Delúbio Soares teve suspenso o direito de trabalhar fora da cadeia por
decisão da Vara das Execuções Penais do Distrito Federal. O motivo: as
mordomias concedidas ao presidiário petista, como carro com chofer
estacionado no pátio, comida vinda de fora e visitas a qualquer hora.
José Dirceu despacha com quem bem entende na sala do diretor do
presídio. Foi lá que ele recebeu, sem nenhum problema, agendamento ou
autorização prévia, a visita de um defensor público que não tem nenhuma
relação com a sua situação judiciária.
A reportagem do jornal O Globo que revelou essa ‘audiência’ entre o
chefe da Defensoria Pública da União e o chefe dos mensaleiros petistas
explica assim o que aconteceu: “O defensor conta ter ido ao presídio sem
avisar e, ao chegar à Papuda, o réu foi avisado de sua presença. Dirceu
concordou em recebê-lo”. Ou seja: compete apenas ao presidiário José
Dirceu, o novo chefe da Papuda, “concordar” com a realização de
compromissos sociais dentro da cadeia para que eles aconteçam.
Parlamentares usam jalecos da Polícia Civil para entrar
clandestinamente no presídio e visitar José Dirceu. O deputado Chico
Vigilante usou roupa branca para se confundir com os detentos e ir ter
com seu líder.
Melhor do que isso, nem em em Assassinato de Reputações, do Romeu Tuma
Jr. e do Cláudio Tognolli. Quem leu sabe do que estou falando.
Além disso, a multa que a justiça impôs aos condenados foi paga por
vaquinhas milionárias. Não é pequeno nem pouco eficiente o esforço dos
petistas para desmoralizar o Poder Judiciário e afrontar a sociedade.
O descalabro dos privilégios concedidos aos mensaleiros é tão grande
que o governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz, foi
chamado às favas pela Vara das Execuções Penais. Vai ter que dizer se
pretende manter o tratamento VIP dados aos colegas de partido que se
encontram guardados na Papuda ou se os mensaleiros terão que ser
transferidos para presídios federais.
Não há imagem melhor para ilustrar o que ocorre do que a piada do
inferno brasileiro, onde todos estariam obrigados a consumir um balde de
excrementos por dia — e ainda assim seria a preferida de dez entre dez
almas penadas.
Porque um dia falta balde. Noutro falta merda. No terceiro, o diabo não vem.
Fonte: Portal Acta Diurna.
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