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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Caso Raad Massouh: Agora é com o plenário 'Raad Massouh'

Abstenção e confusão marcaram a reunião da CCJ 

Por quatro votos e uma abstenção, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Legislativa do DF aprovou a admissibilidade do processo que tramita na Casa contra o distrital Raad Massouh (PPL). Votaram a fator o relator Cláudio Abrantes (PT), que foi seguido pelos colegas Eliana Pedrosa (PSD), Robério Negreiros (PMDB) e Chico Leite (PT), que preside a Comissão. Apenas Aylton Gomes (PR) preferiu não votar. Caso haja acordo, a representação pode seguir ainda nesta terça-feira (03) para o plenário.

Raad é acusado de um suposto desvio de recursos em parte de suas emendas parlamentares que foram destinadas para a realização de uma festa na cidade de Sobradinho no ano de 2010. Na investigação, a Polícia Civil chegou à conclusão de que faltou transparência no processo e que parte da verba não chegou ao seu destino. Raad nega as acusações e o processo corre em segredo na Justiça.

Durante a análise do relatório, o relator do caso, deputado Cláudio Abrantes (PT) elogiou a atuação do deputado Patrício (PT), que é o corregedor da Casa, além dos deputados Dr. Michel (PEN) e Joe Valle (PSB), presidente e relator do Conselho de Ética, respectivamente. Todos foram favoráveis ao andamento do processo contra Raad Massouh.  Após a CCJ, o caso segue para plenário, onde precisa de pelo menos a metade dos votos mais um para que o distrital seja cassado.

A abstenção

Único a se abster na CCJ, Aylton Gomes há poucos dias também respondia a um processo por quebra de decoro no Legislativo local. Por uma decisão da Mesa Diretora da Casa, no entanto, o distrital conseguiu ver a representação engavetada até que a Justiça de manifeste. O caso está no STJ e corre em segredo de Justiça.

A acusação que pesa contra o distrital é por suposto envolvimento no episódio conhecido como a Caixa de Pandora, que resultou na queda do então governador José Roberto Arruda (sem partido), acusado de oferecer vantagens financeiras a distritais que votassem com o governo.

Confusão

Durante a votação nominal, três mulheres que seguravam faixas de apoio ao parlamentar, supostamente cabos eleitorais de Raad Massouh, ficaram revoltadas com o desfecho do caso e ameaçaram um tumulto. Integrante da comissão, a distrital Eliana Pedrosa solicitou, então, que todas as pessoas envolvidas fossem identificadas pela Polícia Legislativa da Casa. O pedido da distrital acirrou os ânimos da claque de Raad, que teve que ser retirada do local. Para evitar mais embates, o presidente da comissão, Chico Leite, decidiu encerrar a reunião.

Fonte: Blog do Edson Sombra

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