ACESSOS

segunda-feira, 20 de maio de 2013

À QUEIMA-ROUPA: Luiz Estevão

O senhor vai assumir o comando do PRTB em Brasília. Como será a organização do partido? 

Estou organizando o diretório do PRTB, mas não vou assumir nenhum cargo na executiva. Indicarei todos os membros do partido e estou organizando a ação política. 

Então o senhor vai ser o dono do PRTB em Brasília? 

Dono é uma palavra muito forte, o partido não tem dono. 

Mas o senhor vai ter liberdade para decidir os rumos do partido no ano que vem, não? 

Sim, a nível local, terei total liberdade. 

Qual é o projeto do PRTB para a capital? 

O PRTB não vai apoiar nenhum candidato a governador no ano que vem. O partido terá 48 candidatos a distrital e 16 a federal. E eu vou para a rua fazer campanha e pedir votos para a legenda. A meta é fazer entre 120 e 140 mil votos, mais 60 mil votos para a legenda, elegendo quatro distritais e um federal. Não teremos candidato ao Senado. 

Por que não ter candidato a governador? 

Quando você se alia com a proposta de um candidato a governador, isso dificilmente beneficia o candidato a um cargo proporcional. As coligações têm ficado tão grandes que, geralmente, um candidato a governador tem mais ou menos 500 candidatos ligados a ele. Nosso filiado vai poder trabalhar com o candidato a governador que ele quiser. 

O senhor acredita que ainda tem um eleitorado fiel? 

Com certeza. As pesquisas que incluem meu nome como potencial candidato majoritário me dão entre 200 e 240 mil votos. Isso não vai ocorrer, porque estou inelegível até 2022. 

O senhor foi cassado e tem problemas com a Justiça. Essa exposição para um político é pesada. Como mantém esse eleitorado? 

Primeiro, pela lembrança do meu trabalho como distrital. Apesar de todo esse arsenal de notícias negativas e do excesso de pancadas, muita gente coloca em dúvida a credibilidade dessas acusações contra mim. 

Algum de seus filhos será candidato? 

Minha filha Fernanda é a presidente do partido, mas nenhum dos meus filhos será candidato, até porque isso atrapalharia a atração de políticos para o PRTB. 

O senhor vai colocar a mão no bolso para financiar esses candidatos? 

Eu pretendo sim, dentro da lei, investir na campanha desses candidatos, fazendo doações. 

A montagem dessa bancada é uma forma de  voltar para a política e influenciar os rumos da cidade mesmo sem ter mandato? 

Apesar de eu estar afastado da vida política há 13 anos, todos os personagens da política do DF hoje são meus contemporâneos. O cenário político mudou muito pouco então, apesar do meu afastamento, não fiquei nem alienado nem defasado. 

Fonte: Correio Braziliense - Por Ana Maria Campos e Henela Mader

Nenhum comentário:

Postar um comentário