Mino Pedrosa
Nesta 2ª feira, 3/10, numa sala fechada em Brasília aconteceu um encontro no mínimo inusitado. Os barões da Operação Caixa de Pandora, também conhecido como escândalo do Mensalão do DEM, estiveram frente a frente com seus acusadores. Parecia um ring de MMA: troca de olhares , caras de espanto. Os rostos, velhos conhecidos do noticiário político e policial. De um lado, os acusados: o ex-governador de Brasília, José Roberto Arruda, o ex-procurador do DF, Leonardo Bandarra e o ex- promotor da Justiça Militar do MPDF , Nísio Tostes. Do outro, os acusadores:
Durval Barbosa, ex-secretário de relações institucionais de Arruda que denunciou através de vídeos o esquema de pagamento de propinas no alto escalão do Governo do Distrito Federal, e o jornalista Edson Sombra, testemunha das acusações feitas por Durval. Completando o time, reunido para mais um passo nas investigações do processo que corre em segredo de justiça no DF, caciques do Direito Nacional: ministro Sepúlveda Pertence, advogado de Nisio Tostes, e Edson Smaniotto, advogado de Arruda.
Cada palavra dentro daquela sala tinha peso de ouro. Tudo era muito pensado, antes de ser proferido. Um passo em falso poderia levar alguém a ou livrar da cadeia.
Nesta segunda –feira foi decretado também o bloqueio de bens de alguns dos envolvidos na operação Caixa de Pandora:os ex-governadores Arruda e Joaquim Roriz; Domingos Lamoglia, ex-assessor de Arruda e conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Distrito Federal; o policial aposentado Marcelo Toledo Watson e Omézio Pontes, ex-assessor do ex-governador e o denunciante Durval Barbosa. A ação está amparada em três vídeos realizados por Durval, sendo o mais “famoso” o do ex-governador Arruda recebendo R$ 50 mil. Mas segundo juristas, a peça está muito frágil e o bloqueio dos bens pode cair nas próximas horas.
Durval reiterou todas as acusações feitas contra Arruda, Bandarra e Tostes. Edson Sombra também. Com estes depoimentos a Operação Caixa de Pandora continua andando no MPDF. Mas no MP Federal, as investigações estão paradas e o processo parece dormir na gaveta conforme revelou o Quidnovi semana passada em matéria exclusiva: Mansão na Península dos Ministros em Brasília hospeda aparelho repressor.
Fonte: Quid Novi Por Mino Pedrosa.
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