua própria militância para moldar o sistema político-eleitoral.

Ciente das intenções de seu principal aliado, o PMDB é majoritariamente contrário ao financiamento público. Os peemedebistas têm bom relacionamento com o empresariado e um elevado número de governos estaduais; também por isso, não veem razões para uma mudança no sistema.



Voto proporcional - O sistema de eleição para deputados e vereadores é o segundo ponto-chave que deve constar do plebiscito. A adoção do voto em lista, outro tema que surgirá na consulta, favoreceria o PT. O partido tem questão fechada na defesa desse tema: seguidas pesquisas mostram que, dentre as legendas, o Partido dos Trabalhadores possui, de longe, a maior fatia de eleitorado fiel. O DEM, que se posiciona na centro-direita e não tem concorrentes neste campo, também quer o voto em lista.

O PSDB é a favor do voto distrital, cuja defesa consta do estatuto da sigla. A regra seria bem aplicável em estados como São Paulo e Minas Gerais - onde os tucanos têm maior poder de fogo. Nesses estados, muito extensos e populosos, os candidatos se dividem informalmente entre cidades e regiões, o que já se aproxima do voto distrital. O PSD também fechou questão em defesa do voto distrital.

Para o PMDB, que sofre de fraqueza programática e é mais personalista dos que as outras siglas, a saída defendida é o chamado "distritão". O modelo é o mais simples possível: o eleitor escolhe o candidato, individualmente, e o voto não influencia o desempenho dos outros nomes do partido. Ganham os mais votados e o quociente eleitoral, que provoca o chamado "efeito Tiririca", seria abolido. É como se cada estado fosse um distrito. 

Pressa - Nos últimos dois anos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se empenhou pessoalmente nas negociações para a implementação da reforma política defendida pelo PT. Mas, no Congresso, o tema emperrou. O partido já havia desistido de fazer uma reforma que valesse para as eleições de 2014 porque, nesse caso, a mudança precisaria estar aprovada até o início de outubro deste ano. Mas os protestos nas ruas foram vistos pelo PT como uma "janela de oportunidade".  O partido não quer perder o impulso dado pelas manifestações populares. Por isso, tem pressa. E não é só: o momento atual é perfeito para que a sigla molde a reforma política ao seu gosto. Dono da maior bancada na Câmara e hóspede do Palácio do Planalto, o PT não pode garantir que esse cenário será o mesmo na próxima legislatura.

Com uma militância ativa em torno dos pontos centrais, além de braços organizados em sindicatos e entidades estudantis, o PT aposta que poderá converter essa força de mobilização em resultados no plebiscito. Para isso, é até bom que o eleitor comum, desmobilizado, não participe do processo. "Seguramente não são todos os cidadãos que vão se interessar por participar do plebiscito, mas todos aqueles que têm interesse neste debate terão espaço concreto de atuação: poder votar e ajudar a definir as prioridades da reforma política", disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), estranha a pressa repentina. "É no mínimo curioso. O governo tem pressa para encontrar o caminho diversionista e fugir da crise", diz ele. O deputado Rubens Bueno, líder do novo MD (fusão do PPS com o PMN) na Câmara, defende que o Congresso elabore a reforma e a população apenas decida se aprova ou rejeita as mudanças, em bloco: "A nossa ideia básica é o Congresso Nacional votar todas essas sugestões e submetê-las a um referendo na mesma data das eleições do ano que vem", diz.

Riscos e obstáculos - A cegueira momentânea causada pelo anúncio inesperado da presidente encobre uma dificuldade técnica: o de apresentar, por plebiscito, questões para as quais a votação pode não apresentar maioria. “Basta haver três perguntas para não ser plebiscito. Imagine que, no sistema eleitoral (proporcional, distrital e distrital misto), um tipo consiga 35% dos votos, o outro 34% e o terceiro 31%. Não há formação de maioria”, alerta Reale Júnior, que considera impossível usar esse modelo de votação para um tema como a reforma política. “Não há necessidade de chamar as pessoas para definir a reforma. É uma falta de juízo”, completa Reale, reiterando que os temas em jogo são bastante complexos.

