Ministros do STF, porém, avaliam que revelações de operador do mensalão são manobra contra prisão
O advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, disse ontem que seu
cliente pleiteia o papel de réu colaborador e espera que os ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF) considerem essa hipótese nas decisões
finais do julgamento sobre o caso. Segundo Leonardo, Valério, condenado
por ser o operador do mensalão, reivindica os benefícios com base nas
informações que forneceu durante as investigações ainda em 2005. E, para
reforçar a imagem de que é mesmo um “colaborador”, prestou novo
depoimento na Procuradoria Geral da República em setembro. Leonardo não
nega que, no depoimento, Valério tenha mencionado o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e suposta chantagem em torno do assassinato do
ex-prefeito de Santo André Celso Daniel. ...
— Não confirmo e nem desconfirmo (sic) — disse Marcelo Leonardo, ao ser perguntado sobre as referências ao ex-presidente.
Ministros do STF consideram que as revelações de Valério servem de manobra para tentar se livrar da pena de prisão, imposta pela Corte no julgamento do mensalão. Ou, na pior das hipóteses, uma tentativa de tornar mais brando o cumprimento da pena. O depoimento do réu não terá utilidade alguma para o processo em análise. No entanto, se Valério conseguir ser incluído no serviço de proteção a testemunhas, poderá ficar em uma prisão especial ou em uma cela isolada para garantir sua integridade física. Ministros do STF concordam com o tratamento diferenciado desde que a manobra não o livre de ficar atrás das grades.
Em depoimento ao procurador-geral da República, em setembro, Valério teria dito, de acordo com a revista “Veja”, que, em 2003, emissários do PT lhe pediram dinheiro para pagar um empresário a fim de impedir que ele fizesse denúncias sobre suposto envolvimento de altos dirigentes do PT, entre eles o ex-presidente Lula, em irregularidades em contratos na prefeitura de Santo André (SP).
Lembrando que o pedido de tratamento diferenciado já constava nas alegações finais, o advogado argumenta que, em junho de 2005, Valério entregou à PGR a lista de parlamentares beneficiados com os repasses de recursos feitos por ele a pedido de Delúbio Soares. Valério também revelou os nomes dos bancos que fizeram empréstimos ao PT.
— Tudo isso assegura a ele (Valério) redução de pena — afirma o advogado.
Valério ainda pede que o STF classifique como crimes continuados as cinco condenações que recebeu por um mesmo tipo penal. Assim, quer reduzir a condenação de mais de 40 anos de prisão e pleitear o cumprimento da pena em regime semiaberto. (colaborou Carolina Brígido)
— Não confirmo e nem desconfirmo (sic) — disse Marcelo Leonardo, ao ser perguntado sobre as referências ao ex-presidente.
Ministros do STF consideram que as revelações de Valério servem de manobra para tentar se livrar da pena de prisão, imposta pela Corte no julgamento do mensalão. Ou, na pior das hipóteses, uma tentativa de tornar mais brando o cumprimento da pena. O depoimento do réu não terá utilidade alguma para o processo em análise. No entanto, se Valério conseguir ser incluído no serviço de proteção a testemunhas, poderá ficar em uma prisão especial ou em uma cela isolada para garantir sua integridade física. Ministros do STF concordam com o tratamento diferenciado desde que a manobra não o livre de ficar atrás das grades.
Em depoimento ao procurador-geral da República, em setembro, Valério teria dito, de acordo com a revista “Veja”, que, em 2003, emissários do PT lhe pediram dinheiro para pagar um empresário a fim de impedir que ele fizesse denúncias sobre suposto envolvimento de altos dirigentes do PT, entre eles o ex-presidente Lula, em irregularidades em contratos na prefeitura de Santo André (SP).
Lembrando que o pedido de tratamento diferenciado já constava nas alegações finais, o advogado argumenta que, em junho de 2005, Valério entregou à PGR a lista de parlamentares beneficiados com os repasses de recursos feitos por ele a pedido de Delúbio Soares. Valério também revelou os nomes dos bancos que fizeram empréstimos ao PT.
— Tudo isso assegura a ele (Valério) redução de pena — afirma o advogado.
Valério ainda pede que o STF classifique como crimes continuados as cinco condenações que recebeu por um mesmo tipo penal. Assim, quer reduzir a condenação de mais de 40 anos de prisão e pleitear o cumprimento da pena em regime semiaberto. (colaborou Carolina Brígido)
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