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sábado, 10 de setembro de 2011

MPDF E OS HD's "FURTADOS" - 'AGORA COMEÇA O TRABALHO'


Mino Pedrosa
 
Ministério Público do Distrito Federal entrou no caso do acerto de contas entre policiais e empresários que disputavam espaço no Governo do DF, que veio à tona, revelado pela revista Quidnovi, no final do mês passado. O assunto veio à baila depois de uma briga entre policiais, numa padaria no bairro do Sudoeste em Brasília. Foi em alguns depoimentos colhidos pelo NCOC – Núcleo de Combate às Organizações Criminosas que o MP chegou à seguinte história: João Dias Ferreira foi à residência do secretário de Saúde Rafael Barbosa e num escândalo reclamou a saída do diretor da Corretora do BRB Manoel Tavares, um grão mestre maçon membro a Loja Grande Oriente.
 
O secretário de Saúde telefonou para o presidente da CODEPLAN Miguel Lucena, e pediu para que recebesse João Dias que tudo estaria resolvido. Lucena fez o que o secretário pediu: marcou o encontro na Padaria do Sudoeste. Apareceram também para reunião o doleiro Fayed, o advogado Marcelo Toledo e Luiz Cláudio, amigo de Toledo. O que eles não contavam, é que o PM João Dias havia combinado com oficiais do 7º Batalhão, colocado todos de prontidão, para levar o caso à 3ª Delegacia de Polícia. Eram 08 viaturas à disposição do soldado conhecido como JD.
 
Tumulto feito, só agora os envolvidos começam a entender a trama montada por João Dias, Rafael Barbosa e Paulo Tadeu, secretário de Governo. João queria o caminho livre para operar junto à Corretora do BRB e outros setores do Governo Agnelo. A parceria entre Agnelo, Rafael, João Dias e Paulo Tadeu, que detém os cargos de todo o GDF, e é ligado a ONG Catavento, vem de longa data. O Quidnovi mostra em documento a estreita relação eles, desde a época do escândalo das ONGs, quando Agnelo era ministro dos Esportes.
 
A Revista Época, em reportagem de Marcelo Rocha, em sua edição de 28 de maio de 2010, retrata o envolvimento do soldado João Dias com o governador Agnelo Queiroz e Rafael Barbosa no escândalo das ONGs no Ministério dos Esportes. A partir desse episódio, em que João Dias foi preso, o soldado passou a ter mais poder junto ao Governador do DF e se gaba de ser violento. Só que desta vez, esbarrou numa parede: Toledo e seus amigos que, com certeza, não vão deixar barato. 
 
Após o tumulto no Sudoeste, João Dias chegou a exigir do delegado Onofre de Moraes uma ocorrência por extorsão e para conseguir seu intento envolveu até o nome do governador. O delegado, então, disse a João Dias, que sem a presença da vitima não seria possível fazer o BO.
 
O PM não conseguiu o resultado que Rafael Barbosa pretendia. Enquanto João Dias tentava registrar a ocorrência, Rafael telefonou para Lucena, que já estava em casa, pedindo que ele fosse a delegacia apoiar João Dias para registrar o BO. Mas Lucena percebeu a armadilha que Rafael e João Dias estavam preparando e permaneceu em casa. 
 
Há um fato novo que chamou a atenção do MP: as imagens colhidas pelo NCOC, inclusive um HD que foi retirado do condomínio, onde a briga aconteceu, e reclamado pela síndica como se tivesse sido furtado. O NCOC tem em suas mãos todos os HDs, inclusive das lojas ao redor do condomínio ao redor da padaria na quadra 103 do Sudoeste. Agora o MP está chamando todos os envolvidos para prestar depoimento.


Fonte: Quid Novi por Mino Pedrosa.

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