A deputada Celina Leão
(PSD) usou o comunicado de parlamentares na tarde desta terça-feira
(10), para falar da investigação aberta contra o governador Agnelo
Queiroz, pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal
Federal, sob a acusação de crime contra a administração pública e fazer
um paralelo com as denuncias feitas pelo lobista Daniel Tavares.
De
acordo com a denúncia da PGR enviada ao Supremo, Agnelo Queiroz
favoreceu uma indústria farmacêutica de Minas Gerais na época em que ele
ocupava o cargo de diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa).Anotações indicavam o valor de R$ 50 mil ao lado de nome de
laboratório farmacêutico Hipolabor.
Para
deputada, as denuncias que ela vem fazendo contra o governador Agnelo
desde 2011 vem à tona agora, com a abertura do inquérito no STF. A
parlamentar lembrou, durante sessão ordinária da Câmara Legislativa, que
Daniel Tavares acusou, em depoimento gravado por ela, o governador de
ter recebido pelo menos seis pagamentos do empresário Fernando de Castro
Marques, dono do laboratório União Química, quando era diretor da
Anvisa.
“O
Daniel denunciou que o valor das propinas pela emissão do certificado
de boas práticas, que ele pagava para Agnelo, era de R$ 50 mil. Agora, o
governador é investigado em outra ação onde a propina tem o mesmo
valor. À época tentaram inverter a situação e dizer que estaríamos
comprando testemunhas, então pergunto, compramos também o caderno de
anotações do laboratório Hipolabor?” questionou Celina.
A
parlamentar, também ressaltou, as retaliações que sofreu por denunciar
Agnelo. “Em uma ação covarde o governador tentou indiciar eu e a
deputada Eliana por denunciação caluniosa, mas veio o MP e disse que
para nos indiciar tinha que saber se houve propina ou não, e aquilo foi
remetido ao STF e à Policia Federal, em uma ação onde eu sou parte o
governador é réu. Na ocasião muitos podem ter acreditado nas declarações
inverídicas prestadas pelos defensores do governador, mas a verdade
sempre aparece, o STF não abriria inquérito se os indícios não fossem
fortíssimos”, destacou a deputada.
Segundo
a deputada, são os detalhes de duas ações diferentes que correm contra o
governador Agnelo, que vão mostrar se o Daniel Tavares foi comprado
para dar o depoimento ou se ele falava a verdade. “O tempo vai mostrar
que falei a verdade e que as denuncias que fiz tinham fundamento”,
finalizou.
Fonte: Assessoria da Deputada Distrital Celina Leão.
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