Administradores
de Águas Claras e Taguatinga têm prisão decretada sob acusação de
cobrança para autorizar construções e funcionamento de empreendimentos.
Mais 12 pessoas são investigadas, entre as quais o ex-vice-governador
Paulo Octávio
Policiais civis estiveram nas
administrações de Taguatinga e Águas Claras para apreender documentos:
mediante pagamento de propina, alvarás poderiam sair em até 15 dias
A rapidez incomum na emissão de alvarás para construção de pelo menos
seis grandes empreendimentos residenciais e comerciais no Distrito
Federal é alvo de uma ampla investigação. Na manhã de ontem, o
Ministério Público e a Polícia Civil deflagaram a Operação Átrio e
prenderam o então administrador de Águas Claras, Carlos Sidney de
Oliveira.
Também existe mandado de prisão em nome do agora
ex-administrador de Taguatinga, Carlos Alberto Jales, mas ele fugiu
ainda na madrugada. Os dois são suspeitos de participar de um esquema de
pagamento de propina a fim de burlar o trâmite dos processos. Diante
das denúncias, os dois foram exonerados.
A ação conduzida por promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e policiais da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco) também levou 12 pessoas, entre comerciantes, empresários, servidores e funcionários de empresas particulares, a prestarem depoimentos. O ex-vice governador Paulo Octávio (PP) foi um dos alvos. A Justiça decretou a “condução coercitiva” do empresário para depoimento. Ele estava em viagem a São Paulo e se apresentou à tarde para prestar esclarecimentos.
A ação conduzida por promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e policiais da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco) também levou 12 pessoas, entre comerciantes, empresários, servidores e funcionários de empresas particulares, a prestarem depoimentos. O ex-vice governador Paulo Octávio (PP) foi um dos alvos. A Justiça decretou a “condução coercitiva” do empresário para depoimento. Ele estava em viagem a São Paulo e se apresentou à tarde para prestar esclarecimentos.
Em Taguatinga, promotores e policiais civis recolheram provas |
Segundo a investigação, o político e empresário exercia forte
influência sobre os gestores. Inclusive, determinava como os processos
relacionados aos seus negócios deveriam ser conduzidos. Policiais e
promotores cumpriram mandado de busca e apreensão na casa de Paulo Octávio, no Lago Sul, e em dois hotéis de sua propriedade. Ele nega
irregularidades na concessão de alvarás. (leia mais na página 20).
O maior empreendimento citado no inquérito é o JK Shopping & Tower, em Taguatinga Norte, previsto para ser inaugurado no próximo dia 16. Construções desse porte levavam, no máximo, 15 dias para serem aprovadas pelos administradores. Em situações normais, o prazo pode variar de 60 dias a um ano.
O maior empreendimento citado no inquérito é o JK Shopping & Tower, em Taguatinga Norte, previsto para ser inaugurado no próximo dia 16. Construções desse porte levavam, no máximo, 15 dias para serem aprovadas pelos administradores. Em situações normais, o prazo pode variar de 60 dias a um ano.
Integrantes da Polícia Civil: investigação do caso começou em 2011 |
Há suspeita de que, além de dinheiro, os interessados em erguer
prédios luxuosos com mais celeridade cooptavam funcionários, ofereciam
presentes e exerceriam um forte tráfico de influência. “Não é possível
contabilizar os prejuízos aos cofres públicos, pois o crime não envolve
apenas vantagem patrimonial. Há danos, por exemplo, ao meio ambiente e
ao trânsito por ausência de estudos de impacto nessas regiões”, explicou
o chefe da Deco, delegado Fábio Santos de Souza.
O Gaeco e a Deco ainda solicitaram a prisão do empresário Luiz Bezerra de Oliveira, negada pela Justiça. Durante as diligências, os investigadores descobriram que ele deu R$ 40 mil aos dois administradores, dinheiro supostamente oriundo de propina. Carlos Jales mora em um apartamento luxuoso em Águas Claras cedido por Bezerra (leia mais na página 21).
O Gaeco e a Deco ainda solicitaram a prisão do empresário Luiz Bezerra de Oliveira, negada pela Justiça. Durante as diligências, os investigadores descobriram que ele deu R$ 40 mil aos dois administradores, dinheiro supostamente oriundo de propina. Carlos Jales mora em um apartamento luxuoso em Águas Claras cedido por Bezerra (leia mais na página 21).
Fonte: Correio Braziliense
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