Após
o governador Agnelo Queiroz empossar sexta-feira o novo secretário de
Entorno, Eurípedes Júnior, presidente nacional do recém-criado Pros,
criou-se um problema interno no novo partido. A escolha de Eurípedes
desagradou o deputado federal Ronaldo Fonseca, do mesmo partido.
Presidente regional do Pros, ele acredita que o Buriti não o quer mais
como base na Câmara dos Deputados, onde é um dos maiores defensores de
Agnelo.
Ronaldo Fonseca
afirma que não foi consultado pelo governador sobre a escolha para
ocupar o cargo, mesmo sendo do Pros, e não tinha motivos para ir à
cerimônia de posse de Eurípedes, realizada no Palácio do Buriti. Não
foi.
Nova posição
“Eu
procurei o governador pelo menos três vezes para conversarmos sobre o
espaço do PROS, nos últimos 30 dias e até agora não recebi uma ligação.
Estou entendendo que ele me quer fora da base”, desabafa o deputado, que
completa: “Isso poderá mudar minha posição em relação ao Buriti. Não
vou me relacionar com um governo que não respeita os políticos da
própria base e, se eu não sou da base, não sabia”.
Fonseca
afirma que, desde o início da gestão de Agnelo, tem defendido o
governador no Congresso, sobretudo no caso Carlinhos Cachoeira. Agora se
sente desprestigiado. “Eu o defendi durante toda a minha vida na
Câmara. Além de mim, apenas o deputado Roberto Policarpo, que é do mesmo
partido e presidente regional do PT. Eu mostro a minha cara para
baterem e é esse tratamento que recebo?”.
O
mal-estar não chegou ao presidente nacional do Pros. Eurípedes afirma
que o convite para assumir a pasta partiu do próprio Agnelo antes mesmo
do ingresso de Ronaldo Fonseca na legenda.
No Trabalho
“O
Ronaldo é nosso presidente no DF e já tem secretaria”, afirma Eurípedes
Júnior, em referência à Secretaria do Trabalho, hoje com o Bispo Renato
Andrade (PR). Ronaldo tem resposta pronta: Renato é de outro partido e a
Secretaria do Trabalho seria “terra de ninguém”.
Secretaria é dele, diz GDF
O
deputado Ronaldo Fonseca diz que a decisão de entregar a pasta para
Eurípedes foi tratada entre o governador e o presidente nacional
diretamente e que ele próprio havia dito para que o presidente nacional
o fizesse, mas esperava um retorno de ambos. “Que eles me chamassem
para debater com eles. Parece até que eu ignorei o partido e que a
executiva nacional teve que intervir”, lamenta.
O
parlamentar diz que apesar do “atropelo” não terá problemas com o Pros,
mas que reverá sua postura enquanto membro da base do governo. “Não
muda nada entre mim e o partido, mas fica o alerta para outros
parlamentares e partidos sobre as posturas do governador”.
A BASE É MINHA
Após
a filiação do ex-governador José Roberto Arruda ao PR, antigo partido
de Ronaldo Fonseca, o deputado deixou a legenda e se filiou ao Pros, com
a intenção de continuar na base de Agnelo.
O
Buriti tem uma resposta para essa reclamação. Afirma que, apesar da
teórica saída do PR do governo, a Secretaria do Trabalho continua com a
legenda, que tem indicados de Ronaldo, incluindo aí o secretário
Renato Andrade.
De
seu lado, Ronaldo nega que, sua saída do PR tenha desmontado sua base.
“Meu grupo político continua forte. O Renato não veio para o Pros porque
aqui não haveria legenda para que ele se elegesse. Sentamos eu, o
governador e ele e vimos que esse era o melhor caminho para ele. O bispo
Renato continua no meu grupo, mas a secretaria, não”, conta.
Fonte: Informações Jornal de Brasília / Guardian Notícias - .redacao@guardiannoticias.com.br
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