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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

A manobra no MPDFT.

Integrantes da comissão especial de licitação deixa o MPDFT

Nesta quarta-feira 11, no quarto andar sala 421 do Ministério Público do Distrito Federal, poderiam selar as investigações da fraudulenta licitação dos transportes coletivos de Brasília. O Jornal de Brasília denunciou com exclusividade passo a passo a licitação dirigida para o Grupo Constantino.

A denuncia que estava sendo apurada pelo Promotor Criminal do Ministério Público do DF, Mauro Faria, tomou outro rumo após um telefonema que deixou pasmo o promotor Mauro e a grande maioria de seus colegas. Cláudio João Monteiro, promotor Chefe da 2º Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (PRODEP) tomou das mãos do promotor criminal Mauro Faria a investigação que hoje com os depoimentos de integrantes da comissão poderia selar a denuncia e levar para a Justiça o resultado da fraudulenta licitação.

O promotor Mauro Faria, recebeu a denuncia que vereadores do Paraná e a deputada Celina Leão protocolaram no MPDFT para desbaratar a licitação promovida pelo Secretário de Transportes do DF, José Walter Vazquez Filho. O presidente da comissão especial de licitação, Galeno Furtado Monte, vem se esquivando dos depoimentos na Câmara Legislativa e no Ministério Público do DF.

Galeno foi flagrado em gravações revelando como foi montada a licitação e confessou ter sido obrigado a participar da fraude. Este colunista revelou com exclusividade os diálogos de desabafo de Galeno. Agora, uma surpresa. As investigações do promotor Mauro Faria já estavam bem adiantadas e teria um desfecho que a Justiça com certeza iria cancelar a licitação.

“Os documentos ricos em detalhes enviados pela deputada Celina Leão e pela CPI do Paraná, tem indícios fortes de que se está diante de um acordo entre membros de um grupo criminoso". Declarou o promotor criminal Mauro Faria e acrescentou: “O escritório de advocacia do Paraná, Sacha Reck, preparava os relatórios e ele mesmo dava os pareceres a favor dos atos ilícitos na licitação, o que dá respaldo suficiente para se anular o certame”.

A estranha atitude do promotor chefe da PRODEP em tirar das mãos do colega Mauro Faria deixa uma lacuna nas investigações. Na semana passada o promotor Cláudio João Monteiro ouviu o secretario de transporte, o subsecretario e os integrantes da comissão sem comunicar ao colega Mauro Faria.

Ontem o promotor Mauro Faria recebeu os integrantes da comissão de licitação para colher os depoimentos, o presidente da comissão Galeno Furtado Monte, mais uma vez não compareceu, parece que Galeno já sabia da manobra. No meio da tarde o promotor Cláudio João Monteiro, telefonou para Mauro Faria e desautorizou as oitivas pedindo que remetesse todo o processo para a PRODEP.

O promotor Mauro, surpreso fez um desabafo: “Com os elementos que eu tenho hoje após as oitivas iria encaminhar a Procuradora Geral do DF, Eunice Carvalhido a denuncia e pedir o indiciamento do Secretário de Transportes, José Walter, em que pesa sobre ele, forte indicio de crime. Também iria denunciar o escritório de advocacia, Sacha Reck,que patrocinou toda a licitação fraudulenta”.

Agora, a Procuradora Geral, Eunice Carvalhido vai decidir se o promotor Mauro Faria vai prosseguir com as investigações ou vai permitir que o promotor Cláudio João Monteiro continue o trabalho de Mauro Faria. O que já se sabe é que o secretário dos transportes José Walter fez um relato minucioso ao governador Agnelo Queiroz de todo esse imbróglio promovido dentro do MPDFT.

Vale lembrar que o promotor Mauro Faria também está investigando a nebulosa historia dos fakes patrocinados pela agência de publicidade Agnelo Pacheco, pagas com o dinheiro do GDF. O escândalo dos fakes veio a baila com a denuncia da professora Márcia Godoy, usada pela agência com outros funcionários para atacar a honra e a integridade moral dos considerados adversários do governo Agnelo Queiroz.

O governador Agnelo fez cara de paisagem com relação às denuncias no MPDFT. Parece que o governador petista está seguro de que nada vai acontecer contra seu governo.

Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa

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