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sábado, 2 de fevereiro de 2013

Collor faz discurso insano a favor de Calheiros e acredita que o Senado é praia do banditismo e da impunidade

O Brasil há de acabar um dia, mas os brasileiros não terão vistos todos os absurdos que os políticos locais destilam.

Entre os discursos que prefaciam a eleição do novo presidente do Senado Federal, a sandice ficou por conta de Fernando Collor de Mello, que em razão do impeachment jamais poderia ter retornado à vida pública, apesar de a legislação nacional assim o permitir.

Desde os seus primórdios como homem público, Collor jamais deixou de demonstrar destempero comportamental. Seu olhar fixo e fulminante, que destila a raiva dos incorrigíveis e as chagas dos desalmados, traduz com precisão a sua trajetória. Fernando Collor, responsável por uma das negras páginas da história brasileira, deveria trocar a cadeira no Senado pelo divã do analista.

De raciocínio persecutório, Collor defendeu a candidatura de Renan Calheiros durante discurso que proferiu da tribuna do plenário do Senado. Não poderia ser diferente, pois ambos foram parceiros em um dos tantos períodos de corrupção da história deste País.

Primeiro presidente da República a sofrer um impeachment, colocar usou o tempo regimental para atacar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a quem acusou de “prevaricador e chantagista”. O senador por Alagoas foi além e disse que Gurgel não tem autoridade moral para oferecer denúncia contra qualquer senador, em referência ao que fez recentemente o procurador em relação a Renan Calheiros.

Collor não é adepto da lógica, muito menos da diplomacia, mas precisou explicar as sandices que escorriam pelo canto da boca. Para tal, disse que é estanho o fato de a denúncia contra Renan Calheiros, enviada ao Supremo Tribunal Federal, ter sido oferecida em um sábado. Como se existisse dia marcado para a atuação dos procuradores. Collor ultrapassou as raias do desconexo e disse que Renan Calheiros foi julgado e absolvido pelo plenário do Senado, não cabendo, assim, novo julgamento do candidato à presidência da Casa.

O Brasil, quiçá o mundo, sabe como funciona o Congresso Nacional. Um clube privado de negócios, onde um largo e lamacento balcão de escambos protege seus operadores, que têm na mira apenas os próprios interesses. Corporativista, pois a extensa maioria dos parlamentares tem telhados envidraçados, o Congresso se acostumou aos acertos tacanhos, espúrios e anti-republicanos para salvar seus integrantes. A história comprova isso de forma inconteste.

Fernando Collor, não contente, disse que o Senado está em momento de afirmação e que não deve se curvar ao Poder Judiciário. O que esse destemperado, que há muito deveria estar contemplando o nascer do astro-rei de forma geometricamente distinta, mas no parlamento regurgita lições de falso moralismo, precisa saber que a prerrogativa de foro a que têm direito os parlamentares não significa passe livre para o cometimento de crimes, não é sinônimo de impunidade.

A desfaçatez de Fernando Collor foi tamanha, que, antes de encerrar seu discurso psicótico, teceu loas descabidas ao senador José Sarney, a quem no passado dedicou adjetivos que fariam ruborizar a mais depravada frequentadora de um bordel de quinta.

Collor deveria fazer um enorme favor ao País, contentando-se com sua insignificância como cidadão e pequenez como político, poupando, assim, o Brasil de seus rebuscados embusteiros discursos, que servem para entrincheirar corruptos e corruptores.

Fonte: Ucho.info

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