Governo agora só vê problemas em plano apresentado como solução para crônica falta de vagas na Esplanada
A ideia é quase tão velha quanto o problema de falta de vagas na
região central de Brasília. Em seus governos, Joaquim Roriz e José
Roberto Arruda avaliaram a hipótese de construir megaestacionamentos
subterrâneos embaixo do gramado central da Esplanada dos Ministérios,
mas o plano, devido aos altos custos envolvidos, nunca chegou perto de
sair do papel.
Agnelo Queiroz foi mais longe. Em janeiro, após dois anos de
discussões entre o GDF e o Congresso, convocou a imprensa e, ao lado
dos então presidentes da Câmara e do Senado, apresentou o projeto de
uma garagem com 10 mil vagas enterrada em quatro pavimentos na área
central.
A empreitada seria viabilizada por uma Parceria Público-Privada (PPP) e
a empresa que topasse tocar a obra, prevista para durar até três
anos, recuperaria o investimento cobrando pelo serviço.
A promessa era lançar o edital de licitação em três meses, ou seja, até abril.
Ficou difícil
Mas o tempo passou e o GDF não fala mais em prazos, só em
dificuldades. Em nota enviada ao Metro, a Secretaria de Governo informou
que o projeto apresentado se mostrou inviável economicamente e precisa
de uma “nova modelagem”.
As mudanças no comando das mesas diretoras do Senado e da Câmara
também se tornaram entraves, pois “exigiram novas rodadas de reuniões
entre os poderes”.
Caso esses entraves sejam resolvidos, “quando concluído, o novo estudo
será avaliado pelo Comitê Gestor de PPPs do GDF e, se aprovado,
seguirá para discussões com a sociedade”.
Faltam 7,5 mil vagas
Quando o projeto foi apresentado, o GDF informou que os estudos feitos
na época indicavam um deficit de pelo menos 7,5 mil vagas na área da
Esplanada.
O problema, portanto, tende a piorar com a construção de mais
prédios na área central. Aos motoristas resta continuar torcendo para
conseguir uma vaga.
Fonte: Jornal Metro Brasília - Por Raphael Veleda
Nenhum comentário:
Postar um comentário