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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

ROBÉRIO ASSUME VAGA DE BENÍCIO TAVARES NA CÂMARA

Robério Negreiros, de gravata vermelha, toma posse como deputado da CLDF (Foto: Jamila Tavares / G1)O empresário Robério Negreiros tomou posse na tarde desta quinta-feira (5) como o mais novo deputado da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Ele assume a vaga de Benício Tavares (PMDB), que teve o mandato cassado pela Justiça eleitoral em abril do ano passado por compra de votos e abuso de poder econômico.
 
A defesa de Tavares chegou a recorrer da condenação, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou a perda do mandato e, nesta quarta (4), negou um pedido do distrital cassado para se manter no cargo.

Negreiros, que tem 32 anos, também é do PMDB e recebeu 9.256 votos. A família dele tem empresas na área de segurança e conservação e contratos com o GDF. Ele vai integrar a base do governo na Câmara, que atualmente engloba 21 dos 24 parlamentares da Casa.

Emocionado, o novo distrital chegou a chorar durante a leitura do juramento durante a cerimônia de posse. “Vou cumprir com todos os deveres não só de cidadão, agora com uma responsabilidade ainda maior de ser um representante da população do DF”, afirmou. Tavares era um dos deputados mais antigos da Câmara Legislativa do DF, estava na Casa desde 1990. Ele chegou a ocupar a presidência duas vezes. Com a decisão do TSE, ele está inelegível por oito anos.

De acordo com o processo do Tribunal Regional Eleitoral, em duas reuniões com cerca de mil funcionários de uma empresa de vigilância, em agosto de 2010, os empregados teriam sido obrigados a preencher fichas e indicar nomes de outras pessoas, sob suposta coerção, com a promessa de manutenção dos empregos em troca de votos.

O caso foi entendido pelo TRE como prova suficiente para caracterizar captação ilícita de votos. No recurso ao TSE, a defesa negou que tivesse havido distribuição de vantagens e aponta incoerências nos depoimentos que embasaram a decisão da Justiça Eleitoral no DF.

Defesa

A defesa de Benício Tavares alegou contradições nos depoimentos das testemunhas que serviram de base para a cassação no TSE. De acordo com a advogada do parlamentar, Gabriela Rollemberg, as reuniões – que supostamente teriam servido para coerção em troca de votos – foram convocadas para tratar de assuntos administrativos.

Em depoimentos, segundo a advogada, testemunhas deram versões diferentes sobre o pedido de apoio feito pelo dono da empresa de segurança à candidatura de Benício Tavares.

"Essa Corte tem sido pacífica no sentido de que prova contraditória não pode embasar cassação. Não há prova de promessa, não há prova do abuso; é inequívoco que não houve ameaça", afirmou a advogada Gabriela Rollemberg.

Fonte: Informações do G1.
Blog do Honorato - Da redação em 05/01/2012 19:27:49

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