Na última quarta-feira, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, comparou o plebiscito proposto agora com a entrega de um “cheque em branco” aos deputados e senadores que já miram nas eleições de daqui a um ano e meio. A metáfora de Britto é uma referência à grande margem de indefinição que pode resultar da votação que se desenha. O roteiro estabelecido para os plebiscitos é, em resumo, a criação de um decreto legislativo com um terço de aprovação de uma das Casas, a discussão dos temas e das perguntas ao eleitor, a apuração e o encaminhamento da decisão ao Congresso, que deve seguir a orientação das urnas. O rito é perfeito, por exemplo, para a decisão sobre a emancipação de um município. Mas incompatível com questões como financiamento público de campanhas ou sistemas de votação. Afinal, os eleitores definirão “se” algo deve ser feito, entregando aos parlamentares a decisão sobre “como” isso será posto em prática.

“Esse processo pode resultar em uma deliberação da população no vazio”, afirma Gustavo Binenbojm, professor de Direito Administrativo e Constitucional da UERJ e do curso de pós-graduação em Direito da Fundação Getúlio Vargas.

O plebiscito de Dilma, por enquanto, está mergulhado em incertezas. “A expressão ‘reforma política’ é nesse momento um rótulo em uma caixa vazia. Ninguém sabe ao certo quais medidas serão propostas”, explica o coordenador-geral do instituto de Direito da PUC-Rio, Adriano Pillati, para quem é preciso, no mínimo, de três a quatro meses de debate sobre o tema com a população.

A saída apontada pelos especialistas para que seja assegurada a participação popular, mas de forma mais prudente, é, ao fim do processo, a realização de um referendo. Depois de o Congresso fazer o texto da reforma política, a população seria convocada às urnas para dizer sim ou não sobre uma proposta real. Tecnicamente, é possível haver o plebiscito antes e o referendo depois – apesar de não se eliminar, com isso, os problemas na origem da proposta de agora. “Existe um risco de a opção da população ser desvirtuada. Por isso, deveria haver plebiscito e referendo”, afirma Ivar A. Hartmann, professor de Direito da FGV do Rio de Janeiro.

No momento, a demanda indiscutível da população nas ruas é por uma política menos corrupta e mais voltada para o interesse público. A reforma política – necessária e que se arrasta há anos sem que haja consenso – surgiu como a tradução possível feita pelos governantes para retomar o diálogo com os brasileiros. “Há uma esperança enorme em torno da reforma política. Apesar de necessária, nenhuma reforma produz políticos melhores. O que muda os políticos é a sociedade, através do voto”, lembra Adriano Pillati.

Fonte: Veja.com - Por Gabriel Castro, Cecília Ritto e Marcela Mattos

Gerações mais jovens são mais críticas ao poder público

Pesquisa do Instituto Data Popular mostra que faixa entre 18 e 30 anos deu notas piores aos governos em comparação com as pessoas entre 45 e 60 anos 

33% do eleitorado é composto pela faixa entre 18 e 30 anos

A pesquisa Brasil em Perspectiva 2013, realizada pelo Instituto Data Popular, mostrou que os gerações responsáveis pela organização das manifestações em diversas cidades do Brasil são mais rígidas ao avaliar o poder público em comparação com as gerações dos protestos pelas Diretas Já, no início dos anos 1980.

Na participação política, os mais velhos avaliaram pior os serviços públicos. Em sua visão, todas as áreas questionadas (saúde, educação, segurança e transporte) receberam menores notas do que no entendimento dos mais jovens. Entretanto, na avaliação do poder público, eles foram mais benevolentes, enquanto os mais jovens se mostraram mais críticos e deram menores notas para as três esferas do Executivo – municipal, estadual e federal (confira os números no gráfico).

