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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A perigosa máquina de propaganda do PT


Por Francisco de Paula Lima Júnior

Chegando ao poder, o PT fez muita gente acreditar que eles tinham recebido uma “herança maldita”, como também espalharam que são os criadores de tudo de bom no Brasil “nunca antes na história desse país...”, e que teriam resolvido todos os nossos problemas e levado a classe média “ao paraíso”.

Vamos ao testamento em questão: Antes da Constituição de 88 apenas 12% do PIB era investido em ações sociais. Depois da Carta de 88, isso dobrou para 24%. Vieram os muitos planos econômicos, uns “lunáticos”, outros nem tanto. Hiper inflação, que jovens da idade de meus filhos e até um pouco mais velhos nem sonham o que significa, e o plano real, de FHC.

Este, o plano, depois da longa e necessária travessia para botar no eixo um país que nunca levou à sério as contas públicas (quem duvidar leia o belo livro da jornalista Mirian Leitão, sob o título Saga Brasileira – a longa luta de um povo por sua moeda, da editora Record 2011), foi o que trouxe o país a calmaria depois da longa travessia, e que permitiu, ainda nos governos FHC a implantação á nível nacional dos chamados programas sociais compensatórios, através do Programa Comunidade Solidária, da falecida primeira dama Ruth Cardoso, uma intelectual traduzida até para o mandarim.

Ali iniciaram a unificação de todo as ações e a criação do chamado Cadastro Único (CÚ), já nos últimos dias dos governos de FHC. O que fez o PT foi receber esta herança que eles alegam maldita e ampliar transformando-a na maior máquina de produzir votos e apoios dos milhões de miseráveis do Brasil.

Claro que tais planos deveriam ser implantados, para isso todo um longo trabalho foi iniciado lá em 1988, como disse acima. Mas alegar que um belo “dote” seria maldito e fazer o uso que o PT faz dele, seria o que? Apenas uma coisa eu não entendo: a razão pela qual os tucanos jogaram para debaixo do tapete FHC e seus governos, permitindo ao PT se apropriar exatamente da melhor parte disso e dizer-se o criador do que na verdade apenas colheram e ampliaram.

Francisco de Paula Lima Júnior – 47 anos, Jornalista e cientista político pela UnB e professor das Faculdades Icesp / Promove de Brasília/DF.

Fonte: Odir Ribeiro.

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