Manifestações começaram na capital paulista, no início da semana passada
Ao menos 65 mil pessoas se reuniram nesta segunda-feira (17) para
protestar contra o aumento das tarifas de transporte e exigir melhores
serviços públicos em São Paulo (SP). A estimativa é do instituto de
pesquisas Datafolha.
Em outras cidades do País, os protestos também reuniram milhares de
pessoas, que se manifestaram contra os gastos do País nos preparativos
para a Copa do Mundo de 2014.
Divididos em três frentes em um certo momento, os manifestantes de São
Paulo chegaram a fechar trechos de importantes vias, como a Marginal
Pinheiros e avenida Faria Lima. Nenhum incidente grave tinha sido
registrado até o início da noite.
A concentração no Largo da Batata, região oeste da capital paulista,
ganhou força no fim da tarde. Os manifestantes carregavam cartazes com
dizeres como "Violência é a tarifa" e "Não é por 20 centavos", em
referência ao aumento no valor das passagens de ônibus e metrô.
Ativistas de partidos políticos como PSTU e PSOL, que portavam
bandeiras, foram hostilizados e expulsos do local. Uma equipe da Rede
Globo de Televisão também deixou a área após protestos dos presentes.
Não houve registro de violência física.
As manifestações em São Paulo começaram há uma semana incitadas pelo
Movimento Passe Livre, que através das redes sociais recebeu apoio de
outras organizações e de cidadãos que moram dentro e fora do País.
Manifestam ocupam espelho d'água e sobem rampa do Congresso
Manifestantes ocuparam o gramado e chegaram a subir a rampa do
Congresso Nacional, em Brasília (DF), nesta segunda-feira. Em protesto, o
grupo da "Marcha do Vinagre" partiu do Museu Nacional de Brasília e
rumou pela Esplanada dos Ministérios, interrompendo as seis faixas de
trânsito da face sul do Eixo Monumental (que liga a Rodoviária à Praça
dos Três Poderes). O policiamento foi reforçado no local.
O ato em Brasília contou com mobilização por meio de redes sociais,
pela internet. O protesto é contra a brutalidade de policiais nas
manifestações, dinheiro gasto na construção de estádio Mané Garrincha,
de mais de R$ 1,5 bilhão, e também em solidariedade aos protestos pela
redução da passagem de ônibus em outras cidades do Brasil, como São
Paulo.
Protesto no Rio toma toda a extensão de avenida
Na manifestação que aconteceu na noite desta segunda-feira, no Rio, e
que tomou praticamente toda a extensão da Avenida Rio Branco, no trecho
da Candelária à Cinelândia, palavras de ordem foram entoadas, entre elas
as que pedem a redução da tarifa, como "Olê, olê, olá. Se a passagem
não abaixar, o Rio vai parar". O protesto reuniu cerca de 40 mil
pessoas, segundo as primeiras estimativas.
Um grupo de 60 advogados se pôs à disposição dos manifestantes para
agir em caso de prisões arbitrárias. Vinte estudantes de medicina
vestindo jalecos se prontificaram a dar atendimento a eventuais feridos.
O número de manifestantes foi maior do que o do ato de quinta-feira,
13, mas ainda não foi feita uma avaliação oficial da Polícia Militar
(PM). Na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), perto dali,
que foi alvo de pichações no último ato, cerca de 50 cavaletes foram
postos, preventivamente, pela polícia, com o objetivo de proteger o
prédio histórico. O centro teve reforço de policiamento desde o início
da tarde.
Fortaleza tem protesto contra Copa das Confederações
Fortaleza tem protesto contra Copa das Confederações
A presença da seleção brasileira em Fortaleza provocou na tarde desta
segunda-feira um protesto contra a realização da Copa das Confederações
no Brasil. A manifestação pelas ruas da capital cearense transcorreu de
maneira pacífica, com a polícia apenas observando a movimentação dos
participantes.
O protesto, convocado pelas redes sociais, começou com um grupo de
cerca de 500 pessoas, a maioria de estudantes. Eles fizeram a
concentração na praça Gentilândia, que fica a menos de 1 quilômetro do
Estádio Presidente Vargas, onde a seleção brasileira fez seu treino na
tarde desta segunda-feira.
A ideia inicial dos coordenadores da manifestação era ir até os
arredores do estádio, mas, como havia uma outra multidão por lá -
torcedores que foram ao Presidente Vargas para acompanhar o treino da
seleção -, não quiseram misturar os dois públicos e preferiram evitar
confusão.
Assim, a manifestação optou por fazer uma longa caminhada até o centro
de Fortaleza, bloqueando o trânsito nas principais avenidas pelo
caminho. "Fifa devolva o nosso dinheiro" e "Queremos saúde e educação.
Fora Copa" foram alguns dos cartazes que eram carregados no protesto.
Segundo o major Tomaz, da Polícia Militar, o protesto reuniria cerca de
600 pessoas. Mas os coordenadores do movimento chegam a falar em cinco
mil participantes. Independente da quantidade de manifestantes, não
foram registradas cenas de violência ou conflito.
Polícia entra em confronto com manifestantes em Belo Horizonte
Polícia entra em confronto com manifestantes em Belo Horizonte
Quatro horas após o início da manifestação em Belo Horizonte contra os
gastos públicos com as obras para as copas das Confederações, que
começou neste fim de semana, e do Mundo, em 2014, e o preço dos
transportes públicos, a tropa de choque da Polícia Militar (PM) disparou
bombas de gás lacrimogênio para dispersar os manifestantes que se
agrupavam na Avenida Antônio Carlos, perto da Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG).
A marcha teve início na Praça Sete, no centro da cidade, e o confronto
entre policiais e manifestantes começou pouco depois das 17h.
Informações divulgadas no Facebook dão conta que, depois que a ação da
PM começou, os manifestantes revidaram arremessando pedras e colocando
fogo em alguns objetos na avenida. Ainda não é possível saber se há
feridos. O motivo do conflito também não foi esclarecido.
Milhares vão à prefeitura em Porto Alegre
Na capital gaúcha, ao menos 5 mil pessoas se reuniram em frente à
prefeitura para protestar contra os preços das tarifas de transporte
público. Até as 19h20, a manifestação transcorria de forma pacífica.
A polícia fez um cordão de isolamento para tentar evitar invasões.
Fonte: ISTOÉ.com / Agência Estado / Agência Brasil
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