“O Distrito Federal não tem sequer dignidade para ter autonomia política”.
A frase dura, pronunciada pelo ministro Gilmar Mendes, durante sessão
do Tribunal Superior Eleitoral que barrou o registro do candidato do PR
ao governo do DF , reflete a opinião média que prevalece , na cidade e
em todo o país com relação à emancipação política de Brasília fixada de
maneira ligeira e oportunista na Carta de 88.
Gilmar Mendes foi impiedoso e certeiro com relação à política do
Distrito Federal. Durante a leitura de seu voto o ministro classificou o
tipo de política que tem vem sendo feito no DF de rastaquera, expressão
que tanto pode ser usada como fuleira e baixa, como relativa a
ostentação, própria dos novos ricos.
Para Mendes, o DF já deveria ter passado por um processo de
intervenção. Esse desabafo, mesmo feito por alguém que tem a
prerrogativa de impedir o prosseguimento dessa miséria política que tem
predominado por estas bandas, escancara com fidelidade o retrato exibido
por Brasília para todo o país.
O pesquisador que buscar entender Brasília no futuro, terá,
obrigatoriamente,que dividir a história da capital em antes e depois da
Carta de 88. A cidade inteiramente planejada e projetada para ser o
centro administrativo do Brasil do futuro, vem, aos poucos ,se
transformando naquilo que o restante já é há tempos: palco para a
exibição do que de mais rastaquera existe em termos de política.
Fonte: Blog do Ari Cunha.
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