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domingo, 27 de julho de 2014

Do Alto da Torre 'José Roberto Arruda'


Assistência psicológica

Caminhando em campanha pelo Araponga, o ex-governador José Roberto Arruda (foto) foi abordado por um sargento da Polícia Militar. Queria fazer uma sugestão. Achava que o governo deveria criar em todos os quartéis do Distrito Federal um serviço de atendimento de emergência aos policiais. Não se trataria apenas de assistência médica, mas principalmente de amparo psicológico. Quando o policial sofrer um acidente, se envolver em confronto, for levado a disparar um tiro, sofrer pressão, ou seja, em casos fora do padrão, poderia receber ajuda psicológica. Arruda adorou a ideia. Mandou incorporá-la imediatamente a seu programa de governo.

Com o sonho de consumo

Ser presidente de partido tem lá suas vantagens. O deputado Roberto Policarpo concorrerá à reeleição com o mais cobiçado número do partido, o 1313. Na eleição passada, o número ficou com o mais antigo integrante da bancada, Geraldo Magela, que o deixou vago ao disputar o Senado. A propósito, o lançamento formal da candidatura de Policarpo ocorre hoje, com direito a presença do governador Agnelo Queiroz.

Nada de caminhadas

Ganha uma caixa de bombons Sonho de Valsa quem encontrar o vice-governador Tadeu Filippelli em uma visita, caminhada ou comício da campanha pela reeleição. Filippelli chegou a confirmar presença nas ações dos dois últimos dias. Não apareceu.

Militâncias à beira de um ataque de nervos

À espera da passeata que o governador Agnelo Queiroz faria em Sobradinho, enfrentaram-se as militâncias dos candidatos a distrital Doutor Michel, do PP, e Ricardo Vale, do PT. Embora pertençam à mesma coligação, a PP/PT, os dois disputam voto a voto o eleitorado da cidade, reduto de ambos. Com faixas, bandeiras e muita gritaria, as duas militâncias gritavam slogans, trocavam provocações e vaiavam uma à outra. Tudo, diga-se de passagem, de forma muito civilizada, sem violências ou confrontos. Até que Agnelo chegou. A turma de Ricardo Vale acompanhou o governador. A de Doutor Michel foi-se embora.

Chance perdida de calar a boca

Prevalece no comitê de campanha do senador Rodrigo Rollemberg a sensação de que a turma da ex-ministra Marina Silva perdeu uma ótima oportunidade de calar o bico. Pegou mal, mas muito mal mesmo a divulgação, pela Rede, do nome dos quatro candidatos a senador comprometidos com seus militantes. Entre eles estão Heloísa Helena, do PSOL, e o brasiliense José Antônio Reguffe, do PDT. Fica no ar a ideia de que, caso eleitos, deixarão suas legendas originais e correrão para a Rede assim que ela consiga formalizar sua criação como partido. Por isso mesmo pode virar pretexto para medidas dos próprios partidos contra suas candidaturas.

Pela soltura dos vândalos

A propósito, a Rede brasiliense divulgou ontem uma nota em que condena “prisões arbitrárias” e em que avisa: “não podemos tolerar retrocessos ou cerceamento de direitos democráticos históricos, como da liberdade de manifestação”. Ao mesmo tempo, critica “os atos inconsequentes de depredação do patrimônio público que afastam os cidadãos das ruas”. A confusão permite supor que a Rede espera que não se prendam os vândalos e que, por uma súbita inspiração divina, eles deixem de depredar e agredir.

Faroeste caboclo 1

Criou-se um clima de faroeste no Taquari. Seu ponto mais visível é o roubo a residências. Só na última terça-feira foram oito assaltos a casas, todos eles com bandidos armados que fizeram os moradores de reféns e levaram tudo o que conseguiram carregar. Existem rondas policiais, mas os criminosos escondem-se em matagais, inclusive no que seria a praça central do bairro. A coisa está tão grave que os moradores estão se organizando em grupos para se ajudarem em ações preventivas e para trocar informações.

Faroeste caboclo 2

Um dos pontos críticos é a via que liga o Taquari ao Varjão, eventualmente usada para chegar-se ao Lago Norte ou ao Paranoá. Esburacada e cheia de curvas, o que exige baixa velocidade, a pista se tornou o paraíso de assaltantes, que atacam de moto.

Retorno após 16 anos

Morador de Brasília por longo tempo, após dois mandatos por Roraima — o último terminou em 1998 e não foi mais reeleito — retornou ao plenário o ex-senador Odacir Soares. Chegou até a discursar, embora o Congresso esteja em pleno recesso branco. Havia três senadores no plenário. Após cumprir seus mandatos pelo DEM, está agora no PP e, como registrou na tribuna, Odacir Soares substitui o presidente regional do partido, Ivo Cassol, que se licenciou para participar da campanha no estado. Odacir é o segundo suplente.

Toda a família

Ivo Cassol tem bons motivos para se esforçar na campanha. A candidata a governadora do PP, embora registrada pelo PR, é Jaqueline Cassol, sua irmã. Quem disputa o Senado pelo partido é Ivone Mezzomo Cassol, mulher de Ivo. O próprio senador foi cassado pelo Supremo Tribunal Federal após ser considerado culpado do crime de fraude a licitações ocorridas quando ele foi prefeito. Continua no mandato — que em tese vai até 2019 — porque o Senado ainda não procedeu a seu julgamento.

Fonte: Informações Eduardo Britto, Do Alto da Torre - Jornal de Brasília.

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