Por
trás do lançamento da chapa Wasny de Roure e Agaciel Maia, que irá
disputar a eleição para os cargos de Presidente e vice Presidente da
CLDF, reside uma manobra digna de um grande enxadrista.
A
movimentação do “Mestre” Agnelo Queiroz no tabuleiro da Câmara não só
visa produzir o resultado evidente da eleição dos escolhidos por ele,
como também serve de ação preparatória para colocar o deputado Chico
Vigilante na Mesa em 2013.
É
sabido, que para o chefe do executivo, nem às candidaturas dos deputados
Patrício e Chico Leite, apesar de serem seus partidários, lhe
agradavam, e ainda, que na cabeça do deputado Wasny Roure só haveria ou
há o pensamento no Tribunal de Contas do DF.
Nesse
contexto, a jogada do “Mestre” Agnelo, garantiria no primeiro instante, a
manutenção do comando da Casa ao Partido dos Trabalhadores, deixando
para março de 2013, a aplicação do xeque-mate, ou seja: alçar o deputado
Wasny de Roure a Conselheiro do TCDF, abrindo a vacância da presidência
da Câmara, que seria ocupada, de pronto, pelo Vice Agaciel Maia, que na
verdade é o seu candidato preferido para dirigir o legislativo local. A
partir daí, entraria em jogo o deputado Chico Vigilante, que
concorreria, numa nova eleição específica, para a vaga deixada por
Agaciel.
Assim tudo se resolveria a gosto do “Mestre”: Wasny no TCDF, Agaciel e Vigilante, respectivamente, presidente e vice da CLDF.
Apesar
de toda engenhosidade aplicada, o Governador Agnelo corre o sério risco
de perder o jogo. No seu plano, faltaram sensibilidade política e
conhecimento do regimento da Casa.
Rebelião -
Mesmo tendo uma ampla maioria de parlamentares na sua base de
sustentação, o governador esqueceu que não dá pra impor suas vontades
goela abaixo de nenhum deputado, ainda mais quando se trata de um tema
exclusivamente de âmbito interno da Instituição. Tudo deve ser bem
conversado, caso contrário o estrago pode ser grande.
De
outro modo, não há como se pensar em suprir a vacância dos cargos de
presidente e vice da CLDF de outra maneira que não seja por uma nova
eleição. O Regimento Interno, em seu Art. 49, é taxativo em relação ao
preenchimento dos cargos da Mesa que vierem a vagar: “Declarado qualquer
cargo da Mesa Diretora, será ele preenchido mediante eleição, dentro
de, no máximo, sete dias, observadas as formalidades dos arts. 9º. A
11º.”
Dito
isso, o deputado Agaciel Maia jamais poderá assumir a cadeira da
Presidência de outra forma que não seja pelo voto da maioria dos votos
dos colegas.
Diante
da desconstrução legal das pretensões futuras do alto comando do
executivo local, depreende-se que, no momento, o grande enxadrista joga
do outro lado do Buriti.
Agora, é só esperar o xeque-mate.
Fonte: Guardian Notícias - Por João Zisman
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