Quem, de fato, derrubou Orlando Silva foi o petista Agnelo Queiroz, governador do Distrito Federal, um misto de Paulo Maluf com Josef Stálin do Chapadão!
Quando a ministra Carmen Lucia, do STF, determinou a abertura de inquérito contra Orlando Silva e solicitou que fosse juntada a investigação que corria contra Agnelo no STJ, o Planalto sentiu cheiro de carne torrada. “Epa!!!” A demissão de Silva retiraria a investigação do Supremo e a devolveria para o STJ, como queria o governador.
Ele suspirou aliviado, mas não por muito tempo. Vazamentos de gravações feitas pela Policia Civil do Distrito Federal o colocaram de novo no olho do furacão.
O PT vive o grande temor de que os métodos de Agnelo venham à luz em ano eleitoral. O partido sabe o que fez com José Roberto Arruda. Em uma reunião, a própria Dilma chegou a dizer que, caso a situação do governador se agrave, ele que renuncie. Mas o homem decidiu ir para a guerra.
Leiam Roberto Maltchikbr no Globo:
Após o vazamento de gravações feitas pela Policia Civil do Distrito Federal, que comprovam a ligação do governador Agnelo Queiroz com o PM João Dias Ferreira , 43 delegados-chefes e sete diretores da corporação foram exonerados. As demissões dos cargos de confiança se seguem à troca do comando da Polícia Civil, chefiada pela delegada Mailine Alvarenga até a revelação, na última terça-feira, das conversas entre o governador e o delator do suposto esquema de corrupção no Ministério do Esporte. O governo nega que as substituições ocorram em represália à divulgação dos diálogos e sustenta que serviram para “reafirmação de um comando em um momento de movimento grevista”.
Por meio de nota, a assessoria do Governo do Distrito Federal (GDF) afirma que a saída da ex-diretora também não está relacionada à divulgação dos vídeos. “Apesar de todo o esforço e compromisso da delegada Mailine, há grupos contaminados por forças políticas do passado, esses pequenos grupos ainda insistem em cometer desmandos, transformando o que deveriam ser investigações em fatos políticos, criando artificialmente denúncias”, diz.
A exoneração dos delegados em postos de chefia agravou ainda mais a crise entre o governo e a Polícia Civil, cujos agentes estão em greve desde o dia 27 de outubro. Os delegados, que querem aumento de 13%, também decidiram paralisar até a próxima quinta-feira. O presidente do Sindicato dos Delegados, Benito Tiezze, disse que está “rezando” para que a troca não tenha relação com a revelação das gravações.
“Ninguém no governo falou conosco sobre os motivos das exonerações. Nunca houve exonerações em massa de postos de chefia durante uma gestão. Isso só acontece quando troca o governo. Estou rezando para que isso não tenha relação com a revelação das gravações (do governador com João Dias). Juro que estou rezando, porque seria muito ruim” , afirmou Benito Tiezzi.
Nas gravações, feitas entre março e abril de 2010 e apresentadas pelo “DFTV”, da Rede Globo, João Dias pede ajuda a Agnelo para se defender do processo judicial aberto para investigar os desvios de recursos do programa Segundo Tempo, criado quando o atual governador era ministro do Esporte. À época da conversa, a União já tinha aberto processo administrativo para requerer do PM a devolução de R$ 3,5 milhões. Com intimidade, Agnelo chama João Dias de “meu mestre” e se dispõe a ajudar o grupo acusado de desviar dinheiro público.
Como no caso dos agentes, apenas 30% da categoria fará o atendimento ao público nos próximos dias. Nesta quinta-feira, os agentes chegaram a parar o trânsito em frente ao Palácio do Planalto, sob o argumento que cabe à presidente Dilma Rousseff assinar o reajuste da categoria. A assessoria do governador, por meio de nota, sustentou que a greve foi o estopim para a troca da diretora e das funções de confiança e disse que alguns delegados exonerados serão “reconfirmados” em outras funções de chefia.
