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terça-feira, 19 de agosto de 2014

PT e PSDB consideram o 2º turno inevitável


Os 21% de intenção de votos dados a Marina Silva (PSB) na primeira pesquisa Datafolha que incluiu seu nome após a morte de Eduardo Campos deram a PT e PSDB a certeza de que um segundo turno é inevitável. Se com Campos, que patinava em 8% nas pesquisas, ainda havia a esperança, principalmente da parte da campanha da presidente Dilma Rousseff, de que a eleição presidencial se resolvesse no primeiro turno, agora ninguém mais acredita na hipótese. A entrada de Marina na disputa joga pressão sobre as duas candidaturas. No caso de Aécio Neves, aumenta o risco de ele não chegar ao segundo turno. No caso de Dilma, Marina aparece à frente dela, ainda que dentro da margem de erro, na simulação de segundo turno.

Ao visitar ontem de manhã a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro Santa Marta, na Zona Sul do Rio, acompanhado do secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, o candidato tucano, Aécio Neves, disse que a pesquisa Datafolha, que o colocou em situação de empate técnico com Marina, mostra que o segundo turno é uma certeza.

- Acho que o que ficou claro nas pesquisas, e eu já antevia isso, é que teremos segundo turno. O segundo turno era uma perspectiva cada vez mais provável. Hoje é uma certeza - disse o tucano.

No levantamento, Aécio aparece com 20% das intenções de voto contra 21% de Marina. A presidente Dilma Rousseff (PT) tem 36%. O presidenciável negou que Marina seja sua maior adversária:

- Não. De forma alguma. A nossa proposta é de oposição ao governo que está aí. Temos um projeto para o Brasil, de gestão eficiente, de ousadia do ponto de vista da retomada do crescimento, de avanço nos nossos indicadores sociais.

Aliados de Aécio dizem que ele não vai atacar Marina, mas lembram que ela tem pontos questionáveis, como sua posição sobre o agronegócio. Os tucanos se apressam em dizer que Aécio não tem sua ida ao segundo turno ameaçada por Marina porque, segundo a pesquisa, ela não tirou votos dele, mas conquistou os que votariam em branco ou nulo.

Pelo lado petista, a preocupação com o fortalecimento de Marina é que havia preferência em polarizar com os tucanos, fazendo a comparação entre os governos de Lula e Dilma com os de Fernando Henrique Cardoso. No Palácio do Planalto é consenso a necessidade de mudar a estratégia da campanha.

- O primeiro adversário de Marina é o Aécio. O PSDB acendeu a luz vermelha e nós, a amarela - afirmou o senador Jorge Viana (PT/AC).

Apesar de receosos, os petistas minimizam o potencial de Marina, afirmando que a pesquisa foi feita no auge da comoção com a morte trágica de Campos e, passados alguns dias, a tendência, segundo eles, é que a ex-senadora desidrate um pouco. De qualquer forma, o segundo turno é dado como favas contadas.

No Palácio do Planalto, interlocutores de Dilma afirmam que o pilar da campanha continuará sendo mostrar o que Lula e Dilma fizeram nos 12 anos em que estiveram no poder.

Fonte: EBC / O Globo.

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