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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Ação Judicial: Professores vão à Justiça contra ciclos na educação do DF

Secretário de Agnelo impede que Conselho de Educação vote a questão para evitar provável derrota 

Faltam menos de duas semanas para o início do ano letivo para a rede pública, mas a comunidade escolar segue insegura sobre o projeto pedagógico que será adotado em 2013.

O clima esquentou ontem em uma reunião do Conselho de Educação do DF, órgão de assessoramento da Secretaria de Estado, após o titular da pasta, Denilson Bento, adiar uma votação que caminhava para a rejeição do sistema de ciclos no ensino fundamental e de semestralidade no ensino médio, medidas anuncia- das pelo GDF em janeiro para valerem já em 2013.

Em uma discussão prévia, na Câmara de Educação Básica, todos os sete conselheiros em condições de votar optaram pela não adoção do projeto este ano, sem mais discussões.

“O problema é que o CEDF é um órgão consultivo, a quem não cabe decidir sobre sistemas de ensino”, explicou Bento. “Optei por adiar a discussão diante da série de dúvidas que apareceram. A secretaria quer sanar essas dúvidas”, completou.

O CEDF é formado por representantes de setores da educação pública e privada e por integrantes do próprio GDF -- que não votam, entre os quais o secretário de Educação. 

Vai parar na Justiça

Diante do que considera uma manobra do secretário para evitar uma derrota que fragilizaria a atuação do GDF, o Sindicato dos Professores anunciou que vai entrar na Justiça nesta quarta contra a implementação dos ciclos. “Ao agir dessa maneira, o GDF está desrespeitando escandalosamente a Lei da Gestão Democrática na Educação. Não podemos permitir isso”, disse o diretor jurídico do Sinpro, Washington Dourado.

Pelo projeto apresentado pelo governo, o sistema de seriação anual será substituído por ciclos de dois ou mais anos no ensino fundamental e os alunos do ensino médio terão as disciplinas divididas em semestres.

Fonte: Jornal de Metro Brasília - Por Raphael Veleda

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