Submetido a um Waterloo legislativo na noite de terça-feira (12), Dilma Rousseff decidiu promover um recuo tático de sua infantaria na Câmara dos Deputados. Dois ministros petistas – Aloizio Mercadante (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça) — rogaram ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, que retirasse da pauta de votações desta quarta (13) o projeto do marco civil da internet. Fizeram isso porque o governo estava diante de uma nova derrota anunciada.
Após consultar os líderes partidários, Henrique Alves informou aos ministros que o embate será transferido para a semana que vem. Chegou-se a essa decisão porque o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), também decidiu recuar suas tropas, que o destacamento peemedebista e também a soldadesca do ‘blocão’. Porém, o propósito de Eduardo Cunha, o deputado que Dilma prometera “isolar”, é diferente das intenções de Mercadante e Cardozo.
Isso ficou muito claro num rápido diálogo que o líder do PMDB manteve na hora do almoço. Um parlamentar perguntou a Eduardo Cunha se a proposta do marco civil da internet seria votada na sessão desta quarta. E o desafeto de Dilma, sem meias palavras: “Não, não. Já tivemos as manchetes dos jornais de hoje. Vamos deixar o governo sangrando por mais uma semana. E na quarta-feira da semana que vem a gente ocupa as manchetes de novo.”
Antes, Eduardo Cunha cuidou de providenciar as manchetes do jornais de amanhã. Elas estão materializadas no noticiário online. Em aliança com a oposição, o PMDB e os governistas do blocão aprovaram requerimentos que levarão dez autoridades a se explicar em comissões da Câmara: nove ministros e a presidente da Petrobras, Graça Foster.
Fonte: Blog do Josias - UOL.
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