O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, anunciou hoje (5) que, se for eleito, criará 500 centros especializados em saúde pública no país. O programa de governo de Aécio prevê a criação de 500 grandes unidades regionais, nas quais o atendimento será feito por um médico especializado, que encaminhará o paciente para fazer exames. “E ele já sairá com remédios”, disse o candidato, durante encontro na Associação Médica de Brasília.
Ele explicou que o problema da saúde será tratado de forma
“estrutural”. Para Aécio, a atuação de médicos estrangeiros, viabilizada
pelo Programa Mais Médicos, é uma solução “paliativa” . “O que nós
vamos fazer é criar uma carreira nacional de médicos, para que eles
possam se preparar, se qualificar e atender na periferia das grandes
cidades, nas cidades mais remotas, porque, como o tempo, eles mudarão de
região.” Aécio Neves (PSDB).
Perguntado sobre a permanência de médicos cubanos no Brasil, Aécio
disse que eles “têm prazo de validade” e ficarão “por três anos”. “O que
eu pretendo é que não haja mais necessidade de médicos estrangeiros no
Brasil. Ao longo do tempo, as nossas políticas, as nossas ações,
permitirão que essas vagas sejam ocupadas por brasileiros. Se houver
necessidade, que seja uma solução lateral, não central”, acrescentou
Aécio, que defendeu o Revalida, exame para validação do diploma de
estrangeiros. Ele destacou que os médicos cubanos devem receber salário
igual ao dos demais.
O candidato disse ainda que, em seu governo, as políticas de saúde
pública serão debatidas com os profissionais do setor. “Os profissionais
da área é que serão responsáveis pela execução das políticas públicas”,
afirmou Aécio, dirigindo-se aos médicos presentes na plateia.
O senador mineiro também falou sobre infraestrutura. Nesta semana, ele
informou que pretende criar um ministério apenas para tratar da área.
Segundo Aécio, as hidrovias e ferrovias devem ser prioridade. Para ele,
as ações da gestão atual para as ferrovias, por exemplo, não avançaram o
suficiente para atrair investimentos privados. O candidato tucano
criticou as obras paradas no país e destacou a necessidade de marcos
regulatórios e segurança jurídica para o setor. Além disso, defendeu
meritocracia e critérios técnicos nos órgãos públicos e agências
reguladoras. (ABr)
Fonte: Diário do Poder.
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