Pela primeira vez na história do País, um ex-ministro da Justiça acoberta o silêncio de um contraventor perante os holofotes de uma CPI. Márcio Thomaz Bastos joga sua força no caso Cachoeira e levanta polêmica sobre seu modo de atuar
ALCANCE POLÍTICO Nos últimos anos, Thomaz Bastos deu suporte jurídico ao ex-presidente Lula, à presidenta Dilma Rousseff e a integrantes do PT |
Na última semana, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos protagonizou dois episódios capazes de gerar sérias controvérsias no mundo político e jurídico do País.
Em um, exerceu pressão pública sobre o
Supremo Tribunal Federal. Em outro, o mais visível e polêmico deles,
colocou-se como um obstáculo para o trabalho que o Congresso Nacional
pretendia realizar.
Em ambos os casos, não praticou ilegalidades ao
contrapor-se a dois poderes da República.
Mas suas ações também não
podiam ser vistas como meros atos rotineiros de um advogado
criminalista.
As atitudes do ex-ministro da Justiça estavam imbuídas de
uma inegável e estrondosa conotação política.
Márcio Thomaz Bastos e a
maioria de seus clientes sabe que ele ainda é um homem poderoso, com
influência sobre partidos, parlamentares e tribunais.
Nos últimos anos,
ele foi conselheiro de dois presidentes da República e deu suporte
jurídico a vários integrantes da PT.
Além disso, teve papel decisivo na
nomeação de sete dos 11 atuais ministros do STF.
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Fonte: Revista IstoÉ - 26/05/2012
Blog do Edson Sombra
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