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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

"Apoio qualquer um que for contra Dilma no segundo turno", diz Silas Malafaia

Conhecido por suas declarações polêmicas e influência entre os evangélicos, o Pastor Silas Malafaia foi contundente ao falar sobre sua oposição à gestão da presidente Dilma Rousseff. Em entrevista exclusiva ao InfoMoney, o líder religioso afirmou que a eleição representa uma "oportunidade de ouro" para o eleitor colocar o país de volta ao trilho do desenvolvimento sustentável. As declarações são um sinal de que Dilma terá dificuldade em obter apoio entre os evangélicos - apenas o bispo Edir Macedo tem mostrado claro alinhamento com a presidente.

Para o primeiro turno, Malafaia reforçou que a sua recomendação será o voto no Pastor Everaldo, do PSC, considerado por ele o mais preparado para resgatar os valores familiares e éticos que foram perdidos nos últimos 12 anos. "O PT tem que sair do poder de qualquer maneira. Os caras querem transformar o Brasil em uma nova Venezuela", afirma Malafaia.

Para o pastor, é incompreensível a hipótese de Dilma se consagrar nas urnas em outubro, já que as denúncias de corrupção contra o governo durante os mandatos do PT foram comprovadas. "A alta cúpula do partido está na cadeia. Que autoridade moral eles têm para pleitearem o comando do país?", questionou. 

Os presidenciáveis da oposição, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), também foram alvos das críticas do evangélico. "Aécio não representa uma mudança significativa dado que seria apenas uma troca típica do bipartidarismo que vivemos no Brasil há anos", explicou. "A candidatura de Campos não existiria se ele tivesse sido apontado como vice-presidente de Dilma. Sua candidatura soa a recalque. Que tipo de mudança um antigo aliado pode estabelecer?", perguntou.

Ainda assim, em um eventual segundo turno, Malafaia afirmou que seu apoio será à qualquer presidenciável da oposição. "Apoio qualquer um que for contra Dilma no segundo turno".

Diante do aumento da bancada evangélica no Congresso, Malafaia se diz satisfeito, mas nega qualquer intenção de se candidatar a qualquer cargo público em eleições futuras. Segundo ele, sua função é influenciar os eleitores a votarem naqueles que podem estabelecer uma melhora no país. "Partido vem de parte. Eu sou o todo. Por isso, uso da minha grande capacidade de influência para sinalizar para os meus seguidores quem é o melhor candidato", concluiu.

Fonte: Editado por Folha Política - Marcello Ribeiro Silva

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