O programa NOTA LEGAL nasceu em 2009 com objetivo maior de aumentar a arrecadação tributária do DF e com isso diminuir a sonegação fiscal;
De modo inteligente buscou-se a parceria do contribuinte (apelido do pobre pagador de tributos), que ao adquirir um bem, exigiria a nota fiscal e com isso teria abatimento no IPVA e IPTU devido;
O
sucesso do programa levaria o Estado a ganhar aumentando sua
arrecadação, o contribuinte tendo desconto no pagamento de IPTU e IPVA, o
comerciante sério nada perderia, e só quem perderia seria o sonegador;
Com
este formato o programa logo se tornou um sucesso, mas com sua compulsão
natural para a incompetência, o governo atual tratou de liquidar o
programa: primeiro tratou de utilizar a máquina administrativa para
criar problemas para o cidadão, com constantes quedas no sistema, depois
perdeu dados e finalmente agora, o tiro de misericórdia ao anunciar a
redução do benefício ao contribuinte;
Ora, um programa desta natureza, em que se busca a parceria do cidadão, precisa que as partes, in casu
o cidadão e o governo, construam uma relação de confiança, relação esta
construída no início do programa, e a certeza de que as regras do jogo
não mudarão de forma abrupta e sem consenso;
Pois
foi exatamente isso que o atual governo fez, ou seja, dando vazão ao seu
notório instinto autoritário, o atual governo mudou a regra no meio do
jogo, retirou o estímulo maior do contribuinte de exigir a nota fiscal,
criou dificuldades burocráticas, e com isso minou a relação de confiança
indispensável a qualquer parceria.
E que
não se venha dizer que o cidadão deve sempre exigir nota fiscal, pois
quem deve exigir isso é o governo que dispõe de uma máquina
administrativa composta de profissionais muito bem pagos para cumprir
tal função.
Enfim, o
governo atual não se contenta mais em não fazer nada a favor da
população, agora ele já se atreve também a atrapalhar mais ainda a vida
do cidadão do DF.
*Raimundo Ribeiro é advogado e vice-presidente do PSDB/DF
Fonte: Guardian Notícias
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