ACESSOS

sábado, 8 de março de 2014

Artigo: PT e PMDB - Um casamento interesseiro



O Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) hoje são muito parecidos em suas ideologias. Não é a toa que o casamento entre os partidos aconteceu no plano federal e no DF.
 
O PT nasceu na esquerda radical, passou para o centro e hoje é um partido meio sem identidade definida por satisfazer ao extremo as vontades das siglas fisiológicas.
 
Já o PMDB, quando era MDB, foi um partido de centro esquerda, mas desde quando José Sarney, por uma sorte do destino, sentou na cadeira de presidente da República, a sigla se transformou na personificação exata do fisiologismo. Pode-se afirmar que nenhum partido no Brasil é tão adepto a troca de favores como o PMDB.
 
De acordo com o dicionário, o significado de fisiologismo, é: “Prática política voltada para o interesse e proveito personalizados do praticante, mercê de atos de prevaricação e corrupção ou afins.”
 
O único partido que teve a maior participação nos três últimos governos (FHC, Lula, Dilma) foi o PMDB. Além disso, a sigla, com frequência, é notícia na imprensa cobrando cargos e privilégios pelo apoio dado no Congresso Nacional e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
 
O problema é que agora o casamento que prometia ser eterno está em crise. Como toda mulher que casa por interesse, o PMDB não se contenta apenas com uma casa de três andares, piscina aquecida, dois carros na garagem, comida e roupa passada. Já o PT, que faz o papel de marido com a “mão aberta” para segurar a esposa, não está tão “solidário” com os apelos e súplicas do cônjuge.
 
Todo esse jogo de interesse ressuscita um antigo questionamento: o sistema de governo presidencialista está falido no país, pois o que está em evidência não são os anseios da população, mas sim uma troca de favores entre os poderes.
 
É a partir dessa troca que a incompetência toma de conta da administração pública, quando um indicado político assume um cargo pelo qual não tem preparo suficiente para exercê-lo. Com isso, o povo vai sendo prejudicado pela falta de eficiência nas áreas da saúde, educação, infraestrutura.
 
Nessa briga de marido e mulher, o povo só pode pôr a colher de quatro em quatro anos. O problema é que a plateia acostumou com a briga e hoje acha tudo normal. Ninguém interrompe a confusão, e os cônjuges agradecem.
 
Fonte: Guardian Notícias - Por Fred Lima / redacao@guardiannoticias.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário