Tenho me batido aqui neste blog, dentre outros temas, contra o uso da máquina pública para fins de propaganda com finalidade da divulgação de caráter pessoal. Já flagrei material com estas características na Administração Regional do Cruzeiro, da Ceilândia e do Park Way. Mas percebo agora – alertado por uma leitora do meu blog – que o mau exemplo vem de cima, vem do próprio governador Agnelo Queiroz.
Entrei, na data de hoje, na página da Agência Brasília, e de quatro fotos estampadas, três traziam a imagem em destaque do governador Agnelo Queiroz. Dos quatro textos em destaque, três começavam com o nome Agnelo Queiroz (veja o fac símile). Segundo o informe da minha leitora, esta é a rotina diária da Agência Brasília.
Nossa Constituição Federal e nossa Lei Orgânica do Distrito Federal são categóricas em proibir tal tipo de divulgação, que contenha elementos de caráter pessoal, tal como fotos, marcas e a sistemática e contínua citação da autoridade pública.
Mais uma vez, trago aqui o teor da nossa Carta Magna:
Art. 37.- § 1º – A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
A Agência Brasília, estrutura de divulgação da Secretaria de Comunicação do GDF, pasta ligada diretamente ao gabinete do governador Agnelo, ignora as normas legais e disponibiliza repetidamente na página web do órgão fotos do governador Agnelo – fotos do que chamamos em Jornalismo “boneco”, ou seja onde a objetiva está centrada numa única pessoa. No caso, ele. Os textos também trazem em destaque a pessoa do governador em detrimento do fato noticioso.
A promoção da pessoa de Agnelo Queiroz se repete nos meios de divulgação de diversos órgãos da estrutura do GDF. É o caso da administração da Ceilândia, em sua página no Facebook. Trago dois flagrantes:
Entrei, na data de hoje, na página da Agência Brasília, e de quatro fotos estampadas, três traziam a imagem em destaque do governador Agnelo Queiroz. Dos quatro textos em destaque, três começavam com o nome Agnelo Queiroz (veja o fac símile). Segundo o informe da minha leitora, esta é a rotina diária da Agência Brasília.
Nossa Constituição Federal e nossa Lei Orgânica do Distrito Federal são categóricas em proibir tal tipo de divulgação, que contenha elementos de caráter pessoal, tal como fotos, marcas e a sistemática e contínua citação da autoridade pública.
Mais uma vez, trago aqui o teor da nossa Carta Magna:
Art. 37.- § 1º – A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
A Agência Brasília, estrutura de divulgação da Secretaria de Comunicação do GDF, pasta ligada diretamente ao gabinete do governador Agnelo, ignora as normas legais e disponibiliza repetidamente na página web do órgão fotos do governador Agnelo – fotos do que chamamos em Jornalismo “boneco”, ou seja onde a objetiva está centrada numa única pessoa. No caso, ele. Os textos também trazem em destaque a pessoa do governador em detrimento do fato noticioso.
A promoção da pessoa de Agnelo Queiroz se repete nos meios de divulgação de diversos órgãos da estrutura do GDF. É o caso da administração da Ceilândia, em sua página no Facebook. Trago dois flagrantes:
No FB da Ascom Ceilândia, 16, das 26 fotos, destacam Agnelo.
Na divulgação da retomada das obras do Terminal de Ônibus do Setor O, a página do Facebook da administração - vide fac símile – disponibiliza 26 fotos. Em 16, Agnelo Queiroz está em destaque. Em outras aparecem,igualmente de forma irregular, o vice-governador Tadeu Filippelli, o diretor do DF-Trans – e ex-candidato a deputado federal – Marco Antônio Campanela, dentre outras autoridades.
Ainda no Facebook da Ascom Ceilândia, é possível constatar na data de hoje mais três fotos de Agnelo na cerimônia de comemoração dos 30 anos do Hospital da
Também na visita ao HRC, o foco da divulgação é Agnelo e não a realidade do hospital.
Ceilândia. Sobre os protestos que pacientes fizeram, cobrando melhorias na saúde, nenhuma linha, nem foto.
Como profissional de Comunicação há mais de 30 anos e já tendo atuado em estruturas de Comunicação Social tanto do governo federal quanto do GDF sei perfeitamente que o que interessa ao cidadão é o fato e não a pessoa. Mais importante é que a comunidade ganhou uma ponte, uma rua, uma escola e não que o governador inaugurou uma ponte, uma rua, uma escola.
A constituição brasileira fala acertadamente em caráter educativo, informativo ou de orientação social, mas o GDF opta pela promoção pessoal.
Os constituintes tiveram a preocupação em dar um basta no uso de verbas públicas para a promoção pessoal, rotina que favorecia eleitoralmente quem estava no poder em detrimento dos que estavam fora. Mas o GDF prefere ignorar isso.
As perguntas que faço aqui são as seguintes?
Ainda no Facebook da Ascom Ceilândia, é possível constatar na data de hoje mais três fotos de Agnelo na cerimônia de comemoração dos 30 anos do Hospital da
Também na visita ao HRC, o foco da divulgação é Agnelo e não a realidade do hospital.
Ceilândia. Sobre os protestos que pacientes fizeram, cobrando melhorias na saúde, nenhuma linha, nem foto.
Como profissional de Comunicação há mais de 30 anos e já tendo atuado em estruturas de Comunicação Social tanto do governo federal quanto do GDF sei perfeitamente que o que interessa ao cidadão é o fato e não a pessoa. Mais importante é que a comunidade ganhou uma ponte, uma rua, uma escola e não que o governador inaugurou uma ponte, uma rua, uma escola.
A constituição brasileira fala acertadamente em caráter educativo, informativo ou de orientação social, mas o GDF opta pela promoção pessoal.
Os constituintes tiveram a preocupação em dar um basta no uso de verbas públicas para a promoção pessoal, rotina que favorecia eleitoralmente quem estava no poder em detrimento dos que estavam fora. Mas o GDF prefere ignorar isso.
As perguntas que faço aqui são as seguintes?
- Até quando a estrutura de Comunicação Social do GDF, incluindo as das administrações regionais, vai continuar a desrespeitar a lei?
- Até quando o Ministério Público vai esperar ara tomar uma iniciativa e coibir este comportamento e fazer com que os recursos públicos utilizados em promoção pessoal sejam devolvidos ao erário?
- Até quando a Câmara Legislativa do DF vai esperar para cumprir seu papel de fiscal do Executivo?
Fonte: Blog Brasília por Chico Sant"ana
Blog do Odir Ribeiro - Rádio Corredor
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