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terça-feira, 4 de março de 2014

Quem paga as contas de um blogueiro?

Blogs e sites, que são empresas, devem cobrar por serviços prestados, por Eldo Gomes 

Na era do empreendedorismo digital e do novo jornalismo, que surge com a escassez de vagas nas redações cada vez mais enxutas. O profissional de comunicação que mergulha na produção de conteúdo independente e na massificação do seu trabalho através das redes sociais, precisa tabelar os serviços prestados.

Os serviços prestados em canais de comunicação independente (sites, blogs e portais) devem ser precificados e bem elaborados. Seja a tradicional mídia de banners, o marketing de conteúdo (tendência na era dos links patrocinados), nas coberturas patrocinadas (há um custo de gasolina, fotógrafo, honorários de comunicação e edição), nas matérias patrocinadas (conteúdo do cliente, pronto) e também nas campanhas de ‘testei’, que foi um fenômeno no ‘boom’ dos blogs amadores de 2010.

Atualmente, com o exorcismo de ‘campanhas adds’ feita em google, facebook, etc, muitos saíram dos 2 mil para os 200 mil fãs/seguidores. Então, o retorno de campanhas veiculadas nas redes sociais de determinados personagens podem ser efetivamente volúveis e o retorno é muitas vezes imediato. Porém, a confiabilidade do produto ainda está na referência que um comunicador digital, com público assíduo e fiel, ainda ‘recomenda’ e pede pro seus afiliados/seguidores comprarem determinada ideia.

O jornalismo de blogs está fadado ao fim e pode ter um ‘banho de enxurrada’ da grande mídia, que o tempo inteiro compra blogueiros, cria novos sites, portais e estruturas digitais de conteúdo cada vez mais elaboradas com o objetivo de dominar também a internet. Mas, na rede tudo é possível e um anônimo pode se tornar uma ‘web celebridade’ da noite pro dia, como o caso da jovem brasiliense ‘Amanda Valverde’, que estourou no carnaval 2014 cantando a música ‘resposta do Lepo, lepo’ e atingiu mais de 3 milhões de visualizações em menos de um mês. Se tivesse uma e-commerce por trás deste talento do youtube poderiam converter todo esse resultado em dinheiro.

O mercado de blogs, sites, youtubers, vlogs e produtores de conteúdo para plataformas digitais está em um momento de transição. É possível visualizar o que será das redes em 2020? Se começarmos a analisar como será a evolução desta comunicação, séria e que pede cada vez mais recursos audiovisuais e interativos, observamos uma sede de inovação continua dos internautas.

Por isso, aproveitem a era da ‘sociedade dos cabeças baixa’ e venda. Venda publicidade, serviços, marketing de relacionamento, palestras e fature dinheiro com seu site/blog de forma ética e justa. Afinal, quem produz conteúdo na rede faz porque gosta e diferente de um grande veículo, que manda um ‘repórter em determinado evento’, de parceiro ou de assessoria de imprensa que fez um bom ‘follow’ os produtores de conteúdo independente não tem equipe grande, um enorme departamento comercial e muito menos grandes apoiadores para fazer graça pra empresário que não investe em sites.

Fonte: Acontece Agência - aconteceagenciadf@gmail.com

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