Arruda e Roriz se reaproximaram para enfrentar Agnelo Queiroz na disputa ao Palácio do Buriti. Entre idas e vindas, os dois ex-governadores resolveram deixar as mágoas e os desgastes de lado para formar uma chapa única.
As eleições majoritárias do Distrito Federal terão personagens que são velhos conhecidos dos eleitores brasilienses. Seja na disputa ao governo, seja à vice-governadoria, seja ao Senado, seja nos bastidores, caciques políticos vão enfrentar rivais históricos e, em alguns casos, antigos aliados. Os principais nomes da corrida eleitoral da capital federal têm um passado comum, com histórias de brigas, traições, perdão e reconciliação.

Palácio do Buriti: chapa encabeçada por Arruda tem a distrital Liliane Roriz como pré-candidata a vice
Rusgas
Os dois se conheceram ainda nos anos 1980, quando Arruda era funcionário da Companhia Energética de Brasília (CEB) e Roriz já despontava como personagem influente no cenário da capital federal. Arruda foi secretário de Obras do então governador e, com apoio dele, se elegeu para o Senado em 1994. Quatro anos depois, a dupla rompeu e os dois disputaram o Buriti contra Cristovam Buarque (PDT). Roriz levou a melhor.

Eleito pelo DEM, Arruda se afastou de Roriz. Em 2009, quando os vídeos e o dinheiro de Durval Barbosa devastaram o Palácio do Buriti, o então governador atribuiu ao antigo aliado as articulações para a divulgação do material, que levou à prisão e à cassação do chefe do Executivo. Em entrevista concedida em 2009, pouco depois do início do escândalo, Arruda não mediu palavras para criticar o então adversário. “Tudo o que eu quero é enfrentar o Roriz nas urnas porque a sensação que eu tenho é que ele, neste momento, com esta articulação que fez com essas pessoas, tenta me derrubar no tapetão, antes da eleição, talvez com medo de me enfrentar”, afirmou.

Fonte: Helena Mader e Ana Maria Campos - Correio Braziliense.
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