“A mudança na corporação é no sentido de superar uma série de movimentos grevistas, como o de agora. Não pode ser interpretada como retaliação, pelo contrário, é um gesto até para preservar a ex-diretora Mailine Alvarenga. Não existe demissão em massa na Polícia Civil do Distrito Federal, tanto que hoje (quinta-feira) já foram nomeados 24 delegados. É natural que ocorram algumas reacomodações”.
Leiam Roberto Maltchikbr no Globo:
Após o vazamento de gravações feitas pela Policia Civil do Distrito Federal, que comprovam a ligação do governador Agnelo Queiroz com o PM João Dias Ferreira , 43 delegados-chefes e sete diretores da corporação foram exonerados. As demissões dos cargos de confiança se seguem à troca do comando da Polícia Civil, chefiada pela delegada Mailine Alvarenga até a revelação, na última terça-feira, das conversas entre o governador e o delator do suposto esquema de corrupção no Ministério do Esporte. O governo nega que as substituições ocorram em represália à divulgação dos diálogos e sustenta que serviram para “reafirmação de um comando em um momento de movimento grevista”.
Por meio de nota, a assessoria do Governo do Distrito Federal (GDF) afirma que a saída da ex-diretora também não está relacionada à divulgação dos vídeos. “Apesar de todo o esforço e compromisso da delegada Mailine, há grupos contaminados por forças políticas do passado, esses pequenos grupos ainda insistem em cometer desmandos, transformando o que deveriam ser investigações em fatos políticos, criando artificialmente denúncias”, diz.
A exoneração dos delegados em postos de chefia agravou ainda mais a crise entre o governo e a Polícia Civil, cujos agentes estão em greve desde o dia 27 de outubro. Os delegados, que querem aumento de 13%, também decidiram paralisar até a próxima quinta-feira. O presidente do Sindicato dos Delegados, Benito Tiezze, disse que está “rezando” para que a troca não tenha relação com a revelação das gravações.
“Ninguém no governo falou conosco sobre os motivos das exonerações. Nunca houve exonerações em massa de postos de chefia durante uma gestão. Isso só acontece quando troca o governo. Estou rezando para que isso não tenha relação com a revelação das gravações (do governador com João Dias). Juro que estou rezando, porque seria muito ruim” , afirmou Benito Tiezzi.
Nas gravações, feitas entre março e abril de 2010 e apresentadas pelo “DFTV”, da Rede Globo, João Dias pede ajuda a Agnelo para se defender do processo judicial aberto para investigar os desvios de recursos do programa Segundo Tempo, criado quando o atual governador era ministro do Esporte. À época da conversa, a União já tinha aberto processo administrativo para requerer do PM a devolução de R$ 3,5 milhões. Com intimidade, Agnelo chama João Dias de “meu mestre” e se dispõe a ajudar o grupo acusado de desviar dinheiro público.
Como no caso dos agentes, apenas 30% da categoria fará o atendimento ao público nos próximos dias. Nesta quinta-feira, os agentes chegaram a parar o trânsito em frente ao Palácio do Planalto, sob o argumento que cabe à presidente Dilma Rousseff assinar o reajuste da categoria. A assessoria do governador, por meio de nota, sustentou que a greve foi o estopim para a troca da diretora e das funções de confiança e disse que alguns delegados exonerados serão “reconfirmados” em outras funções de chefia.
“A mudança na corporação é no sentido de superar uma série de movimentos grevistas, como o de agora. Não pode ser interpretada como retaliação, pelo contrário, é um gesto até para preservar a ex-diretora Mailine Alvarenga. Não existe demissão em massa na Polícia Civil do Distrito Federal, tanto que hoje (quinta-feira) já foram nomeados 24 delegados. É natural que ocorram algumas reacomodações”.
Por Reinaldo Azevedo
Fonte: Veja.com
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