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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Reforma cultural I 'Teatro Nacional'


O secretário de Cultura Hamilton Pereira conseguiu manobrar o fechamento do Teatro Nacional Cláudio Santoro, que aconteceria ontem, para dezembro. Com o famoso jeitinho brasileiro o Corpo de Bombeiros aceitou a “desculpa” de que o Governo do Distrito Federal vai solucionar os problemas de segurança e higiene que deram margem a ação do Ministério Público para fechar o Teatro. Só que o próprio GDF admitiu que em 2014 o objeto de desejo dos produtores sem compromisso com o público – a Sala Villa-Lobos – permanecerá fechada sem prazo para reabrir.

O tal “jeitinho” é que o Corpo de Bombeiros do DF, corporação ligada a Secretaria de Segurança e Casa Militar, vai continuar usando as Salas Villa-Lobos e Martins Penna para suas atividades profissionais e lúdicas, sem o pagamento da taxa mínima que varia entre R$ 600 a R$ 10 mil por dia.

O MP resolveu responsabilizar o Corpo de Bombeiros caso haja algum problema com o público na utilização das instalações do Teatro Nacional. A pergunta que fica no ar é: será que a Capital Federal vai precisar assistir uma tragédia, nos moldes da que aconteceu em Santa Maria no Rio Grande do Sul, para que o Governo tome verdadeiramente uma providência?

Reforma cultural II

Enquanto o TNCS não fecha, os “amiguinhos” da cúpula da Secretaria de Cultura vão sorteando as pautas, que por lei deveriam ser licitadas, para garantir os gordos borderôs fiscais que legalizam entradas de dinheiro vivo. Detalhe: no Teatro Nacional não se vende ingresso com cheque ou cartão. É tudo dinheiro vivo e de fácil movimentação.

Reforma cultural III

Enquanto isso, do outro lado da cidade, o Cine Brasília, recém-inaugurado durante o Festival de Cinema depois de ficar fechado quase dois anos para reforma, foi entregue ao público com cadeiras novas, equipamento de som e de projeção novos.

Mas as tais reformas prometidas pelo GDF: a divisão do espaço em no mínimo duas salas e a instalação de restaurante e bar para manter atividades constantes, foi pura balela.

O Cine Brasília já está fechado novamente e a área às moscas, pois não se justifica mais, no mundo moderno, uma sala de exibição daquele tamanho. Mesmo durante o Festival de Cinema, a sala, especificamente, esteve vazia. O burburinho acontecia do lado de fora onde artistas, produtores e cineastas trocavam figurinhas e teciam o “network”. Mais uma vez se comprova que não há gestão com a “coisa” pública.

Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa.

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