Segundo o Data Popular, o nível de instrução das gerações mais novas também é maior. Em média, os entrevistados entre 18 e 30 anos registraram 9,55 anos de estudo, contra os 5,41 anos na faixa entre 45 e 60 anos. Uma diferença de 77%.

A porcentagem que completou o ensino médio na parcela mais velha analisada pela pesquisa é de 14%, contra 39% dos mais jovens. E a quantidade de pessoas sem instrução entre 45 e 60 anos é cinco vezes maior que a dos entre 18 e 30 anos.

Segundo a pesquisa, a gama de pessoas entre 18 e 30 anos representa 33% do eleitorado nacional. Com melhores níveis educacionais, eles ocupam áreas nos postos de mercado de trabalho que exigem menos esforço físico e mais raciocínio lógico, particularmente no comércio e em escritórios. Em contrapartida, o perfil dos trabalhadores da faixa mais velha se concentra em profissões na área doméstica em geral, na construção civil e na indústria.

O Data Popular entrevistou 1.502 pessoas em 100 cidades do País.
 
 
Fonte: Carta Capital

A voz rouca das ruas: Quem pode ganhar com essa onda

Políticos de oposição, como o senador Aécio Neves, aliados do governo, como Eduardo Campos, e até o presidente do STF, Joaquim Barbosa, se movem e se fortalecem como alternativas em meio à pressão das ruas 

DISCURSO POLÍTICO
O presidente do STF, Joaquim Barbosa, encontrou-se com Dilma, deu entrevista coletiva e propôs diminuição do peso dos partidos

Dizem os especialistas que em política não existe vácuo. Ele é logo ocupado por alguém. Por isso, é natural que políticos, principalmente os de oposição, e novos personagens se apresentem como alternativas ao eleitor neste momento em que o governo se mostra pressionado, tentando encontrar saídas para dar respostas efetivas ao clamor das ruas. Foi exatamente o que ocorreu nos últimos dias. Os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB/MG), Marina Silva (Rede) e Eduardo Campos (PSB/PE) se apressaram em apresentar propostas para se contrapor às medidas anunciadas pela presidenta Dilma Rousseff.

Candidato do coração dos manifestantes, segundo recentes pesquisas, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, também se apresentou para o jogo político. Convidado na terça-feira 25 para uma conversa no Palácio do Planalto com a presidenta Dilma Rousseff, Barbosa saiu do encontro e convocou uma entrevista coletiva para falar de política. Respondeu a perguntas de forma afável e revelou sintonia com as ruas ao defender numa possível reforma política a diminuição, não a extinção, do peso dos partidos e propor um “recall” de candidatos – possibilidade de o eleitor voltar às urnas para destituir o político eleito, caso seu mandato não esteja em consonância com os anseios daqueles que o elegeram.

Apesar de dizer que não cultiva ambições eleitorais, Barbosa tem se beneficiado da situação de não político e angariado apoio das ruas. Independentemente das posturas questionáveis e irascíveis, Barbosa se tornou um símbolo de combate à corrupção. Exatamente por isso, foi questionado pela presidenta sobre as propostas prioritárias para o País. “O Brasil vive uma crise de legitimidade”, afirmou Barbosa, minutos depois de se dizer lisonjeado por pesquisa, realizada entre os manifestantes, que o colocou em primeiro nas intenções de voto para a Presidência da República em 2014.

Outro nome a figurar entre os primeiros na preferência das ruas, o senador Aécio Neves (PSDB/MG) também capitalizou politicamente com o momento de fragilidade do governo Dilma Rousseff. Fez um duro discurso de contraponto à postura adotada por Dilma diante dos movimentos que foi elogiado até por integrantes de partidos aliados ao governo. Falando em nome da oposição, Aécio criticou o teor do discurso da presidenta e a acusou de ignorar os problemas postos em debate pelos manifestantes. “Ela oficializou o jeitinho de fazer política no Brasil, que é jogando os problemas para debaixo do tapete”, criticou.

