Dilma Rousseff foi à praia. Acompanhada da filha, Paula, e do neto, Gabriel, ela embarcou para a Base Naval de Aratu, que dispõe de uma faixa de areia privativa em Salvador. A presidente só volta ao batente em 5 de janeiro. Faz muito bem. Um episódio ocorrido nesta quinta-feira mostrou que ela precisava mesmo de repouso.
Vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira Lima fez um apelo na praça pública do Twitter: “Cara presidenta Dilma, por gentileza, determine a publicação da minha exoneração da função que ocupo…”
Amigo e correligionário de Michel Temer, Geddel entregara sua carta de demissão ao vice-presidente da República em 30 de setembro. Informada, Dilma tomara nota. Mas não agira. A pedido de Temer, Geddel foi ficando.
Candidato do PMDB ao governo da Bahia, contra o PT, Geddel só não queria virar o ano pendurado na folha salarial da Caixa. Incomodava-se com as provocações de adversários locais. Informaram-lhe que a exoneração iria ao Diário Oficial até 20 de dezembro. Não foi.
Após rogar publicamente pela própria exoneração, Geddel recebeu um telefonema do Planalto. Queriam que formalizasse o pedido de demissão. Em mensagem eletrônica endereçada à ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), ele repisou a solicitação de afastamento. Para não deixar dúvidas, fez questão de anotar que apenas “reiterava” os termos da carta entregue a Temer há três meses.
Suprema modernidade: após ‘gritar’ via Twitter, Geddel demitiu-se por e-mail. Não há dúvida, Dilma precisava mesmo descansar. Só a sobrecarga de trabalho da dona da caneta pode explicar a permanência numa vice-presidência da Caixa Econômica Federal de um auxiliar que já estava com a cabeça em outro lugar havia quase 90 dias.
Fonte: Josias de Souza
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