A disputa entre os candidatos das duas maiores coligações que concorrem
ao Governo do Distrito Federal (GDF) promete acirramento também no
campo da lei.
A tentativa de impugnação da candidatura do ex-governador José Roberto
Arruda (PR) vai pautar a campanha até o seu fim. Aliados do governador e
candidato à reeleição Agnelo Queiroz (PT) acreditam que sem Arruda na
disputa o caminho pode ficar mais fácil. E o PT não vai precisar nem dá a
cara a tapa para entrar com uma ação contra Arruda. Pelo menos por
enquanto. O PSol, do candidato Antônio Carlos de Andrade, o Toninho, se
encarrega de fazer isso, tentando tirar uma lasca. Faz o jogo do PT e
ainda ganha holofotes.
Medo de competição
Em 2010, com a saída de Joaquim Roriz da disputa, foi o PSol quem mais
cresceu. Teve a sua melhor votação e chegou em terceiro. O candidato era
o mesmo Toninho. Alcançou cerca de 15% do votos. Aposta na mesma tática
para repetir a façanha da eleição passada.
Mais candidatos
A diferença da eleição deste ano é o maior número de candidatos
competitivos. Em 2010 eram apenas Agnelo e Joaquim Roriz (depois
Weslian). Corriam por fora Toninho e Eduardo Brandão (PV), que acabou
secretário de Meio Ambiente do governo Agnelo.
Rodrigo e Pitiman
Nas eleições deste ano disputam ainda o Buriti o candidato do PSDB,
deputado Luiz Pitiman, e o do PSB, senador Rodrigo Rollemberg. Os dois
possuem candidatos competitivos à Presidência da República. Pitiman está
com Aécio Neves. Rollemberg com Eduardo Campos.
Dilma
A campanha nacional pode influenciar a local. Aécio lidera as pesquisa
no Distrito Federal e pode ajudar Pitiman a ganhar votos e subir nas
pesquisas. Rollemberg tem em Marina Silva, vice de Campos, uma aposta
para crescer. Marina foi a mais votada em 2010 no DF para presidente.
Dilma vai mal e não deve ajudar Agnelo.
O que é impugnar
Impugnar é contestar, questionar. No contexto eleitoral, impugnar o
registro de uma candidatura significa contestar a validade dela conforme
a lei. Impugnação do registro de candidatura pode ser propostas pelo
Ministério Público Eleitoral, por coligações, partidos e candidatos.
TRE julga
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) recebe e julga as ações. A partir
da notificação pelo TRE, os impugnados têm sete dias para apresentar
defesa. Pelo calendário eleitoral, o tribunal precisa julgar todas as
impugnações até 12 de agosto. Se condenados, os candidatos podem
recorrer ao TSE.
Fonte: Blog do CALLADO - Coluna Coletivo Político publicada na edição de 15 de julho de 2014, no Jornal Coletivo.
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