Provável candidato do PSDB à Presidência
aproveita evento para atacar discurso da presidenta em Davos e diz que
"oposição deveria voltar a governar o Brasil"
O senador Aécio Neves, provável
candidato do PSDB à Presidência, criticou neste sábado 25 o discurso da
presidenta Dilma Rousseff (PT) no Fórum Econômico Mundial, em Davos,
Suíça. No pronunciamento, Dilma apresentou o Brasil como um dos países
"com as maiores oportunidades para investimentos e perspectivas de
expansão".
"Assistimos ontem a presidente da República em Davos falando de um país
que, infelizmente, não é o nosso", disse Aécio. O senador acrescentou
que o governo Dilma vai terminar seu último ano de mandato "lutando e
contendo preços como de combustíveis, transportes, tarifas de energia,
para não ultrapassar o teto da meta".
O senador acrescentou que o Brasil continua a ser um País em que há uma
"desconfiança generalizada" devido ao que ele caracterizou como uma
"maquiagem" para se alcançar o superávit primário e o saldo mínimo na
balança comercial. "Por isso, acredito que é hora da oposição voltar a
governar o Brasil."
Após citar números sobre a evolução dos preços da cesta básica, o
presidente nacional do PSDB disse que "infelizmente, a fantasia da
propaganda oficial não consegue mascarar a realidade". "Hoje, o Brasil
está no final da fila daqueles que querem investir e a situação interna
se agrava a cada dia."
Aécio Neves esteve neste sábado em São Paulo, onde participou da
comemoração do aniversário do deputado federal Paulinho da Força (SDD),
que declarou apoio ao tucano para as eleições deste ano. O governador
Geraldo Alckmin (PSDB) também compareceu ao evento.
Davos - Na sexta-feira, em Davos, Dilma rebateu as críticas feitas aos
países emergentes e buscou atrair o interesse dos investidores
estrangeiros. Ela apresentou como os principais a estabilidade do real –
um "valor central" –, o endividamento público reduzido e um sistema
financeiro sólido. Como encorajamento, a presidente enumerou os
generosos programas de concessões e licitações para o setor privado, em
ferrovias, aeroportos, portos, petróleo, gás e na energia elétrica e
transportes urbanos.
Durante sua fala, ela buscou desbancar o que caracterizou como uma
"apressada tese" segundo a qual as economias emergentes estarão menos
dinâmicas depois da crise. Isso certamente não se aplica ao Brasil,
assegurou, um dos países "com as maiores oportunidades para
investimentos e perspectivas de expansão".
Fonte: Revista Carta Capital.
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