CERTEIRO
O senador Aécio Neves, do PSDB, reuniu a oposição, lançou manifesto
em contraponto a Dilma Rousseff e foi elogiado até por integrantes do governo

 
Além de ganhar espaço e fortalecer o discurso da oposição, Aécio Neves também comemora o fato de ter incluído entre as prioridades do Legislativo para responder às pressões populares a proposta de revisão do Pacto Federativo, uma de suas principais bandeiras desde que chegou ao Senado. O pacto prevê mudanças em leis como a que determina os critérios para a divisão da receita dos impostos entre estados, municípios e União e a que trata da unificação das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Hoje, o discurso contra o governo flui com tranqüilidade, mas encontrar o tom adequado da crítica já foi um problema para a oposição. Na campanha de 2010, o tucano José Serra se perdeu ao tentar atacar o governo Lula sem parecer contrário aos programas sociais. Uma dificuldade que hoje parece superada pela avaliação de que o movimento que tomou as ruas é composto por gente que não depende do Bolsa Família e que a classe média gigantesca é capaz de derrubar a popularidade recorde de um presidente.


Ao longo da semana mais difícil para Dilma desde a posse, aliados do governo interessados em voos independentes também criaram coragem para começar a adotar um discurso mais ácido. É o caso do governador pernambucano, Eduardo Campos (PSB), que ensaia uma mudança de postura. Suas primeiras aparições públicas trataram o governo com uma cautela pouco comum para quem se apresenta como possível adversário. Adotando um discurso de que as coisas poderiam melhorar ainda mais e fazendo considerações genéricas sobre os problemas do governo petista, Campos não despertou grandes preocupações no Planalto e a ameaça de que seria candidato foi tratada como um blefe. Mas, em conversas com correligionários nos últimos dias, Eduardo Campos prometeu elevar o tom contra o governo. Em encontros com representantes dos movimentos sociais que ocupam as ruas do País, o governador tem feito críticas à demora na conclusão de obras federais e às ideias lançadas por Dilma para acalmar os manifestantes. Em um cenário onde os aliados se contam nos dedos, a presidenta Dilma Rousseff telefonou para Eduardo Campos na quarta-feira 26. Queria convidá-lo para participar das reuniões sobre as medidas adotadas para conter a crise. O ex-presidente Lula também telefonou para pedir a opinião do socialista sobre as manifestações. Os dois conversaram sobre a importância da mobilização social. Nas conversas, no entanto, Campos não deu nenhum sinal de que pretende recuar nas críticas ao Planalto.

O cenário pessimista para o governo também fortalece o discurso da ex-senadora Marina Silva, um pouco modificado para se alinhar às pautas propostas pelos manifestantes. Empenhada na criação do partido Rede Sustentabilidade, Marina deu declarações nos últimos dias apoiando a mobilização. Na semana passada, a campanha em defesa da Rede lançou uma agenda estratégica listando as prioridades do novo partido. Em primeiro lugar estava a reforma política, seguida por saúde e educação. As medidas referentes à sustentabilidade, apesar de darem nome à legenda, passaram a ocupar a sétima posição entre as prioridades. “A motivação para os protestos que ocorrem em todo o País é o surgimento de um novo sujeito político no mundo. Os vinte centavos são o símbolo das manifestações, e neles estão incluídos o hospital que não funciona, o problema de segurança e a falta de canais para que se saiba qual é a agenda estratégica do País. Os antigos partidos políticos vão ter que se repensar”, disse. Marina tem criticado políticos que tentam pegar carona na mobilização apartidária, mas se preocupa em falar que coincidentemente a agenda dos manifestantes é a mesma da legenda pela qual pode sair candidata a presidenta em 2014.

Foto: Adriano Machado / Agência istoé; ED FERREIRA/ESTADÃO CONTEÚDO 

Fonte: Revista ISTOÉ - N° Edição: 2276 - Por Izabelle Torres

Raad Massouh foi flagrado por grampo telefônico em conversa comprometedora

 Em um dos diálogos o parlamentar informa da exoneração do delegado que presidia o inquérito e insinua que a investigação será abafada 

A Policia Civil vivia dias difíceis e em greve, o que levou o governador do DF a fazer mudanças na cúpula da direção geral.

