Não é novidade que em se tratando de política, e ainda mais na de Brasília, tudo pode acontecer. Nesta semana, entretanto, as especulações em torno dos cenários para a disputa ao Buriti em 2014 tomaram contornos e efeitos especiais dignos de superproduções do cinema americano.
Mas, como dizem que a vida imita a arte, vamos a ela.
Do alto de sua torre, o imperador Agnelus Zero Uno, de espada em punho, se prepara para enfrentar os inimigos que pretendem arrancar-lhe do poder.
De um lado, a princesa Lady Lili, apoiada pelo exército armado de seu pai Rorizius Primeiro, escala as paredes da fortaleza imperial para destronar o todo poderoso. Lady Lili quer devolver o trono a seu velho pai. Trovões retundam e raios rasgam o céu anunciando tempos terríveis.
Em outra frente de batalha, o comandante Fragoso, o Terrível, tenta romper as defesas imperiais atirando dardos envenenados com sua zarabatana. Ele guarda o segredos dos venenos ancestrais dos gnomos-demo, letais e sem antídoto conhecido. Basta um dardo para provocar longo sofrimento à vitima, que suplicará pela morte. Fragoso, como sempre, não polpa seus pulmões.
Agnelus tenta organizar a tropa. Sabe dos perigos que o rodeiam e conhece o poder de fogo dos que o atacam. Dá ordens para avançar, mas nada parece conseguir deter a fúria de seus inimigos.
Pela retaguarda, integrantes do Clã das Pedras montam trincheiras e empunham seus arcos em direção à reluzente armadura vermelha imperial. Basta um comando da Amazona Eliana para que uma chuva de flechas escureça o céu sobre o palácio do imperador.
Ainda atordoado com a invasão que se aproxima, o grão-vizir Felipellus, prepara uma mágica em seu caldeirão. Se conseguir misturar os ingredientes corretos, obterá uma poção do amor capaz de acalmar os inimigos e reestabelecer a tranquilidade no reino, como já o fizera outras vezes.
Agnelus esboça sinais de cansaço. A saúde não vai bem. A segurança tem problemas. Os súditos dão mostras de insatisfação com seu reinado. Sua imagem já não inspira a confiança da plebe. Seus comandados já não exibem a força e a coragem de outrora. Até o Bobo da Corte, com seu chapéu colorido de três pontas, já não faz mais graças nem gambiarras para arrancar sorrisos de seu rei.
Zero Uno tem problemas. Muitos problemas. As tentativas de reaproximação com os marqueses Cristovantus Aureus e Rollembergu Astutus falharam. Nem mesmo o conde Reguffus acenou-lhe com qualquer possibilidade de aliança.
Agnelus está sozinho. Seu olhar é perdido e os movimentos de sua cabeça descoordenados. Ele sente a aproximação dos inimigos. Suas narinas já respiram o suor dos que pretendem destrona-lo. Resta-lhe suplicar aos deuses por um milagre. Perdido, o imperador olha ao céu...
Eis que um tremor abala todo o reino. Fendas se abrem no chão espalhando lava. Das cinzas ressurge o lendário Arrudus, o Cavaleiro do Painel. Ele fora trazido de volta à vida pelos mantras entoados por oráculos republicanos que estão dispostos a reforçar o exército de Agnelus. O imperador esboça um sorriso sob o elmo.
Arrudus pretende auxiliá-lo. Ele conhece como ninguém os exércitos inimigos. Já os comandara em outras batalhas antes de ser levado às profundezas pelo poder da deusa Pandora. Agora, livre do subterrêneo, quer salvar o império para reinar junto a Agnelus.
Conseguirá Arrudus salvar o imperador?
A poção do Grão-Vizir ficará pronta a tempo?
Veremos nos próximos capítulos...
Fonte: Blog do Odir Ribeiro
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