A eleição de Renan Calheiros (PMDB/AL) para a presidência do Senado
Federal não agradou alguns parlamentares, que tentaram até o fim eleger
Pedro Taques (PDT/MT). Pelo twitter, o senador Cristovam Buarque
(PDT/DF) foi categórico: "o Senado deu as costas ao povo e saltou no
abismo".
O pedetista classificou ainda a eleição como "marcha a insensatez" e
que destacou que, apesar de não se colocar como candidato oficialmente
durante o mês de janeiro, Renan já estava "com discurso de posse
pronto".
A indignação se deve à condição do peemdebista, que foi denunciado pela
Procuradoria Geral da República ao Supremo Tribunal Federal, na semana
passada, por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso.
Ele é acusado de usar notas frias para justificar os pagamentos, feitos
supostamente por um lobista, à mãe da filha dele. Essas denúncias o
obrigaram a renunciar em 2007 a mesma presidência que reconquistou nesta
sexta-feira 1º, quando corria o risco de perder o mandato parlamentar
por meio de cassação.
Já eleito, Renan Calheiros agradeceu o apoio recebido pelo
ex-presidente José Sarney (PMDB/AP) e pelo vice-presidente Michel Temer.
Durante o discurso, disse que vai exercer a presidência com "isenção,
diálogo, equilíbrio e transparência", e que vai combater o que
classificou como "antropofagia institucional". Mesmo defendendo
enfáticamente a liberdade de imprensa, o novo presidente evitou os
jornalistas ao fim da votação.
Longo caminho
Cristovam Buarque atuou desde o fim do ano passado para enriquecer a
candidatura de algum senador que fizesse parte do grupo independente. A
primeira alternativa foi Luiz Henrique (PMDB/SC), que desistiu da
disputa logo no início das negociações.
O nome de Randolfe Rodrigues (PSOL/AP) surgiu como opção forte no
início, mas perdeu força com a decisão do PSDB de apoiar outros nomes. O
senador Alvaro Dias (PSDB/PR) sugeriu três opções: Jarbas Vasconcelos
(PMDB/PE), Pedro Simon (PMDB/RS), e Pedro Taques, que decidiu lançar a
candidatura.
Com a formalização do apoio dos tucanos ao pedetista, Ranfolfe retirou o
nome horas antes da disputa. Mesmo com a união do PSDB, PSOL, DEM, PSB e
PDT não foi possível alcançar mais que 18 votos.
Fonte: Brasil247
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