Assumiu o cargo de diretor geral no lugar da delegada Mailine Alvarenga o delegado Onofre de Morais com carta branca para proceder as modificações que julgasse necessárias e que considerasse convenientes.

Sob a alegação de proteger o governo, o novo diretor disse naquela ocasião que iria controlar com mão de ferro as atividades policiais, segundo ele, era para evitar uma guerra de dossiês contra integrantes do próprio governo e de adversários políticos.

Não foi isso que se viu em sua gestão.

Com as mudanças, as divisões especializadas, entre as quais a DECAP e a DECO ficaram subordinadas diretamente a Onofre. Dessa forma ele sempre receberia informações cruciais sobre operações e o cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão, com antecedência.

Na época os remanejamentos deixaram promotores de Justiça preocupados. O Ministério Público temia com as alterações realizadas pela nova direção atrapalhassem as investigações em curso.

As desconfianças do MP local levaram inúmeras investigações a outros rumos, mas uma em especial, chamou a atenção dos promotores, foi a que deixou confirmado o motivo que levou a saída do delegado Flamarion Vidal da DECAP. O fato gerou insatisfação também dentro da Policia Civil, e a história de que a sua saída foi motivada pela seriedade que investigava os crimes cometidos contra a administração pública vazou, no meio político sua saída era cobrada, dentro e fora do governo.

Conhecido nas hostes policiais como “delegado sério e cumpridor de seus deveres”, é elogiado por investigar fatos e não pessoas, também não importa a Flamarion se o fato envolve o “seu ninguém” ou o  “príncipe”.

O que não se esperava é que antes de ser afastado do cargo e da conclusão do inquérito, Flamarion comunicasse oficialmente ao Ministério Público o conteúdo de um telefonema entre Raad e outra pessoa, que já antecipava a notícia de sua saída da delegacia. Juntamente com as interceptações telefônicas, encaminhou o inquérito ao Ministério Publico do Distrito Federal que continuou nas apurações gerando outras investigações e denuncias ao Tribunal de Justiça Do Distrito Federal. 

Dai é que nasce a Operação Mangona. 

Flamarion perdeu o cargo na DECAP, Raad realmente tinha informações privilegiadas. E o que era especulação se tornou verdade, as razões da exoneração viraram lenda na cidade, não se acreditava que fosse possível um delegado ser afastado de uma delegacia por investigar fatos.

Os fatos investigados inicialmente por Flamarion, agora sabe-se, eram verdadeiros.

Fonte: Edson Sombra

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Bomba: Ministério Público recebeu denúncias de fraude na eleição da FBF

O Ministério Publico do Distrito Federal vem recebendo nos últimos dias um verdadeiro arsenal de denúncias que se confirmadas, poderão levar à anulação da última eleição realizada para eleger a nova diretoria da Federação Brasiliense de Futebol.

Os denunciantes revelaram um suposto esquema fraudulento que teria levado a vitória o atual presidente da federação, o advogado e jornalista Josafá Dantas. São vídeos, áudios e documentos, as denúncias podem incriminar até os denunciantes.

Fontes revelaram ao blog que o atual vice-presidente entregou gravações onde são reveladas supostas práticas de manipulação e compra de votos de presidentes de clubes para eleger o atual dirigente máximo da federação.

Chama à atenção o caso da nomeação de um dos presidentes de clube. Logo após o resultado que deu a vitória a Josafá Dantas, o fiel eleitor foi agraciado com um cargo em uma administração regional do DF.

Se tudo que está sendo revelado for verdadeiro, só Deus sabe o que poderá acontecer aos envolvidos na trama.

Fonte: Blog do Edson Sombra 
Blog do Odir Ribeiro