O jogo começou. Desde janeiro, a cada dia novas peças são postas no
xadrez político brasiliense. A menos de um ano e meio das eleições,
pelo menos duas candidaturas ao governo local são dadas como certas. De
um lado, está o atual governador Agnelo Queiroz (PT) e seu vice Tadeu
Filippelli (PMDB), ambos candidatos à reeleição. De outro, está o
senador Rodrigo Rollemberg (PSB). Também se movem em direção ao
Palácio do Buriti o grupo de Roriz, a deputada distrital Eliana Pedrosa
(PSD) e alguns partidos de pequeno porte. Nos bastidores, fala-se ainda
nos senadores Cristovam Buarque (PDT) e Gim Argello (PTB), nas
movimentações de Paulo Octávio e Arruda e nos deputados federais
Pitiman (PMDB) e Reguffe (PDT).
Diante de tantas possibilidades, se consolidarão os candidatos que
conseguirem formar alianças fortes. Por isso, será interessante
observar quais serão os caminhos tomados por Cristovam e Reguffe daqui
para frente. É fato que se os pedetistas se unirem ao grupo de
Rollemberg, independentemente do candidato, terão formado uma chapa
forte. Separados, suas chances diminuem bastante. O mesmo vale para
Roriz, Paulo Octávio e Arruda. Juntos, podem decidir a eleição. Pesa
para essas três lideranças, no entanto, a falta de um nome de
consenso. No atual cenário, a indefinição de todos e o passado de
muitos favorece o surgimento de uma quarta ou quinta via, quem sabe.
Não se pode menosprezar, nunca, a voz das ruas.
A população tem se mostrado insatisfeita com os candidatos. Uma
pesquisa realizada no ano passado apontou que 70% dos brasilienses
desaprovam o governo. Os eleitores também estão cansados de
escândalos e esquemas de corrupção. Os cidadãos querem governantes
competentes, sérios e dispostos a trabalhar. Brasília precisa de um
líder ético e bom administrador. Se esse sentimento por renovação
crescer, o nome do próximo governador poderá surpreender, podendo não
ser nenhum dos citados. O povo irá dizer.
Fonte: Jornal de Brasília - Por Adelmir Santana Presidente da Fecomércio-DF
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