O deputado distrital Rôney Nemer
(PMDB), eleito deputado federal, onde foi diplomado na última
quarta-feira (17), terá ainda que enfrentar um pedido de cassação de seu
diploma para tomar posse na Câmara Federal, no mês de fevereiro.
A
Procuradoria Regional Eleitoral do Distrito Federal pediu ontem (18) a
cassação do diploma de Nemer como deputado federal, com embasamento na
Lei da Ficha Limpa. Segundo o MPE, o deputado não poderá assumir o cargo
por causa de uma condenação por improbidade administrativa, ocorrida no
dia 19 de novembro. A condenação se deve por envolvimento de Rôney no
mensalão do DEM, esquema criminoso de pagamento de propina a autoridades
políticas do DF entre 2006 e 2009.
O
advogado de Nemer, João Marcos Amaral, alega que as condições de
inelegibilidade constatadas após o resultado da eleição não podem
influenciar no resultado que já foi divulgado.
Opinião
Já
escrevi um artigo onde mostra algumas contradições durante o processo
que condenou Rôney por improbidade administrativa no mês passado. O nome
do deputado aparece em conversa na qual o então chefe da Casa Civil,
José Geraldo Maciel, diz ao governador na época, José Roberto Arruda,
que o deputado recebia R$ 11,5 mil do assessor de imprensa Omézio
Pontes.
Como
uma das regras para se obter a delação premiada é a exigência que o réu
não minta, Durval Barbosa com certeza disse a verdade quando afirmou
que nunca repassou dinheiro a Nemer. O problema é que desmentir algo que
foi revelado em vídeo, como tentou fazer Durval, não foi fator
determinante para o MP absolver Rôney. Como podem observar, não era o
delator quem repassava o dinheiro do mensalão para Nemer, mas Omézio, o
assessor de imprensa.
Cabe
agora ao advogado de Nemer preparar a defesa de seu cliente, mas
dificilmente o parlamentar conseguirá tomar posse como deputado federal
em fevereiro. Em caso de impedimento, assumirá o deputado distrital Alírio Neto (PEN), suplente de Rôney.
Fonte: Blog do Fred Lima.
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