DINHO OURO PRETO |
Até bem pouco, para fazer uma síntese da política exigia-se meia dúzia de teorias, um lote de indagações transcendentais.
O PT é melhor que o PSDB? O socialismo ruiu mesmo junto com o Muro de Berlim? Há há vida depois do neoliberalismo?
Hoje, dois vocábulos, um nome e um sobrenome, bastam para produzir uma síntese irretorquível: José Sarney.
Ao pronunciar a senha no Rock in Rio, há uma semana, Dinho Ouro Preto ateou reação instantânea na plateia de 100 mil: ”Ei, Sarney, vai tomar no...”
Em entrevista à repórter Julia Duailibi, o vocalista da banda ‘Capital Inicial’, que tem raízes plantadas em Brasília, explicou-se.
Disse que, a caminho da modernidade, o Brasil convive com “formas muito arcaicas de fazer política.”
“Não é possível que o Brasil moderno possa coexistir com o Brasil desses coronéis e oligarcas neandertais”, afirmou.
O diabo é que, no Brasil, o possível está contido no impossível.
Sarney jacta-se de seus 50 anos de “vida pública”. Não notou que a longevidade tornou-o sinal dos tempos.
Fonte: Josias de Souza - FOLHA
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