O líder do governo na Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado Raimundo Ribeiro (PSDB),
anunciou no começo da sessão ordinária desta terça-feira (10) a
retirada de pauta dos itens que tratam do aumento do Imposto sobre
Propriedade Territorial Urbana (IPTU) e da Taxa de Limpeza Pública
(TLP), bem como da isenção do Imposto sobre Propriedade de Veículos
Automotores (IPVA) para carros zero e, ainda, do que trata do leilão das
dívidas do GDF. Os itens fazem parte do chamado Pacto por Brasília,
conjunto de medidas encaminhas pelo governo à Câmara Legislativa para
resolver os problemas financeiros do governo.
De
acordo com o líder, a retirada atende ao clamor da sociedade e facilita
a aprovação dos demais itens do Pacto. Raimundo Ribeiro justificou que a
retirada é para aumentar a discussão com a sociedade antes da retomada
da votação. “As medidas são necessárias para restaurar a saúde
financeira, que é muito grave”, explicou.
Pela
manhã, durante apreciação nas comissões de Economia, Orçamento e
Finanças (CEOF) e de Constituição e Justiça (CCJ), os deputados já
haviam optado pela retirada destes pontos dos projetos encaminhados pelo
Executivo.
Os
demais pontos do Pacto devem ser apreciados pelos distritais ainda na
tarde desta terça-feira. Entre eles estão os aumentos das alíquotas do
IPVA de 3% para 3,5% para carros, e, de 2% para 2,5% para motos. Sobem
também as alíquotas do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis
(ITBI), de 2% para 3%; do ICMS da gasolina, de 25% para 28% e do diesel,
de 12% para 15%. No caso do ICMS do etanol, a proposta reduz a alíquota
de 25% para 19%, com a intenção de incentivar o uso do combustível
produzido a partir da cana-de-açúcar.
O
deputado Wellington Luiz (PMDB) pediu mais tranquilidade na análise dos
projetos do Pacto. Para ele, não há necessidade de pressa para votar as
matérias, já que os reajustes só entram em vigor no próximo ano. Já o
líder do PT, deputado Chico Vigilante, disse que essas mesmas propostas
foram sugeridas pelos técnicos da Secretaria de Fazenda ao ex-governador
Agnelo Queiroz, mas não foram adiante porque prejudicariam setores da
sociedade.
O
deputado Agaciel Maia (PTC) esclareceu que alguns pontos precisam
obrigatoriamente ser desmembrados dos projetos enviados à Câmara, pois
exigem maioria qualificada de 16 votos para aprovação.
Alguns
deputados ainda resistem à aprovação de aumentos de impostos e insistem
na apreciação apenas do projeto que trata da chamada Antecipação de
Receita Orçamentária (ARO), no valor de R$ 400 milhões, que garantiria o
pagamento dos salários atrasados de servidores das áreas de educação e
saúde.
Fonte: Notibras - Luís Cláudio Alves.
Nenhum comentário:
Postar um comentário