Patinando nas pesquisas, o governador de Pernambuco muda estratégia de campanha e parte para o ataque contra a presidenta Dilma
Em meados do ano passado, quando resolveu entrar para valer na disputa
presidencial, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), chamou
seus principais interlocutores políticos e anunciou duas decisões. A
primeira era de que os socialistas deveriam terminar o ano de 2013 fora
do governo. A outra era de que nem ele nem seus seguidores deveriam
trombar com as gestões do PT no governo federal. A estratégia seria a de
se colocar como um candidato capaz de dar continuidade a um processo de
desenvolvimento que começou com Fernando Henrique e continuou com Lula e
Dilma. Na semana passada, Campos mostrou que mudou de planos. “Estamos
patinando nas pesquisas, e isso mostra que precisamos nos portar de
outra maneira”, diz um dos dirigentes do PSB de São Paulo. Agora, a
estratégia será a de bater fortemente na gestão de Dilma e de poupar
Lula e os tucanos. “Precisamos crescer nas intenções de votos para
assegurar o segundo turno”, afirma o vice-presidente do PSB, Roberto
Amaral.
.jpg)
A nova postura do governador pernambucano foi interpretada entre os
aliados de Dilma como um movimento sem volta. Até o sábado 8, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda acreditava que poderia
contar com o apoio de Campos caso o PT tenha de disputar um segundo
turno contra o tucano Aécio Neves.

Fonte: Izabelle Torres - Revista Época.
Nenhum comentário:
Postar um comentário