Abstenção e confusão marcaram a reunião da CCJ 
 Por quatro votos e uma abstenção, a Comissão de Constituição e Justiça 
da Câmara Legislativa do DF aprovou a admissibilidade do processo que 
tramita na Casa contra o distrital Raad Massouh (PPL). Votaram a fator o
 relator Cláudio Abrantes (PT), que foi seguido pelos colegas Eliana 
Pedrosa (PSD), Robério Negreiros (PMDB) e Chico Leite (PT), que preside a
 Comissão. Apenas Aylton Gomes (PR) preferiu não votar. Caso haja 
acordo, a representação pode seguir ainda nesta terça-feira (03) para o 
plenário.
Raad é acusado de um suposto desvio de recursos em parte de suas 
emendas parlamentares que foram destinadas para a realização de uma 
festa na cidade de Sobradinho no ano de 2010. Na investigação, a Polícia
 Civil chegou à conclusão de que faltou transparência no processo e que 
parte da verba não chegou ao seu destino. Raad nega as acusações e o 
processo corre em segredo na Justiça.
Durante a análise do relatório, o relator do caso, deputado Cláudio 
Abrantes (PT) elogiou a atuação do deputado Patrício (PT), que é o 
corregedor da Casa, além dos deputados Dr. Michel (PEN) e Joe Valle 
(PSB), presidente e relator do Conselho de Ética, respectivamente. Todos
 foram favoráveis ao andamento do processo contra Raad Massouh.  Após a 
CCJ, o caso segue para plenário, onde precisa de pelo menos a metade dos
 votos mais um para que o distrital seja cassado.
A abstenção
Único a se abster na CCJ, Aylton Gomes há poucos dias também respondia a
 um processo por quebra de decoro no Legislativo local. Por uma decisão 
da Mesa Diretora da Casa, no entanto, o distrital conseguiu ver a 
representação engavetada até que a Justiça de manifeste. O caso está no 
STJ e corre em segredo de Justiça.
A acusação que pesa contra o distrital é por suposto envolvimento no 
episódio conhecido como a Caixa de Pandora, que resultou na queda do 
então governador José Roberto Arruda (sem partido), acusado de oferecer 
vantagens financeiras a distritais que votassem com o governo.
Durante a votação nominal, três mulheres que seguravam faixas de apoio 
ao parlamentar, supostamente cabos eleitorais de Raad Massouh, ficaram 
revoltadas com o desfecho do caso e ameaçaram um tumulto. Integrante da 
comissão, a distrital Eliana Pedrosa solicitou, então, que todas as 
pessoas envolvidas fossem identificadas pela Polícia Legislativa da 
Casa. O pedido da distrital acirrou os ânimos da claque de Raad, que 
teve que ser retirada do local. Para evitar mais embates, o presidente 
da comissão, Chico Leite, decidiu encerrar a reunião.
Fonte: Blog do Edson Sombra
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