O processo nº 2014.01.1.170215-4 passou a tramitar nesta segunda (3) e já foram expedidos os mandados de intimação para oitivas
O deputado Alírio Neto – Ação do MP e alvo da Justiça.
O deputado distrital Alírio Neto, ex-presidente da Câmara Legislativa
do Distrito Federal, e o presidente da OAB seccional DF, Ibaneis Rocha,
viraram réus na 5ª Vara de Fazenda Pública em ação civil por denúncia do
Ministério Público. A procuradora Roberta Maria Rangel, mulher do
ministro do STF Antonio Dias Toffoli, também é citada na ação que pede
reembolso de R$ 24,9 milhões aos cofres públicos.
A ação foi movida pela 4ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio
Público e Social do MP do DF e Territórios. Nela, os promotores Fábio
Macedo Nascimento, Alexandre Fernandes Gonçalves e Cláudio João Medeiros
Freire pedem a “reparação de danos causados ao patrimônio público da
Câmara Legislativa do DF''.
Em suma, o MP viu irregularidades no pagamento de juros e correção
monetária a “centenas de servidores, ex-servidores e pensionistas'' ,
referentes a perdas salariais na conversão do URV para o Real em 1994. A
Câmara Distrital desembolsou pagamentos em 2008 aos servidores após
pleito da Associação dos Servidores da Câmara – a ASSECAM.
À época, Alírio Neto era presidente da Câmara, assessorado pela
procuradora Roberta Rangel e equipe, e Ibaneis Rocha era advogado de
defesa da ASSECAM.
Segundo a denúncia do MP, Alírio Neto, “juntamente com a equipe que lhe
prestava auxílio, entendeu por reconhecer dívida de forma notoriamente
equivocada, por meio dos processos administrativos nº 001-000.225/2008 e
001-000.493/2008, vindo assim a permitir a realização de despesas não
legalmente autorizadas''.
Em valores corrigidos, o MP requer hoje o reembolso aos cofres do Poder Legislativo de e R$ 24.936.433,32 .
A ação civil pública, acolhida pela Justiça, estipula a devolução de R$
21.628.275,39 por parte de Alírio, Roberta Rangel e outros três
servidores citados na ação. O MP requer de Ibaneis R$ 3.308.157,93 por
honorários advocatícios recebidos na causa.
DEFESA
O presidente da OAB/DF, Ibaneis Rocha, informou através de sua assessoria que não se pronunciará sobre o caso.
Procurado, o deputado Alírio Neto informou à Coluna que o processo
específico do pagamento supracitado foi aprovado pelo Tribunal de Contas
do DF. “O STF e o MP também fizeram o mesmo (pagamento de correção,
segundo o parlamentar). Então vou arrolar o MP da União como testemunha
para meu caso'', diz.
A procuradora Roberta Rangel, que à ocasião do pagamento era assistente da Mesa Diretora, não foi localizada por ora.
A defesa dos envolvidos ainda alega que no próprio site do TCDF há um parecer do MP a favor do pagamento.
Fonte: Coluna Esplanada por Leandro Mazzini.
Nenhum comentário:
Postar um comentário