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sábado, 2 de fevereiro de 2013

Para Cristovam, o Senado saltou no abismo

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A eleição de Renan Calheiros (PMDB/AL) para a presidência do Senado Federal não agradou alguns parlamentares, que tentaram até o fim eleger Pedro Taques (PDT/MT). Pelo twitter, o senador Cristovam Buarque (PDT/DF) foi categórico: "o Senado deu as costas ao povo e saltou no abismo".

O pedetista classificou ainda a eleição como "marcha a insensatez" e que destacou que, apesar de não se colocar como candidato oficialmente durante o mês de janeiro, Renan já estava "com discurso de posse pronto".

A indignação se deve à condição do peemdebista, que foi denunciado pela Procuradoria Geral da República ao Supremo Tribunal Federal, na semana passada, por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. Ele é acusado de usar notas frias para justificar os pagamentos, feitos supostamente por um lobista, à mãe da filha dele. Essas denúncias o obrigaram a renunciar em 2007 a mesma presidência que reconquistou nesta sexta-feira 1º, quando corria o risco de perder o mandato parlamentar por meio de cassação.

Já eleito, Renan Calheiros agradeceu o apoio recebido pelo ex-presidente José Sarney (PMDB/AP) e pelo vice-presidente Michel Temer. Durante o discurso, disse que vai exercer a presidência com "isenção, diálogo, equilíbrio e transparência", e que vai combater o que classificou como "antropofagia institucional". Mesmo defendendo enfáticamente a liberdade de imprensa, o novo presidente evitou os jornalistas ao fim da votação. 

Longo caminho

Cristovam Buarque atuou desde o fim do ano passado para enriquecer a candidatura de algum senador que fizesse parte do grupo independente. A primeira alternativa foi Luiz Henrique (PMDB/SC), que desistiu da disputa logo no início das negociações.

O nome de Randolfe Rodrigues (PSOL/AP) surgiu como opção forte no início, mas perdeu força com a decisão do PSDB de apoiar outros nomes. O senador Alvaro Dias (PSDB/PR) sugeriu três opções: Jarbas Vasconcelos (PMDB/PE), Pedro Simon (PMDB/RS), e Pedro Taques, que decidiu lançar a candidatura.

Com a formalização do apoio dos tucanos ao pedetista, Ranfolfe retirou o nome horas antes da disputa. Mesmo com a união do PSDB, PSOL, DEM, PSB e PDT não foi possível alcançar mais que 18 votos.

Fonte: Brasil247

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