Ainda não se conhece o desenho das candidaturas ao governo do 
Distrito Federal. Também é uma incógnita a posição a ser assumida, tanto
 a nível nacional, quanto no quadro brasiliense, pelo PDT. Mas já se 
sabe em que palanque deverão subir as duas principais lideranças locais 
do partido. Tudo indica que tanto o senador Cristovam Buarque quanto o 
deputado federal José Antônio Reguffe estarão com o governador Eduardo 
Campos, do PSB. Ambos estiveram na festa em que Campos e a senadora 
Marina Silva lançaram as diretrizes para seu programa de governo. 
Cristovam reúne-se frequentemente com Eduardo Campos, pernambucano como 
ele, e costuma elogiar as posições do governador. Reguffe é a principal 
referência de Marina, que defende sua candidatura a governador do DF. 
PDT avisa que tem luz própria 
A direção do PDT conhece muito bem a situação. O presidente regional 
do partido, George Michel, registra que Reguffe tem evitado falar em 
apoios. Considera “natural”, porém, que esteja ao lado de Marina Silva. 
“Embora o partido apoie o PT a nível nacional, nossos princípios são os 
do PDT, não os do PT”, diz Michel. “Como dizia Leonel Brizola, o PDT tem
 luz própria”. 
Lupi se torna incógnita 
A dúvida, em todo esse jogo, está na postura do presidente nacional 
do PDT, Carlos Lupi, que tende a apoiar a reeleição da presidente Dilma 
Rousseff e tem poderes muito amplos, segundo o estatuto partidário. 
George Michel acredita que, caso o quadro se confirme, Lupi poderá até 
tentar uma negociação com a seção brasiliense do partido. Cristovam 
acredita na possibilidade de que o presidente nacional trabalhe para 
impedir uma coligação formal, com Reguffe integrando a chapa do PSB. Em 
caso de candidatura própria no Distrito Federal, porém, nem Michel, nem 
Cristovam veem possibilidade de medida mais dura, como uma intervenção.
Fonte: Jornal de Brasília - Coluna do Alto da Torre – Eduardo Brito / .

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