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terça-feira, 17 de junho de 2014

Eleições 2014: Os dilemas de Rodrigo Rollemberg agora candidato ao Buriti


Nesse último final de semana ocorreu a convenção do PSB/DF, que lançou como pré-candidato Palácio do Buriti, o senador Rodrigo Rollemberg. O evento teve as ilustres presenças dos presidenciáveis Eduardo Campos e Marina Silva. O acontecimento não foi muito badalado devido a Copa do Mundo, que toma conta do noticiário. O nome do senador Rodrigo Rollemberg vem cheio de interrogações. O senador teria a capacidade de aglutinar as forças de oposição em torno de seu projeto? O PSB teria o fôlego suficiente para enfrentar a “tropa de choque” do Palácio do Buriti? A legenda achará um vice competitivo?

Essas são algumas perguntas que até agora estão sem resposta. A verdade é que Rollemberg é o típico político que espera tudo cair em seu colo e em muitos casos conta com a sorte. Lá vai um exemplo: o mandato de senador só foi conseguido graças a campanha vitoriosa de Agnelo Queiroz. Em 2010, as eleições foram ganhas mais por falta de adversários do que por outra coisa.

Se hoje Rollemberg é senador, agradeça “de pés juntos” ao governador Agnelo e a indecisão de Geraldo Magela, que na época demorou a se decidir e ficou “a ver navios”. E assim a vaga no senado caiu sem muito esforço “em seu colo”.

Voltamos aos dias de hoje. A candidatura de Rollemberg não empolga, seu discurso é morno e enfadonho. Muito pouco para quem quer ser uma boa alternativa ao eleitorado. As suas inserções no rádio e TV mostram bem isso. Uma de suas bandeiras é a ética. Só que a ética deveria ser obrigação e não virtude. Não é mesmo?

Vamos aos números: nas pesquisas, seu nome não empolga já que perde para o governador Agnelo Queiroz, que está em franca recuperação. Isso é o sintoma de que o eleitorado do DF até agora não confia em suas pretensões.

E mais: O PSB, junto com o PDT, não tem militância, não tem penetração alguma nas cidades-satélites. Tanto que o próprio José Antônio 'Reguffe' teria acertado com a sua assessoria iniciar visitas nessas regiões administrativas. Os petistas, arrudistas e rorizistas, sim, tem capilaridades nessas localidades. A legenda corre o enorme risco de não eleger nenhum distrital e muito menos federal. Já que o PDT, o partido com quem está coligado, tem os fortíssimos distritais, Celina Leão e Joe Valle. A aliança com Reguffe trouxe esse prejuízo para o partido do senador. Além de, pelo menos até o momento, não ter acrescentado em nada.

Como chegar ao poder sem militância e a força de outras legendas? Essas perguntas Rollemberg terá que responder aos seus correligionários, imediatamente, como maneira de torná-lo um candidato em plena disputa e com chances. Mais uma coisa, o pré-candidato ao Senado, José Reguffe vai conseguir transferir votos para Rollemberg?

Mais um dado - No DF ainda temos o maior número de indecisos, cerca de 70%. Será que esses indecisos ainda aguardam respostas do senador Rollemberg às indagações que este texto sugere? Será que esse eleitor terá as respostas de maneira satisfatória que o faça decidir pelo RR? Será que o discurso da ética como bandeira política, e não como obrigação de cada um de nós, adotado por RR para chegar ao Senado, e agora repetido por Reguffe, servirá como pano de fundo para mais uma conquista de RR?

Eu acho que o eleitorado de Brasília não é tão bobo como muitos imaginam, e os números mostram que o senador não é visto como nome ideal para derrotar o governador Agnelo Queiroz, que um dia lhe proporcionou um mandato de senador.

Está dada a largada para Rodrigo Rollemberg.

Fonte: Por Odir Ribeiro.

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