Mas por causa da controvérsia que girava em torno de que se poderia ou não retroagir e impedir a eleição de condenados em datas anteriores à Lei, Roriz desistiu do recurso no STF e lançou a mulher, Weslian Roriz.
O entendimento dos advogados de Joaquim Roriz é de que ele tem condições de ser candidato no ano que vem, porque não possui condenações judiciais em segunda instância. Sobre a renúncia no Senado, a defesa já tem preparada uma estratégia, uma ação declaratória na Justiça Federal.
Liliane será seu plano B
Caso o caminho se complique, Joaquim Roriz pode optar por lançar a candidatura da filha, a deputada distrital Liliane Roriz (PRTB). Por serem filiados ao mesmo partido, ficaria mais fácil trocar o cabeça da chapa em uma situação emergencial.
Liliane andou flertando com o PSDB, que ainda não definiu um candidato para disputar o Buriti e quase recebeu a distrital quando ela trocou de partido. Com isso, uma candidatura da família Roriz ganharia mais força, graças ao tempo de TV que os tucanos trariam à chapa.
O PSDB foi aliado de Roriz nas eleições de 2002, com Maria de Lourdes Abadia como vice-governadora. No último ano do mandato, quem assumiu o governo foi Abadia.
Em outubro, a primeira instância do Tribunal de Justiça do DF condenou Roriz por ter rescindido os contratos de publicidade no primeiro mês de governo em 1999. Por ser enquadrado por improbidade administrativa, Joaquim Roriz poderia ficar inelegível por cinco anos, mas a defesa entrou com recurso para tentar reverter a situação.
O advogado Eri Varela, também representante de Roriz, acredita que a decisão cairá em segunda instância. “Como existem outros réus no processo, estamos aguardando o prazo para que eles também entrem com recurso. No entanto, entendemos que a inelegibilidade só seria possível em caso de malversação de recursos financeiros, o que não foi o caso. Até mesmo o juiz entendeu que não houve dano ao erário”, afirmou.
Ficha Limpa
Como a decisão é de primeira instância e não de órgão colegiado, não se aplica a Lei da Ficha Limpa. Entretanto, caso seja considerado culpado pela turma de desembargadores, o ex-governador não estará apto para disputar a eleição de 2014.
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